Dominik SantoroQuando entro em casa, Maia está sentada no sofá, então pergunto com um toque de curiosidade:— Cadê as garotas?— Foram descansar. Ela responde com uma perceptível apreensão.— E você, não está cansada? — Pergunto, arqueando uma sobrancelha em questionamento, e noto que Maia está nervosa.— Queria saber sobre o meu pai. Como ele era? — Ela pergunta, seus olhos buscando conforto.Sento-me no sofá com um sorriso nostálgico e começo a contar o quão maravilhoso Mark foi.— Ele era um cara incrível! Quando perdemos nossos pais, ele se tornou nosso pilar. Nos acolheu, cuidou de nós, nos deu amor e, é claro, vários puxões de orelha quando precisava. — Lembro-me das broncas que ele costumava dar, e sorrio. — Cuidava da Deana como se ela fosse uma criança, e ela sabia exatamente como tê-lo na palma da mão.Maia sorri e isso me estimula a contar mais.— Ele não hesitava em tomar decisões difíceis quando necessário, sempre guiado por sua integridade e senso de justiça. Sua bondad
Dominik Santoro— De vocês? — Minha expressão provavelmente entrega minha incredulidade, pois Lorenzo pega as fotos para explicar.— Sim! Essa aqui é a Luna. — Ele mostra a foto em que a criança está sozinha. — E esta outra, dos dois bebês, um sou eu. Já o outro, eu não faço ideia de quem seja.Fico perplexo, e esta é a melhor palavra para descrever meu estado neste momento. Luna também parece estar boquiaberta.— Essas fotos estavam no microchip. — Falo, sentando-me.— Mas por que diabos o Cobra quer essas fotos? — Luna pergunta, saindo do transe.— Não faço ideia, nada faz sentido. — Falo, levantando-me e indo até o bar para pegar uma bebida.— Adoraria saber quem é esse bebê ao meu lado na foto. — Lorenzo ainda segura a imagem.— Ele se parece com você. — Luna diz exatamente o que eu estou pensando.— Sim, é verdade. — Ele concorda. — Mas até onde sei, não temos parentes.— Então precisamos descobrir por que diabos ele quer essas fotos. — Falo, tentando montar o quebra-cabeça.— Po
Dominik SantoroSeis meses depois...— Quem poderia imaginar que um dia eu estaria me escondendo de uma mulher? — Pergunto enquanto me ajeito na cadeira.— Os hormônios devem deixá-la enlouquecida, só pode ser isso! — Luke comenta, claramente assustado, se escondendo ao meu lado, assim como Lorenzo.— Cara, eu adoro sexo, mas ela está sugando até minha alma, Luna me procura o tempo todo para fazer amor. — Digo, exausto.— Fui pegar Aurora e deixei um copo em cima da mesa de centro, ela quase me fez engolir o copo, saí de lá correndo. — Lorenzo passa as mãos nos cabelos. — Havia esquecido como ela ficou na gravidez.— Ela chorou vendo uma propaganda na TV, e quando eu ri, ela chorou ainda mais, dizendo que eu estava rindo dela. — Falo.— Como você aguenta? Viu por que fujo de relacionamentos? Mulheres já são difíceis, e na gravidez só piora. Estou fora.— Eu a amo, e quando ela chora, a seguro no colo e dou carinho, mesmo que ela pareça a Cruella.— Cara, tenho medo dela. — Luke parece
Luna LottiEstou na ONG com as Fênix, Maia e Deana, discutindo minhas oscilações de humor e minha libido nas alturas, chegando a um ponto em que me sinto uma ninfomaníaca. Os rapazes estão evitando me encontrar, o que me diverte, especialmente porque Dominik anda se escondendo. De repente, recebo uma mensagem de Dominik avisando que ele e Lorenzo estão vindo para cá, pois precisam fazer uma reunião. Olho para o celular e faço uma careta.— O que foi? — Pergunta Maia.— Esse sossego estava bom demais para ser verdade. — Falo. — Vamos ter uma reunião daqui a pouco, ou seja, algo deve ter acontecido ou está para acontecer.Depois do casamento, as coisas estão calmas, mas parece que essa tranquilidade acabou. Isso me deixa preocupada, especialmente porque estou grávida e não posso correr riscos. O Cobra chegou a atacar alguns carregamentos da máfia, mas tivemos sorte em apenas alguns casos.Tentei acompanhá-los, mas, como sempre, Kai ficou atrás de mim, não me permitindo fazer nada que pu
