Dominik Santoro
O bairro Upper Valley é um verdadeiro paraíso cercado por uma paisagem deslumbrante. Com suas colinas ondulantes, vales pitorescos, riachos serenos e amplas áreas verdes, o local oferece um refúgio natural para os moradores e visitantes. A presença de bosques exuberantes e montanhas imponentes nas proximidades adicionam um charme especial a essa região.
A comunidade do moto clube está profundamente enraizada na cultura local. Participamos ativamente de eventos anuais que celebram a herança e tradições da região. Seja nos rodeios emocionantes, nos festivais animados de colheita ou nas festividades que honram a cultura local, nosso moto clube marca presença de forma marcante.
Uma das maneiras pelas quais nos conectamos com a comunidade é através de apresentações emocionantes com nossas motos. Durante esses eventos, demonstramos nossas habilidades e paixão pelo motociclismo, proporcionando entretenimento e criando laços com os moradores locais. Essa interação nos permite construir confiança e dissipar quaisquer estereótipos negativos associados a moto clubes. Queremos que a comunidade saiba que somos cidadãos respeitosos, comprometidos com a segurança e o bem-estar de todos.
Nossa presença nos eventos anuais é uma forma de mostrar à comunidade que somos parte integrante dela. Estamos comprometidos em ser bons vizinhos, respeitando as tradições e os valores locais. Dessa forma, esperamos que os moradores tenham a certeza de que não somos arruaceiros, mas sim membros engajados e responsáveis da sociedade.
A casa do clube, que era uma antiga pousada, foi adquirida pelo meu tio dos antigos donos, um casal de idosos que queria se aposentar. Foram feitas algumas melhorias no local para atender às necessidades do clube. A garagem foi interligada à casa, proporcionando um acesso conveniente. Além disso, foi adicionada uma academia e uma sala de treinos, com isolamento para treinamentos que envolvem tiros.
A sala principal recebeu uma renovação, apresentando tons cinzas em toda a decoração. O bar é decorado com tons de preto e vermelho e possui várias banquetas ao longo do balcão. O salão principal conta com mesas espalhadas pelo espaço, oferecendo diferentes áreas para os membros se reunirem. Em um canto da sala, há uma mesa de sinuca, proporcionando momentos de diversão e competição. Também foi instalada uma pista de dança para eventos especiais.
A cozinha passou por modernização, apresentando eletrodomésticos em aço inoxidável, conferindo um toque contemporâneo ao ambiente. A mesa da cozinha é ampla e feita de madeira, com capacidade para dez pessoas. No andar de cima, existem quinze quartos, todos eles suítes. Os quartos são mobiliados com camas de casal em madeira escura, cômodas e armários para maior comodidade dos membros do clube durante sua estadia.
Nos fundos da residência há um abrigo subterrâneo bem abastecido para o caso de precisar usá-lo. Os que olham não percebem nada, mas meu tio, Deana, eu e os rapazes sabemos onde está.
Assim que entro, encontro algumas pessoas do nosso convívio circulando pelo ambiente. Após uma despedida do meu tio, vejo Luke se afastar em direção aos quartos. Passo as vistas pelo cômodo em busca de Deana e a encontro tomando uma cerveja com o Dante em uma mesa próxima ao bar. Me aproximo deles.
— Boa noite, Prez! — Fala Dante, se recostando na cadeira e eu respondo com um gesto da cabeça.
Me direciono à Deana:
— Vamos, preciso conversar com você. — Acredito que a expressão em meu rosto seja o suficiente para não ouvir seus questionamentos, por isso, minha irmã apenas se despede e me acompanha.
Sento-me no sofá enquanto Deana busca cervejas para nós dois. Quando ela volta, me entrega uma garrafa antes de se sentar ao meu lado.
— O que você quer conversar comigo?
— Preciso de ajuda para arrumar um quarto para a irmã do Lorenzo. Ela e sua filha vão passar um tempo aqui.
— Por quê? — Pergunta, achando estranha essa situação.
