Capítulo 2

Dominik Santoro

O bairro Upper Valley é um verdadeiro paraíso cercado por uma paisagem deslumbrante. Com suas colinas ondulantes, vales pitorescos, riachos serenos e amplas áreas verdes, o local oferece um refúgio natural para os moradores e visitantes. A presença de bosques exuberantes e montanhas imponentes nas proximidades adicionam um charme especial a essa região.

A comunidade do moto clube está profundamente enraizada na cultura local. Participamos ativamente de eventos anuais que celebram a herança e tradições da região. Seja nos rodeios emocionantes, nos festivais animados de colheita ou nas festividades que honram a cultura local, nosso moto clube marca presença de forma marcante.

Uma das maneiras pelas quais nos conectamos com a comunidade é através de apresentações emocionantes com nossas motos. Durante esses eventos, demonstramos nossas habilidades e paixão pelo motociclismo, proporcionando entretenimento e criando laços com os moradores locais. Essa interação nos permite construir confiança e dissipar quaisquer estereótipos negativos associados a moto clubes. Queremos que a comunidade saiba que somos cidadãos respeitosos, comprometidos com a segurança e o bem-estar de todos.

Nossa presença nos eventos anuais é uma forma de mostrar à comunidade que somos parte integrante dela. Estamos comprometidos em ser bons vizinhos, respeitando as tradições e os valores locais. Dessa forma, esperamos que os moradores tenham a certeza de que não somos arruaceiros, mas sim membros engajados e responsáveis da sociedade.

A casa do clube, que era uma antiga pousada, foi adquirida pelo meu tio dos antigos donos, um casal de idosos que queria se aposentar. Foram feitas algumas melhorias no local para atender às necessidades do clube. A garagem foi interligada à casa, proporcionando um acesso conveniente. Além disso, foi adicionada uma academia e uma sala de treinos, com isolamento para treinamentos que envolvem tiros.

A sala principal recebeu uma renovação, apresentando tons cinzas em toda a decoração. O bar é decorado com tons de preto e vermelho e possui várias banquetas ao longo do balcão. O salão principal conta com mesas espalhadas pelo espaço, oferecendo diferentes áreas para os membros se reunirem. Em um canto da sala, há uma mesa de sinuca, proporcionando momentos de diversão e competição. Também foi instalada uma pista de dança para eventos especiais.

A cozinha passou por modernização, apresentando eletrodomésticos em aço inoxidável, conferindo um toque contemporâneo ao ambiente. A mesa da cozinha é ampla e feita de madeira, com capacidade para dez pessoas. No andar de cima, existem quinze quartos, todos eles suítes. Os quartos são mobiliados com camas de casal em madeira escura, cômodas e armários para maior comodidade dos membros do clube durante sua estadia.

Nos fundos da residência há um abrigo subterrâneo bem abastecido para o caso de precisar usá-lo. Os que olham não percebem nada, mas meu tio, Deana, eu e os rapazes sabemos onde está.

Assim que entro, encontro algumas pessoas do nosso convívio circulando pelo ambiente. Após uma despedida do meu tio, vejo Luke se afastar em direção aos quartos. Passo as vistas pelo cômodo em busca de Deana e a encontro tomando uma cerveja com o Dante em uma mesa próxima ao bar. Me aproximo deles.

— Boa noite, Prez! — Fala Dante, se recostando na cadeira e eu respondo com um gesto da cabeça.

Me direciono à Deana:

— Vamos, preciso conversar com você. — Acredito que a expressão em meu rosto seja o suficiente para não ouvir seus questionamentos, por isso, minha irmã apenas se despede e me acompanha.

Sento-me no sofá enquanto Deana busca cervejas para nós dois. Quando ela volta, me entrega uma garrafa antes de se sentar ao meu lado.

— O que você quer conversar comigo?

— Preciso de ajuda para arrumar um quarto para a irmã do Lorenzo. Ela e sua filha vão passar um tempo aqui.

— Por quê? — Pergunta, achando estranha essa situação.

— Enzo pediu ajuda para proteger as duas. A irmã dele tem uma filha de nove meses, chamada Aurora. Tudo indica que elas estejam em perigo e o Enzo não confia em ninguém da máfia para protegê-las. Estão acontecendo muitas traições e ele precisa matar os ratos. — Explico.

— Ok, Dom, amanhã vou arrumar tudo o que você me pediu. — Diz, tomando um gole da bebida.

— Onde está o tio? — Pergunto, pois achei que iria encontrá-lo aqui.

— Não o vejo desde a hora em que saiu com vocês. — Diz, dando de ombros.

— Vou procurá-lo. — Tomo o restante da bebida e me levanto decidido a verificar primeiro na varanda dos fundos, onde o encontro sentado na cadeira de balanço, preso em pensamentos.

— Sabia que te encontraria aqui. — Digo, sentando-me na cadeira ao lado.

— Gosto de olhar a paisagem.

— É realmente bonita a vista daqui. — A casa foi construída com vista para um bosque, e o terreno é completamente murado, uma segurança de primeira linha.

