Algumas horas atrás
Com a incapacidade atual de morrer, as pessoas doentes eram atiradas e abandonadas nas cidades. Com isso, raramente se via alguém que não fosse doente caminhando por ruas asfaltadas.
Naquele dia, a cidade amanheceu como fazia a quase dois anos. Pessoas saiam para as ruas sem se importar com o tempo. Quem iria se importar com a falta de resistência do corpo com os raios solares?
Toda a humanidade até onde se sabe, sofre com porfiria, e por isso não podem sair a luz do sol. Mesmo assim alguns são mais privilegiado que outros. Embora sofrendo igualmente com a porfiria, ninguém nas cidades se preocupava em temer as bolhas na pele causado pelo sol. A dor que as pessoas privilegiadas temiam, ninguém ali ligava.
Por isso a presença de dois homens usando capa azul e máscara branca, chamou a atenção das pessoas. Aquilo simbolizava dois privilegiados andando entre a escória da humanidade.
Alguns dos que viviam na cidade xingavam os dois visitantes. Outros simplesmente cuspiam nos dois. A cidade obviamente odiava ter sido abandonada pelos privilegiados e agora dois deles caminham como se não se importavam com nada. Aquilo era visto como uma ofensa pelos moradores.
Uma mulher com metade do rosto mostrando os ossos da cabeça, usou um palavrão para se referir aos dois. Quando sua boca se abriu, metade era apenas uma boca de uma caveira. Os homens nada diziam.
Isso acontecia porque estavam com duas missões. A primeira seria difícil de conseguir resolver muito em breve. Necessitava de paciência. A outra, era justamente o que estavam fazendo naquele momento. Por isso não se importavam com os insultos e cuspes. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, surgiria aquilo que estavam procurando.
Ao passarem por uma casa, uma menina que se resumia em pele e osso, saiu correndo. Suas pernas esqueléticas tentava manter um corpo extremamente magro. Se a humanidade se resumia entre privilegiados e escória, na própria escória tinha os privilegiados. Isso era visível graças a fome. Um doente precisava de muito mais energia. Por isso muito mais alimentos era necessário. Só que apenas quem tinha dinheiro, poderia ter o que comer. O resto não comia nada.
Assim, mesmo todos estando em estado de putrefação, alguns se alimentavam melhor que outros. E aquela menina esquelética, corria porque teve esperança. Num mundo como esse, a última coisa que se espera da escória era esperança. Mas aquela menina tinha. Ela foi até os dois homens e tentou chamar a atenção deles.
- Me ajudem, por favor!
- Não podemos fazer nada. - Um dos homens falou.
- Não é pra mim, é para o meu pai.
- Não podemos fazer nada. Vai para a casa.
- Por favor! Ele enlouqueceu.
Os dois homens pararam finalmente e olharam para a menina.
- Como assim ele enlouqueceu?
- Ele não me reconhece. É como se tivesse virado um daqueles zumbis do cinema.
- Nos leve até ele.
Em estado de euforia, a menina pediu que a seguissem. E assim fizeram. Os dois entraram em uma casa simples de madeira e com poucos móveis. Tudo isso era uma amostra de toda a pobreza e incapacidade daquela menina de ter alimento. Ela parou numa porta que dava aparentemente num banheiro.
- Ele está aí. Podem ajudá-lo?
Os homens tiraram o capuz e a máscara. Um era um asiático, provavelmente um japonês. O outro era um homem branco, de cabelo preto e barba.
- Teu pai não tem salvação. Só podemos matar ele. - O asiático falou. A menina percebeu que ele foi o único dos dois que tinha falado até então.
- Matar? Mas isso é impossível.
- Não para nós. - O asiático falou enquanto tirava uma espada das costas e se colocava em posição de ataque.
- Vai com calma, Uriel. É o pai dela. - O outro homem finalmente falou.
- Quer o que, Gabriel? Discurso no jutsu para um zumbi? Acha que ele vai se lembrar da filha?
- Não é isso. Tu sabe o que quero dizer.
- Claro que sei, inferno...
Gabriel se virou para a menina e se prostou para ficar na altura da mesma.
- Qual o seu nome?
- Mônica.
- Certo Mônica, tem quantos anos?
- 10. - Gabriel ficou surpreso. Achava que a menina podia ter mais idade, mesmo com toda a condição física.