— Enzo pediu ajuda para proteger as duas. A irmã dele tem uma filha de nove meses, chamada Aurora. Tudo indica que elas estejam em perigo e o Enzo não confia em ninguém da máfia para protegê-las. Estão acontecendo muitas traições e ele precisa matar os ratos. — Explico.
— Ok, Dom, amanhã vou arrumar tudo o que você me pediu. — Diz, tomando um gole da bebida.
— Onde está o tio? — Pergunto, pois achei que iria encontrá-lo aqui.
— Não o vejo desde a hora em que saiu com vocês. — Diz, dando de ombros.
— Vou procurá-lo. — Tomo o restante da bebida e me levanto decidido a verificar primeiro na varanda dos fundos, onde o encontro sentado na cadeira de balanço, preso em pensamentos.
— Sabia que te encontraria aqui. — Digo, sentando-me na cadeira ao lado.
— Gosto de olhar a paisagem.
— É realmente bonita a vista daqui. — A casa foi construída com vista para um bosque, e o terreno é completamente murado, uma segurança de primeira linha.
— Dominik, quero que me prometa algo. — Ele pede agora com os olhos atentos aos dedos cruzados sobre o seu colo.
— Claro, é só falar, tio.
— Esse é meu garoto. — Diz, sorrindo. — Quero que me prometa que se algo acontecer, você continuará a cuidar do clube, da sua irmã e dos outros. Que irá permanecer leal e protetor com todos.
— Por que isso agora, tio?
— Tenho orgulho do homem que se tornou.
Acho graça dessa conversa sem fundamento agora.
— Que isso, velho? Você ainda tem muita vida pela frente.
Ele sorri.
— Assim espero, garoto. Mas, se você precisar fazer algo que ninguém deva saber, quero que você ligue para o Fantasma. — Diz, pegando o celular do bolso e me enviando uma mensagem que, quando verifico, é um número de telefone. — Ele vai te ajudar.
— Quem é o Fantasma? — Pergunto, agora achando estranho o rumo da conversa.
— Ele é conhecido assim porque ninguém nunca o viu ou ouviu sua voz, mas é mortal. Entra e sai sem ninguém perceber, tem olhos em todos os lugares. — Diz, pensativo. — É um mercenário, topa tudo por dinheiro, mas é nosso aliado. Pode confiar.
Respiro fundo, insatisfeito com essa conversa.
— Agora, vamos jantar. — Levanto-me, guardando o aparelho e o puxo para um abraço. — Também sinto orgulho de você, velho. Só tenho a agradecer por tudo o que fez e ainda faz por nós. — Ele devolve o abraço e, em seguida, vamos juntos para a cozinha.
No dia seguinte, vou para a sala vermelha onde realizamos nossas reuniões e, como de costume, o martelo está na porta. Gesticulo um “bom dia” para ele e digito a senha que me permite a entrada.
Encontro todos os meus homens de confiança em seus lugares à mesa redonda e de madeira, com um escorpião negro bem ao centro, símbolo do clube. Sento-me no meu lugar e analiso Luke, o vice-presidente, além de Dante, meu executor, e os outros: Romeu, Caio e Gael.
— A reunião de hoje é apenas para comunicar que vamos ajudar na proteção da irmã e da sobrinha do Lorenzo. Ele está tendo problemas com alguém que ainda desconhece, mas que se apresenta como “O Cobra”.
— É uma gangue, Prez? — Caio é o primeiro a se manifestar.
— Até agora ele não sabe, então nós também o ajudaremos a descobrir quem são.
— Foi sobre isso que você quis conversar com a Deana ontem? — Ouço Dante perguntar.
— Sim. Pedi a ela que providenciasse um dos quartos para as duas. Além de nos ajudar quanto a esse detalhe, claro.
— Não sei, não, Dominik. Você realmente acha que devemos nos envolver nessa sujeira? — Olho para ele, entendendo seu questionamento. Faz muito tempo que não passamos por isso, porém, Lorenzo é meu amigo, e eu jamais o deixaria na mão.
