No dia que Nathália se tornou Fanuel
Azrael estava sozinha na Terra da realidade A-1, quando percebeu que não estava mais tão sozinha. Ao virar viu três mulheres olhando para ela. Duas usavam capas pretas, uma usava roupas curtas.
— Emma Sakura, Débora Ferreira e Nathália Silva, vocês não são dessa realidade. Sabem que essa viagem é proibida, exceto se tiver a permissão de um dos príncipes do céu... E eu sei que vocês não tem. Portanto devo matar as três.
— Talvez não precise fazer isso. — Nathália falou antes que Azrael fosse presa num símbolo com 13 círculos e 72 linhas.
Azrael riu e destruiu o símbolo como se não fosse nada.
— Isso não vai funcionar comigo. Não mais. — Ela falou se aproximando. — Mas para usarem um poder desses, vocês devem saber muita coisa.
— Sim, Amanda! Nós sabemos. — Emma falou sem demonstrar medo. Nenhuma das três demonstrava medo.
— Volte
No princípio, tudo era vazio e sem forma. De repente uma voz disse: Faça-se! E tudo se fez. Cada planeta e galáxia então surgiu em seu determinado tempo e momento. O universo acabou povoado por miríades de miríades de espécies e raças. Algumas humanóides, outras nem tanto.Todas foram criadas iguais em propósitos. E para cada uma, foi dada uma galáxia. E também foram criadas originalmente em número de dois. Um macho e uma fêmea.Enquanto cada raça aumentava, era dada a chance de se tornarem anjos. Mas quando foi anunciada a criação de novos seres, houve guerra no céu.Um Serafin, de nome Samael, vindo da espécie humana, se opôs a criação do seu povo. Ele surgiu antes dos seus, porque ao ser chamado para ser anjo, todos são enviados para o início do tempo e assim podem participar de cada ato da criação. Em outras palavras, cada anjo assiste o nascimento da própria espécie. Mas quando chegou a vez da humanidade, Samael lutou contra.
Dia: 365Deise, uma mulher branca de olhos azuis e loira, estava vindo do mercado. Tinha ido fazer o que todos faziam diariamente, ou seja, comprar alimentos. Uma atitude considerada antigamente como normal. Porém não agora.Um ano atrás uma praga atingiu todos os seres humanos e animais. A morte outrora tão comum, foi retirada. O motivo era desconhecido de toda a ciência. O que forçou um grande investimento em estudos para descobrir o que impedia que seres humanos e animais morressem.Os teóricos da conspiração diziam que era culpa da indústria farmacêutica, os profetas do Apocalipse colocavam a causa nas sete pragas do apocalipse. "Úlceras malignas e perniciosas que afetam a todos os portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem" (Apocalipse 16:2), era vista em várias placas por todas as cidades. Mas assim como o primeiro grupo, esse notou que algo não batia com a teoria.Se a indústria farmacêutic
Dia 465O dia foi extremamente cansativo. Amanda que era apenas uma criança, estava acabada do esforço de tentar se divertir sozinha. Sabe-se lá porque, sua doença não evoluía como as das outras pessoas, o que fazia ela achar que poderia em algum sentido, ter poderes como os personagens que amava. Já a Ellen, sua mãe, achava que era porque o mundo estava doído mesmo.Ellen acreditava no que os cientistas diziam, tudo se tratava de alguma praga. E seja como fosse, a praga estava poupando a Amanda ou preparando algo pior. Independente do que fosse, talvez a prevenção poderia ajudar.Deise, a amiga íntima da Ellen, levou a menina para o quarto. Como era de esperar, Deise tinha largadado tudo para ajudar a amiga, já que o pai da menina tinha sumido no mundo.Deise, uma loira de quase quarenta anos, era uma mulher bela em todos os sentidos. Poderia ter todos os homens aos seus pés, mas nunca teve cabeça para essas