- Mônica, sabe que o teu pai precisa de um descanso? Ele chegou num momento em que se continuar assim, só terá dor e sofrimento. Não podemos permitir que ele continue sofrendo.
- Vão matar ele?
- Não. Ele só vai dormir.
- Isso é mentira.
- Eu não posso mentir, Mônica. É certo que a alma do teu pai será retirada do corpo. E um corpo sem alma, não vive. Mas ele irá apenas descansar. Consegue entender isso?
- Entendo. Meu pai já está morto mesmo. Continuar com ele assim, é maldade.
Gabriel sorriu. Aquilo era o que gostaria de ouvir. Já a Mônica, ficou em primeiro momento encantada com os olhos azuis de Gabriel. Tudo nele emanava confiança e paz. Era como se o homem a sua frente fosse um grande guerreiro.
Gabriel se voltou para o companheiro e falou:
- Quer usar a espada?
- Tô fora! Tu usa a espada e eu serei o ceifeiro.
- Sabe que ao usar a espada para isso, todas as espadas ficam inválidas?
- E eu com isso, meu irmão?
Gabriel então pegou um batom e ofereceu para o Uriel. Uriel fez uma cara de nojo no mesmo momento.
- Mudei de idéia. Prefiro a espada.
- Fresco! É só a porcaria de um beijo. Até parece que vai doer.
- Só que eu não vou dar o beijo da morte.
- Que frescura! Pronto? - Uriel fez que sim com a cabeça. Mônica não dizia nada. Ela estava visivelmente assustada com tudo e ao mesmo tempo com interesse no que poderia acontecer. Gabriel então abriu a porta. No mesmo instante, um homem em avançado estado de putrefação, com os olhos cinzentos e sem nenhum brilho, saiu correndo numa tentativa de ataque. Uriel de forma rápida cravou a espada no chão. Com a espada como origem, um vento forte jogou o homem longe.
O vento fez com que a Mônica cobrisse a face no mesmo instante. Quando ela tirou a mão, sentiu a mesma diferente. Ao olhar para a palma da mão e o braço, viu que estava curada. E teve certeza quando sentiu o rosto e o corpo todo curado. Voltou seu olhar para o pai e viu um homem de cabelos grisalhos e extremamente bonito se levantando do chão. No mesmo momento ela correu e se atirou no colo do pai. O homem confuso não entendia nada do que estava acontecendo. Apenas abraçou a filha e sentiu as lágrimas da pequena em seus ombros. Para a menina, aquilo era um sonho se tornando realidade. Ela teve esperança de abraçar o pai e ambos se sentirem curados novamente. E naquele momento tudo se realizou. Quando sentiu uma mão em suas costas, largou o velho pai e olhou para o ser atrás dela. Um homem de cabelos negros, rosto bonito e um par de olhos azuis, olhava para ela como se lamentasse o futuro. Mônica então percebeu o par de asas douradas atrás de uma armadura de ouro.
- Você é um anjo? - Gabriel então deu um sorriso curto e olhou para o homem a sua frente.
- Não temos muito tempo.
- Que isso, Gabriel? Temos o tempo todo do mundo. - Uriel segurava a espada enquanto estava de joelhos e com o suor cobrindo o rosto. Lágrimas de dor começavam a sair dos olhos de Uriel.
- Sinto muito, Mônica! Chegou a hora do teu pai.
A menina então chorou e abraçou novamente o pai.
- Me perdoa, pai. Eu deveria ter sido uma filha melhor.
- Eu não tenho o que perdoar, pequena. Tu sempre foi a filha que todo pai gostaria de ter. Olha, eu te ensinei muitas coisas. Sei que sempre fomos pobres, mas se hoje não temos nada é por causa da ganância de outras pessoas. Mas isso não quer dizer que devemos nos dar por vencidos. Lute e mostre que ainda não nos rendemos. Se tu conseguiu trazer dois anjos, o que pode ainda fazer?
- Eu não quero te perder...
- Mas não vai perder. Sei que me ama. Então não perdemos os que amamos. Meu erro foi perder a minha sanidade mental. Eu me preocupei de mais contigo e me esqueci de mim. Agora serei obrigado a te deixar sozinha. Se eu tivesse feito diferente, não estaria passando por isso.
- Não, pai. O senhor sempre foi uma pessoa boa.