— Basta você se colocar no lugar dele, Luke. — Demonstro irritação. — Lorenzo é nosso amigo e faria o mesmo por nós. Sabe disso.
Assisto seu balançar de cabeça em sinal de aceitação e ouço um sussurro de que estou certo em tomar essa atitude.
— Tem mais algum assunto para ser resolvido? — Pergunto e todos respondem com um “não”, o que me permite dar a reunião como encerrada. Quando estou me levantando, a porta se abre e a Deana entra. Olho para o Martelo e gesticulo, perguntando por que ele a deixou entrar. Ele dá de ombros, respondendo que ninguém consegue segurá-la, fazendo todos rirem a caminho da saída da sala.
— O quarto já está pronto. — Ela diz, ignorando o fato de ser o motivo da conversa.
— Obrigado, irmã. — Falo, ainda achando graça da maneira que Martelo respondeu sobre ela. — Amanhã elas estarão aqui.
À noite, os irmãos se reúnem para jogar sinuca e beber. No bar, peço uma cerveja para o prospecto e me viro para olhar ao redor, sentando-me na mesa onde estão Luke, Dante e Gael, entretidos em algum assunto.
— Sobre o que estão conversando? — Pergunto, curioso.
— Sobre relacionamento sério, ou melhor, sobre não querer ter um. — Diz Gael.
— E que eu não pretendo ser um homem cadelinha de mulher alguma. Quero viver sem amarras e aproveitar a vida ao máximo, isso sim. — Diz Dante, tomando um pouco da cerveja em seu copo.
— E eu penso igual. O relacionamento sério traz dores de cabeça e eu quero distância de mulheres ciumentas e possessivas. Fujo de compromissos. Prefiro ser livre para fazer o que quiser e não depender emocionalmente de uma mulher. — Complementa Gael, corrigindo sua postura na cadeira.
— E eu não quero que meu pau tenha dona. Prefiro ter uma por noite e não ser pau-mandado de uma só. Gosto de negras, morenas, ruivas e loiras, todas aqui, na minha mão. — Luke fala, fazendo o gesto com o dedo indicador na palma da outra mão. — Ser independente é a chave para a felicidade, meus amigos. Olhem ao redor, isso sim é vida!
— Isso, rapazes, até uma mulher entrar sem pedir permissão no coração. — Comento, pensativo. Olho ao redor e estudo as garotas do clube dançando e expondo seus corpos praticamente nus devido às pequenas peças de roupas. Lisa vem até mim e olha-me com a sua cara safada, passando a mão no meu pau por cima da calça, e eu deixo, porque gosto da sua ousadia. Ao seu toque, fico duro.
Ela me olha com tesão, então não penso duas vezes antes de me levantar e pegá-la pela mão, ouvindo as risadas dos meus amigos que já sabem muito bem o que pretendo fazer com ela, levando-a para o meu quarto.
— Tira a roupa. — Falo assim que fecho a porta.
Assisto-a se despir, ficando cada vez mais duro. Então, coloco meu pau para fora e a vejo passar a língua pelos lábios, faminta.
— Agora chupa, sua safada.
Ela ajoelha-se, pegando meu pau e me masturbando. Aproxima a sua boca, passando a língua na glande e me chupa como se fosse um pirulito. Fecho os olhos, sentindo o prazer que ela me causa, mas volto a assistir seu movimento ao levar meu pau até a garganta. Lisa se engasga, mas não para.
— Que boquete gostoso.
Murmuro, segurando-a pelos cabelos e fodendo em sua boca até que alcanço o orgasmo, liberando minha porra em sua boca. Liza engole tudo e eu rio, assistindo-a passar o dedo pelo queixo e depois chupar, sem deixar uma única gota.
A ergo pelos braços e a viro de costa, colocando-a de joelhos sobre a cama. Coloco um preservativo e vejo que a putinha já está pronta, totalmente molhada. Coloco o meu pau na sua entrada e entro nela em uma estocada firme. Ela geme e empina ainda mais a bunda para mim. É assim que sempre a fodo, com força.