- Já pegou a espingarda? - Ellen pegava as últimas coisas necessárias para ir atrás da filha. Seu desespero era totalmente visível.- Já. Podemos ir. - Deise falou de forma rápida.As duas saíram naquela noite e foram para onde achavam que a Amanda tinha ido. Para a Lomba Alta. Seguiram um caminho de terra, até chegarem na rodovia e seguiram para o sul, justamente para a direção da cidade. Amanda teria que passar por lá e obviamente encontraria centenas de infectados pela praga.- Droga! Essa pirralha não deve ter ido tão longe.- Calma Ellen!- Calma uma pinóia! Quando encontrar ela, deixarei um vergão na bunda. É última vez que foge assim. Quer que eu seja uma mãe durona, serei uma maldita mãe durona. Vou meter tanta porrada, que vai virar do avesso.- Calma Ellen! Ela tá bem. - Deise seguia os passos decididos da amiga. Sabia que a Ellen
Poucas coisas são tão assustadoras como passar várias horas preso em uma caixa fechada. O homem que estava nessa situação, sofria de claustrofobia. E mesmo assim foi colocado naquela situação.Não que sua sorte tivesse mudado recentemente. Já fazia um ano, ou mais, quem liga? Que ele estava preso. Foi capturado logo após o início do apocalipse zumbi, e ele sabia que tudo aquilo era culpa dele e somente dele.E o pior era a sensação de sofrer vários ataque cardíaco e mesmo assim não morrer. Sua capacidade de discernir entre o certo e o errado estava perto de acabar. Sabia que mais cedo ou mais tarde se tornaria num ser sem sentimento nenhum. Um ser que apenas quer matar.Quando menos esperava, a caixa onde estava foi aberta. Seu corpo jogado no chão como se fosse lixo. Ele não conseguia olhar na cara das pessoas ali presente. Só sabia que eram muitas. Muitas vozes rindo e dando pequenos choques nele. Ele encolhido e assus
Diário do fim do mundoAno: 2025Dia: 548Status: Vivíssima! Chorem haters! Haters gonna hate!Nuvens encobrem todo o céu. Já faz um ano que sol não é visto nesse mundo. Sei que devido as minhas experiências do passado, existem outros mundos e outras realidades. Creio fortemente que alguma doppelganger minha esteja em uma situação bem melhor.Está certo que Gabriel falou que todas as realidades sofrem do mesmo mal. Embora algumas bem mais que outras, mesmo assim, prefiro ter fé que em algum lugar desse emaranhado de realidades, existe alguma que esteja em paz.Infelizmente estou presa nesse mundo decadente e não posso como no passado, viajar entre as realidades. Sei que boa parte disso tenha a ver com a minha decisão. Já que um ano e meio atrás, quase ajudei a destruir o mundo. Hoje não vivemos melhor, porém ainda estamos vivos e com capacidade de luta. Infelizmente, sou a única que restou do
- Então existem outros mundos e realidades diferentes? - Jairo tentava entender as novas informações trazidas pelo anjo. Nada que parecia fazer sentido. Mas ele tentava entender. - E tu veio de uma delas?- É isso meu caro, Jairo. Exatamente isso.Gabriel era um arcanjo poderoso. Talvez um dos poucos que sempre esteve envolvido com os seres humanos. Para Gabriel, ajudar as pessoas era a sua grande missão.Não que Jairo e a pequena Zoé poderiam entender. Todos ali e no mundo, além de várias realidades, estavam vivendo problemas diferentes com causas iguais. Gabriel era um só para bilhões de pessoas. E mesmo assim, nunca iria abandonar os seres humanos.- E o que a Zoé tem a ver com isso?Gabriel pegou uma maçã e começou a descascar. Tudo isso sem ter pedido uma fruta. Algo que Jairo poderia ter entendido como uma falta de educação, se não tivesse co
Algumas horas atrásCom a incapacidade atual de morrer, as pessoas doentes eram atiradas e abandonadas nas cidades. Com isso, raramente se via alguém que não fosse doente caminhando por ruas asfaltadas.Naquele dia, a cidade amanheceu como fazia a quase dois anos. Pessoas saiam para as ruas sem se importar com o tempo. Quem iria se importar com a falta de resistência do corpo com os raios solares?Toda a humanidade até onde se sabe, sofre com porfiria, e por isso não podem sair a luz do sol. Mesmo assim alguns são mais privilegiado que outros. Embora sofrendo igualmente com a porfiria, ninguém nas cidades se preocupava em temer as bolhas na pele causado pelo sol. A dor que as pessoas privilegiadas temiam, ninguém ali ligava.Por isso a presença de dois homens usando capa azul e máscara branca, chamou a atenção das pessoas. Aquilo simbolizava dois privilegiados andando e