Lorenzo LottiComo o chefe da máfia, todos acham que não tenho sentimentos, e, na verdade, não tenho. Porém, existem exceções, como minha irmã e minha sobrinha, para quem sinto um amor incondicional.Desde os meus nove anos, fui treinado para assumir o cargo de chefe quando meu pai se aposentasse, mas a vida me presenteou quando o homem a quem chamava de pai foi envenenado. Eu tinha 21 anos quando tive que assumir o seu lugar.Foram anos de treinamento, ou melhor dizendo, de tortura. Apanhei muito, sofri com a fome e a sede, já que do meu pai eu só esperava pelo pior. Como ver minha mãe morrer lentamente sob suas mãos asquerosas em uma emboscada, dois anos depois.Ela sempre foi um ser de luz; sua alegria, mesmo em meio à tristeza, era o que me dava paz. Mesmo sabendo que levaria uma surra, ela cuidava dos meus ferimentos quando eu voltava machucado dos treinamentos.Depois disso, deixei claro para ele que, se ele tocasse em Luna, eu o mataria sem piedade. Ele sabia que eu falava séri
Luna LottiUm ano e meio antes…Quando meu irmão Lorenzo, o chefe da máfia Lotti, providenciou a minha mudança para a cidade de Santa Fé, no Novo México, nunca imaginei que minha vida mudaria tanto.Uma casa foi comprada no bairro de La Tierra, que está situada a noroeste do centro da cidade, em uma área mais afastada e tranquila. O bairro é conhecido por sua atmosfera rural, com amplas áreas de terreno aberto e paisagens naturais. A natureza exuberante se mostra presente a cada canto, com colinas verdejantes, vales serenos e a vegetação típica da região que dá um toque especial à paisagem.A decoração cuidadosa da casa reflete o estilo de vida de seus moradores. No meu quarto, a janela permite uma vista privilegiada para o jardim meticulosamente mantido, onde as flores desabrocham em cores vibrantes. Lorenzo, sempre atento aos meus gostos, mandou construir um gazebo próximo às flores, oferecendo um refúgio aconchegante para que eu possa sentar e apreciar a tranquilidade enquanto leio
Literalmente lindo. Saio do meu transe, pedindo desculpas e ele sorri.— Só desculpo se você tomar uma bebida comigo. Sorrindo, aceito seu convite e nos dirigimos para uma mesa um pouco mais afastada.— A boate está lotada. — Comento, olhando ao redor.— Toda vez que venho aqui, está sempre assim, já que é a melhor da cidade. — Afirma, pegando em minha mão.— A energia aqui é contagiante. — Digo, apreciando o toque suave da sua mão na minha.— É verdade — responde — os DJs sempre arrasam nas escolhas musicais. É como se cada batida nos envolvesse e nos levasse para outra dimensão.Pedimos nossas bebidas e continuamos a conversa, aproveitando o clima animado da boate.— Sim, é incrível como as boates reúnem diferentes estilos e personalidades. É um verdadeiro mosaico de pessoas bonitas e interessantes — afirma. Seus olhos brilham enquanto desliza os dedos de leve pelo copo.Quando começa a tocar músicas mais lentas, o clima esquenta e eu também. Esses toques sutis dele estão me deixa
Dominik SantoroDias atuais...Sentado no bar do clube e bebendo uma cerveja, me vejo pensando na garota que conheci há pouco mais de um ano em um outro estabelecimento como esse. Fiquei fascinado desde o primeiro momento em que a vi; seus olhos verdes, cabelos castanhos e lábios carnudos me atraíram em um piscar de olhos e me fizeram sentir que precisava dela naquela noite.Seu corpo curvilíneo em um vestido colado me deixou tão excitado, que foi impossível não ter transando com ela naquela noite. Só que quando acordei, para a minha surpresa, ela já havia ido embora. Nunca mais a vi depois daquele dia, porém o seu cheiro e o seu gosto permanecem em mim.Passo os olhos por todos os lados do Neon Nights Club, um clube que comprei para investir o dinheiro que ganhei, e hoje ele se tornou o lugar mais badalado da região.As luzes pulsantes e os sons envolventes emanam da entrada, convidando todos a entrar e se deixar levar pela atmosfera vibrante. Ao passarmos pela porta, somos recebidos