Puxo seus cabelos e ela geme, me fazendo fechar os olhos, apenas sentindo o prazer que essa dança de um vai e vem me causa.
— Mais, Dominik. Mais!
A puta pede e eu dou ao levar minha mão até seu clitóris, massageando-o. Lisa goza e em seguida chego ao meu limite. Inclino a cabeça para trás e estremeço, sentindo o prazer do orgasmo.
Saio de dentro dela, retirando o preservativo e o jogo no lixo ao lado da cama. Ela se levanta e vem me beijar, mas viro o rosto para evitar o contato, pois, não beijo na boca e nem fodo nenhuma mulher pela frente. Minha regra é tê-las apenas de quatro, já que não quero que pensem que é mais que uma foda.
Ergo a calça e a fecho, um pouco irritado com esse seu comportamento.
— Venha deitar aqui comigo, Dom. — Diz, dengosa.
— Você já sabe a regra, Lisa: te fodo e você cai fora.
Seus olhos brilham de lágrimas, só que ela sabe muito bem que detesto drama.
— Dominik, eu te amo. — Conta, porém não me afeta nem um pouco.
Muito pelo contrário, fico irritado ao vê-la se levantar com a intenção de continuar com a conversa.
— Você sabe que sempre te amei, e mesmo assim me trata como se eu não fosse nada!
A olho com a cara fechada.
— Para mim, você é apenas mais uma para me aliviar, Lisa. Nunca te prometi nada, nunca te dei esperança. Então, não venha com esse papo de amor porque nós dois sabemos o que você quer. A posição de minha mulher é uma coisa que você nunca terá.
Ela ergue a mão para me dar um tapa, mas a seguro, expondo ainda mais a minha ira.
— Nunca mais tente me bater ou eu te chuto daqui para fora, entendeu? — Olho nos seus olhos e repito: — Entendeu, porra?
— Sim, entendi. — Sua voz agora demonstra raiva também. — Mas você vai se arrepender de me tratar assim. Eu juro.
Não respondo à sua ameaça, até porque ela não me assusta. Por isso, dou-lhe as costas e saio, a caminho da minha casa, já que a louca ficou no quarto que tenho no clube.
No dia seguinte, acordo com Deana entrando no meu quarto e abrindo as cortinas, o que faz com que a claridade me desperte completamente.
— Porra, Deana, não sabe bater, caralho?! — Digo, cobrindo o rosto com o antebraço para fugir da luz do sol que vem até a cama.
— Pare de resmungar e se levante, porque suas hóspedes estão chegando.
Sento-me de imediato, pois havia esquecido que deveria me preparar para recebê-las. E vejo que minha irmã caiu fora após deixar seu recado.
Levanto-me e faço minha higiene pessoal, vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta da mesma cor, colocando por cima o colete do clube.
Sigo em direção à cozinha para tomar um café e encontro a Deana com meu tio já sentados à mesa.
— Bom dia, tio!
— Bom dia, Dominik!
— Bom dia, maninho! — Diz Deana, de forma debochada. Mas, quando vou responder, meu celular começa a tocar, o que me faz desistir para atender a ligação de algum dos entregadores das bebidas que solicitei para o bar.