— Dominik, quero que me prometa algo. — Ele pede agora com os olhos atentos aos dedos cruzados sobre o seu colo.

— Claro, é só falar, tio.

— Esse é meu garoto. — Diz, sorrindo. — Quero que me prometa que se algo acontecer, você continuará a cuidar do clube, da sua irmã e dos outros. Que irá permanecer leal e protetor com todos.

— Por que isso agora, tio?

— Tenho orgulho do homem que se tornou.

Acho graça dessa conversa sem fundamento agora.

— Que isso, velho? Você ainda tem muita vida pela frente.

Ele sorri.

— Assim espero, garoto. Mas, se você precisar fazer algo que ninguém deva saber, quero que você ligue para o Fantasma. — Diz, pegando o celular do bolso e me enviando uma mensagem que, quando verifico, é um número de telefone. — Ele vai te ajudar.

— Quem é o Fantasma? — Pergunto, agora achando estranho o rumo da conversa.

— Ele é conhecido assim porque ninguém nunca o viu ou ouviu sua voz, mas é mortal. Entra e sai sem ninguém perceber, tem olhos em todos os lugares. — Diz, pensativo. — É um mercenário, topa tudo por dinheiro, mas é nosso aliado. Pode confiar.

Respiro fundo, insatisfeito com essa conversa.

— Agora, vamos jantar. — Levanto-me, guardando o aparelho e o puxo para um abraço. — Também sinto orgulho de você, velho. Só tenho a agradecer por tudo o que fez e ainda faz por nós. — Ele devolve o abraço e, em seguida, vamos juntos para a cozinha.

No dia seguinte, vou para a sala vermelha onde realizamos nossas reuniões e, como de costume, o martelo está na porta. Gesticulo um “bom dia” para ele e digito a senha que me permite a entrada.

Encontro todos os meus homens de confiança em seus lugares à mesa redonda e de madeira, com um escorpião negro bem ao centro, símbolo do clube. Sento-me no meu lugar e analiso Luke, o vice-presidente, além de Dante, meu executor, e os outros: Romeu, Caio e Gael.

— A reunião de hoje é apenas para comunicar que vamos ajudar na proteção da irmã e da sobrinha do Lorenzo. Ele está tendo problemas com alguém que ainda desconhece, mas que se apresenta como “O Cobra”.

— É uma gangue, Prez? — Caio é o primeiro a se manifestar.

— Até agora ele não sabe, então nós também o ajudaremos a descobrir quem são.

— Foi sobre isso que você quis conversar com a Deana ontem? — Ouço Dante perguntar.

— Sim. Pedi a ela que providenciasse um dos quartos para as duas. Além de nos ajudar quanto a esse detalhe, claro.

— Não sei, não, Dominik. Você realmente acha que devemos nos envolver nessa sujeira? — Olho para ele, entendendo seu questionamento. Faz muito tempo que não passamos por isso, porém, Lorenzo é meu amigo, e eu jamais o deixaria na mão.

— Basta você se colocar no lugar dele, Luke. — Demonstro irritação. — Lorenzo é nosso amigo e faria o mesmo por nós. Sabe disso.

Assisto seu balançar de cabeça em sinal de aceitação e ouço um sussurro de que estou certo em tomar essa atitude.

— Tem mais algum assunto para ser resolvido? — Pergunto e todos respondem com um “não”, o que me permite dar a reunião como encerrada. Quando estou me levantando, a porta se abre e a Deana entra. Olho para o Martelo e gesticulo, perguntando por que ele a deixou entrar. Ele dá de ombros, respondendo que ninguém consegue segurá-la, fazendo todos rirem a caminho da saída da sala.

— O quarto já está pronto. — Ela diz, ignorando o fato de ser o motivo da conversa.

— Obrigado, irmã. — Falo, ainda achando graça da maneira que Martelo respondeu sobre ela. —  Amanhã elas estarão aqui.

À noite, os irmãos se reúnem para jogar sinuca e beber. No bar, peço uma cerveja para o prospecto e me viro para olhar ao redor, sentando-me na mesa onde estão Luke, Dante e Gael, entretidos em algum assunto.

— Sobre o que estão conversando? — Pergunto, curioso.

— Sobre relacionamento sério, ou melhor, sobre não querer ter um. — Diz Gael.

— E que eu não pretendo ser um homem cadelinha de mulher alguma. Quero viver sem amarras e aproveitar a vida ao máximo, isso sim. — Diz Dante, tomando um pouco da cerveja em seu copo.

— E eu penso igual. O relacionamento sério traz dores de cabeça e eu quero distância de mulheres ciumentas e possessivas. Fujo de compromissos. Prefiro ser livre para fazer o que quiser e não depender emocionalmente de uma mulher. — Complementa Gael, corrigindo sua postura na cadeira.

— E eu não quero que meu pau tenha dona. Prefiro ter uma por noite e não ser pau-mandado de uma só. Gosto de negras, morenas, ruivas e loiras, todas aqui, na minha mão. — Luke fala, fazendo o gesto com o dedo indicador na palma da outra mão. — Ser independente é a chave para a felicidade, meus amigos. Olhem ao redor, isso sim é vida!