- Pessoas extremamente boas, não vivem muito. Pense em ti também. A tua saúde é importante para ajudar os outros.
Gabriel colocou novamente a mão nas costas da Mônica.
- Não temos mais tempo.
- Pode me dar uma benção? - O homem perguntou. Gabriel sorriu confirmando que sim. - Tem como curar a minha filha?
- Sabe que podia pedir a própria cura, né?
- Percebi que minha mente já era. Se não fosse pelo japonês ali, eu não poderia estar tendo essa conversa. Se curar o meu corpo, a minha mente terá que ser também. Mas será que isso seria o correto? Será que eu não deixaria de ser eu? Não quero correr o risco de ser diferente do que fui.
Gabriel sorriu novamente. Para ele foi uma excelente resposta.
- Podemos curar a tua filha. Mas é apenas uma vez. Depois disso, a saúde dela dependerá exclusivamente dela. Ela não pode ficar dependente de outros meios para ser saudável.
- Justo. Filha, tenho que ir agora. - Mônica voltou a chorar. Ela não queria deixar o pai morrer. Mas o mesmo afastou ela e pediu para morrer ao acenar com a cabeça para Uriel. - Adeus, filha. Papai te ama...
No mesmo instante, Mônica viu o corpo do pai apodrecer novamente. Ela não precisava olhar para si, para perceber que tinha voltado para o estado de pele e osso.
O pai deu um berro e atacou. Mas antes que fizesse algo, ele foi congelado onde estava. Gabriel então se aproximou do mesmo e o beijou. Na verdade só encostou a sua boca na boca do outro. Mas foi como se fosse um beijo. No que pareceu minutos, Gabriel soltou o pai dela que caiu sem vida no chão. O arcanjo então soltou o ar como se tivesse soltando a fumaça de um cigarro.
- Isso é tão evasivo... - Uriel se segurava numa mesa. Estava visivelmente cansado. - Quero dizer, é uma troca. Tu vê toda a vida dele e ele vê toda a tua. É uma união entre ceifeiro e ceifado. Mas é evasivo. Ter todos os teus segredos mais secretos, revelado para um estranho... Prefiro a dor.
- Que frescura! - Gabriel falou. Ele foi até a Mônica que estava ao lado do corpo do pai. Pegou um aparelho semelhante a um smartphone e passou sobre o corpo da menina. No mesmo instante, ela foi curada e voltou a sua forma física perfeita. Gabriel notou finalmente os cabelos crespos da menina. Seus olhos castanhos e pele escura cor de oliva, tornava a garota bela. Gabriel notou que a mesma poderia até ser modelo se tivesse oportunidade para tal.
- Eu tinha uma amiga parecida contigo. Tu me lembra bastante ela.
- Ela está bem?
- Ela morreu, infelizmente. Mas creio um dia vou abraçar ela novamente.
Mônica enxugou as lágrimas e olhou para Gabriel.
- Eu não posso continuar aqui. Eles irão querer saber o porquê fiquei boa.
Gabriel estendeu a mão e a menina segurou.
- Precisamos enterrar o teu pai. Uriel, pode levar o corpo para fora da cidade? - Uriel não disse nada. Apenas fez uma careta ao mexer o próprio corpo. Deu um gemido de prazer e uns pulinhos. - Vamos voar? - Mônica sorriu e viu seu corpo se levado num vôo rápido.
Gabriel pousou com a Mônica perto de uma casa enorme no meio de uma floresta. Mônica queria saber onde estavam e que lugar era aquele, mas Gabriel nada disse. Segundos depois, Uriel surgiu no mesmo lugar. Avisou que tinha enterrado o homem e mais tarde levaria a menina para o local.O problema atual era deixar a garota segura. Afinal, ela não poderia viver sozinha. Uriel que estava tenso, pegou a sua espada e começou a andar com cuidado. Ele visivelmente não gostava do lugar.- Está com medo, Uriel?- E não é para estar? Doppelgangers podem ser perigosos. Ainda mais quando sabem de mais.- Doppelganger? - Mônica perguntou curiosa.- Existem outros mundos, Mônica. Cada mundo tem pessoas iguais a esse mundo. Ou seja, duplicadas de pessoas desse mundo. Ou em outras palavras, várias Mônicas. - Gabriel explicou de forma tranquila.- E elas fazem a mesma merda que eu faço.<
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