Luna LottiEm pé, defronte ao meu amigo, assisto em seu colo o lindo sorriso da minha filha, que está com exatos nove meses e é uma cópia do pai. Com seus incríveis olhos azuis, a mesma cor de cabelo e até mesmo a boquinha, saíram iguaizinhos aos dele. Hoje, Aurora é a razão da minha vida.Meu irmão sempre quis saber quem é o pai, mas nunca contei, até porque nem eu mesma sei o nome dele. Por isso, sempre digo que ela é apenas minha e pronto. Sendo assim, ele segue sendo um tio babão, e eu o amo ainda mais por isso.O único que sabe é o Kai, mas nem eu nem ele sabemos o nome do homem que me fez perder a virgindade e ganhar a minha menina. Kai já me pediu várias vezes para contar para o Lorenzo, porém, como vou dizer se nem sei o nome?— Vamos tomar banho, bebê?A pego do colo do Kai e a levo para o banheiro.— Que sujeira você faz para comer, né, mocinha?Ela bate as mãos na água e dá risada, já que entende tudo o que falo.A tiro da banheira e seco seu corpinho, sem resistir a deixar
Dominik SantoroCongelo ao vê-la em minha frente, pois não faço ideia de como veio parar aqui. Destino? Quando tento pensar em algo para perguntar, Deana aparece, notando minha reação, ou a falta dela, e age rapidamente. Para quebrar o silêncio constrangedor, ela me dá uma cotovelada.— Desculpe o meu irmão. — Diz, voltando-se para mim. — Esta é a nossa nova hóspede.Vejo o sorriso irônico no rosto da minha irmã e solto a respiração que nem percebi que estava segurando.— Desculpe. — Peço, sem jeito. — Onde estão o seu irmão e a sua filha?Nunca havia me sentido tão constrangido diante de uma mulher. Mas como não ficar assim se foi ela mesma quem esteve rondando os meus pensamentos nos últimos dias e, para piorar, a Deana nem ao menos disse o seu nome ao nos apresentar.— Foram todos para a cozinha, irmão, então deixe de perguntas e vamos tomar logo esse café, pois até eu estou morrendo de fome agora.Sem mais uma palavra, sigo as duas e aproveito a oportunidade para admirar o belo c
Dominik SantoroVejo o sol se pôr ao tirar o capacete, admirando a cor de um céu alaranjado entre nuvens enquanto desço da moto, com Luke estacionando logo ao lado. Após um dia cansativo resolvendo problemas do clube, finalmente me vejo em casa.Ao entrar, encontro Aurora engatinhando até uma das poltronas e ficando de pé. Sorrio quando ela me vê e resolve vir até a mim, mas são apenas dois passos que a fazem cair e voltar a engatinhar. Sinto duas batidas em meu ombro, e ao olhar para o lado, percebo que Luke ainda está parado ali. No mesmo instante, ele se despede, também sorrindo com a cena.Volto a assisti-la e espero até que ela alcance as minhas pernas e mais uma vez fique de pé, fazendo-me pegá-la em meu colo.— Olá, princesa. — Digo enquanto faço cosquinhas em sua barriguinha e assisto a sua risada. — Você está gostando daqui?Estou ficando maluco conversando com uma criança?Ouço quando alguém limpa a garganta e, ao me virar, vejo que é Luna, com uma fisionomia de espanto.—
Dominik SantoroAo chegarmos em casa, abro a porta e encontro meu tio brincando com Aurora no tapete da sala. Nossos olhares se encontram, e no mesmo instante, seu sorriso desaparece, dando lugar a uma expressão preocupada em seu rosto.— Algum problema, Dom?Luna passa por mim e pega Aurora no colo, enquanto Deana começa a juntar os brinquedos que estão espalhados pelo tapete e segue apressada em direção ao seu quarto.— Vamos para a sala vermelha, tio. Precisamos conversar. — Ele não diz nada, mas pela sua expressão, já sabe que aconteceu algo.Ele se senta em uma das poltronas, próxima ao minibar que temos na sala, e, após nos servir de duas doses de uísque, conto-lhe o que aconteceu enquanto esperamos por Dante e Gael com notícias. Desde o momento em que Kai chegou machucado até o que ele falou antes do seu atendimento médico.— Descobriram alguma coisa? — Pergunto assim que meus amigos entram, e Dante volta a fechar a porta antes de se sentar.— O único registro que temos é das c