— Isso, rapazes, até uma mulher entrar sem pedir permissão no coração. — Comento, pensativo. Olho ao redor e estudo as garotas do clube dançando e expondo seus corpos praticamente nus devido às pequenas peças de roupas. Lisa vem até mim e olha-me com a sua cara safada, passando a mão no meu pau por cima da calça, e eu deixo, porque gosto da sua ousadia. Ao seu toque, fico duro.

Ela me olha com tesão, então não penso duas vezes antes de me levantar e pegá-la pela mão, ouvindo as risadas dos meus amigos que já sabem muito bem o que pretendo fazer com ela, levando-a para o meu quarto.

— Tira a roupa. — Falo assim que fecho a porta.

Assisto-a se despir, ficando cada vez mais duro. Então, coloco meu pau para fora e a vejo passar a língua pelos lábios, faminta.

— Agora chupa, sua safada.

Ela ajoelha-se, pegando meu pau e me masturbando. Aproxima a sua boca, passando a língua na glande e me chupa como se fosse um pirulito. Fecho os olhos, sentindo o prazer que ela me causa, mas volto a assistir seu movimento ao levar meu pau até a garganta. Lisa se engasga, mas não para.

— Que boquete gostoso.

Murmuro, segurando-a pelos cabelos e fodendo em sua boca até que alcanço o orgasmo, liberando minha porra em sua boca. Liza engole tudo e eu rio, assistindo-a passar o dedo pelo queixo e depois chupar, sem deixar uma única gota.

A ergo pelos braços e a viro de costa, colocando-a de joelhos sobre a cama. Coloco um preservativo e vejo que a putinha já está pronta, totalmente molhada. Coloco o meu pau na sua entrada e entro nela em uma estocada firme. Ela geme e empina ainda mais a bunda para mim. É assim que sempre a fodo, com força.

Puxo seus cabelos e ela geme, me fazendo fechar os olhos, apenas sentindo o prazer que essa dança de um vai e vem me causa.

— Mais, Dominik. Mais!

A puta pede e eu dou ao levar minha mão até seu clitóris, massageando-o. Lisa goza e em seguida chego ao meu limite. Inclino a cabeça para trás e estremeço, sentindo o prazer do orgasmo.

Saio de dentro dela, retirando o preservativo e o jogo no lixo ao lado da cama. Ela se levanta e vem me beijar, mas viro o rosto para evitar o contato, pois, não beijo na boca e nem fodo nenhuma mulher pela frente. Minha regra é tê-las apenas de quatro, já que não quero que pensem que é mais que uma foda.

Ergo a calça e a fecho, um pouco irritado com esse seu comportamento.

— Venha deitar aqui comigo, Dom. — Diz, dengosa.

— Você já sabe a regra, Lisa: te fodo e você cai fora.

Seus olhos brilham de lágrimas, só que ela sabe muito bem que detesto drama.

— Dominik, eu te amo. — Conta, porém não me afeta nem um pouco.

Muito pelo contrário, fico irritado ao vê-la se levantar com a intenção de continuar com a conversa.

— Você sabe que sempre te amei, e mesmo assim me trata como se eu não fosse nada!

A olho com a cara fechada.

— Para mim, você é apenas mais uma para me aliviar, Lisa. Nunca te prometi nada, nunca te dei esperança. Então, não venha com esse papo de amor porque nós dois sabemos o que você quer. A posição de minha mulher é uma coisa que você nunca terá.

Ela ergue a mão para me dar um tapa, mas a seguro, expondo ainda mais a minha ira.

— Nunca mais tente me bater ou eu te chuto daqui para fora, entendeu? — Olho nos seus olhos e repito: — Entendeu, porra?

— Sim, entendi. —  Sua voz agora demonstra raiva também. — Mas você vai se arrepender de me tratar assim. Eu juro.

Não respondo à sua ameaça, até porque ela não me assusta. Por isso, dou-lhe as costas e saio, a caminho da minha casa, já que a louca ficou no quarto que tenho no clube.

No dia seguinte, acordo com Deana entrando no meu quarto e abrindo as cortinas, o que faz com que a claridade me desperte completamente.

— Porra, Deana, não sabe bater, caralho?! — Digo, cobrindo o rosto com o antebraço para fugir da luz do sol que vem até a cama.

— Pare de resmungar e se levante, porque suas hóspedes estão chegando.

Sento-me de imediato, pois havia esquecido que deveria me preparar para recebê-las. E vejo que minha irmã caiu fora após deixar seu recado.

Levanto-me e faço minha higiene pessoal, vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta da mesma cor, colocando por cima o colete do clube.

Sigo em direção à cozinha para tomar um café e encontro a Deana com meu tio já sentados à mesa.

— Bom dia, tio!

— Bom dia, Dominik!

— Bom dia, maninho! — Diz Deana, de forma debochada. Mas, quando vou responder, meu celular começa a tocar, o que me faz desistir para atender a ligação de algum dos entregadores das bebidas que solicitei para o bar.

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