Dominik SantoroDois dias após o incidente, o clima entre Luna e eu está suavizando. Meu tio assume a responsabilidade de acompanhar Deana em suas compras, já que é a única pessoa com paciência suficiente para essa tarefa. O vaivém de lojas e as decisões incertas de compra me tornam uma companhia insatisfatória, então a opção de Luna se juntar a eles está fora de questão.No final da tarde, enquanto adianto as tarefas relacionadas à administração do clube, Luna divide sua atenção entre Aurora e Kai, que está mostrando melhoras significativas. Converso com alguns clientes quando vejo Luna descendo as escadas com Aurora nos braços. De imediato, me despeço dos homens e me dirijo até ela, sem conseguir desviar os olhos da minha filha, que parece ainda mais adorável em um vestido azul com bolinhas brancas, e com uma fita com um laço delicado prendendo seus poucos fios de cabelo.Um sorriso espontâneo aflora em meus lábios.— Posso pegá-la? — Pergunto à Luna, que também sorri e gentilmente
Dominik SantoroA atmosfera é densa, carregada de uma dor compartilhada que confirma a perda de alguém profundamente amado por todos nós. Exibo o bilhete para Luke e aos outros irmãos, que se juntam rapidamente quando adentro o escritório. Após alguns minutos, a porta se abre, revelando Martelo, também visivelmente abalado com a notícia. Ele permite a passagem de Lorenzo, que entra com uma expressão de inquietação no rosto.— Sinto muito, Dom. — Diz ele, oferecendo um abraço reconfortante. — Ele terá um enterro digno, é o mínimo que posso fazer por você.As palavras de Lorenzo trazem um lampejo de alívio à tristeza que nos envolve. Saber que Mark receberá uma despedida respeitosa é um consolo para o meu coração. Meu amigo é firme em garantir um enterro honroso para meu tio, com toda a discrição necessária para evitar chamar a atenção das autoridades.Eu confio plenamente na habilidade de Lorenzo em lidar com esses assuntos. Durante a reunião subsequente, todos os membros do clube demo
Dominik SantoroAurora é a luz que ilumina a minha escuridão.Tê-la em meu colo e receber o seu beijo aqueceu um pouco o meu coração.Dou um beijo em seus cabelos e me recosto, sentindo-a ainda em meu colo, mas confesso que não vou resistir ao sono devido ao cansaço e ao conforto do assento. Acordo com o som do meu celular, e quando pego o aparelho, vejo que se trata do Lorenzo.— Fala.— Tudo pronto para o funeral, Dom. — Diz. — Obrigado. Já estou indo.Suspiro.Eu realmente dormi com Aurora em meu colo ontem e nem percebi quando Luna a pegou. O que me desperta é o choro da Deana e o seu pedido exasperado para irmos ver nosso tio. Faço a sua vontade, e ficamos por um bom tempo junto ao seu corpo dentro de um caixão. Já no início da noite, Dante e Luke nos convencem a comer um pouco e descansar.Levanto-me e vou ao banheiro para minha higiene matinal. Logo depois, saio do quarto já sentindo o aroma do café. Desço as escadas e vejo Deana com uma xícara nas mãos, já vestida toda de pre
Enxugo as lágrimas que teimosamente rolam pelo meu rosto. Meu tio, meu guia, enfrentava essa tormenta sozinho. Levanto-me da cama, cuidadosamente pego a carta e a guardo no bolso. Em seguida, pego meu celular e envio uma mensagem ao grupo do clube:Preciso falar com todos vocês urgentemente. Vou avisar o Lorenzo e chamar as garotas. Nos encontramos na sala vermelha.Deslizo o celular de volta no bolso e parto para encontrar Lorenzo, que está brincando com Aurora no colo, enquanto Deana está sentada no sofá com Luna ao seu lado. Quando me aproximo, Aurora estica seus bracinhos, e eu a pego no colo, depositando um beijo suave em sua testa.— Oi, minha princesinha. Que cheirinho gostoso. — Brinco, ganhando um beijo babado como resposta. Um risinho escapa dos meus lábios, e ela também emite um som alegre. — Exatamente assim, princesinha. Beijinhos só para o papai.— Vai sonhando, Dom. Aurora me conheceu bem antes de saber que tinha um pai. Aliás, quem garante que ela não me considera como