— Parece que não vão precisar me caçar afinal. — Jackson disse surgindo das sombras, ele arrastava alguém pelos cabelos e com a outra mão levava uma arma em punho. — Awnn! Os pais de vocês ficariam orgulhosos de ver os dois resolvendo tudo assim na paz, com diálogo. Tão lindo que chega a me dar nojo. — Seu porco desgraçado! Tire suas mãos sujas da minha mulher ou vou cortá-lo em pedacinhos. — Blake rosnou já marchando na direção dele e me chamando a atenção para sua frase. Ane estava com ele? Desde quando os dois estavam juntos? Gabriela o segurou com uma força brutal antes que ele conseguisse fazer algo estúpido. — Chefinhos, — Jackson falou como cumprimento transbordando de sarcasmo. — A piranha finalmente conseguiu descobrir tudo, não é? Vocês dois são tão estúpidos quanto os pais de vocês, uma pena não serem tão fáceis de matar quanto eles também. Até esse ratinho que Gabriela carrega já mostra que tem o sangue forte. — Ele cuspiu as palavras com desprezo então ouvi minha pant
— Ele vai chegar a qualquer momento, então andem logo com isso. — Magie gritou. Ela estava preparando a festa de aniversário de Oliver há semanas, se eu pudesse teria fugido com ele para longe dali, mas o melhor era ficar e conter os estragos da bomba Magie. Era quase uma missão impossível convencê-la a não fazer nada extravagante, mas havia conseguido fazer apenas uma festa pequena. Ane havia me ensinado como usar as crianças como chantagem contra ela. Haviam se passado quatro meses desde o dia em que finalmente nos livramos de Jackson e de todas as mentiras, as coisas tinham se tornado agradáveis, não diria que maravilhosas, Oliver e Blake ainda pareciam pisar em ovos, mas bastava as mulheres se colocarem em cena tudo se acalmava. Tínhamos concordado, depois de muita conversa, que voltaríamos com a parceria entre as duas famílias, unindo assim Nova Jersey, Filadélfia e o Cartel no México, Oliver ainda tinha acordos com os Árabes sobre as armas e Blake com sua família Russa, está
Eu andava de um lado para o outro em um canto na sala de espera, torcendo os dedos em nervosismo. Minha respiração audível para qualquer um que estivesse prestando um mínimo de atenção. Era a segunda vez que estava nesse maldito hospital e eu entrava naquele estado. — Se for alarme falso novamente ele vai enfartar. — Ouvi Mag sussurrar em algum lugar da sala de espera, mas nem me preocupei em repreendê-la. Essa era a verdade, não via a hora de pegar meus pequenos no colo de uma vez, ela já tinha me feito perder a cabeça da outra vez, e depois saiu da sala com a feição mais serena no rosto dizendo que ainda não era a hora. Ouvi um burburinho e uma enfermeira assustada entrou correndo me chamando. Meu coração afundou até meu estômago com mil possibilidades passando por minha cabeça. — Ela quer o Senhor. — A mulher soltou às pressas correndo de volta para a sala comigo em seu encalço. O que diabos tinha acontecido? Gabriela havia sido categórica em me querer fora da sala e agora cha
Arrasto-me da cama ainda sem vontade de enfrentar outro dia, me troco rapidamente e saio ainda tomando um café. A cada dia que passava menos vontade eu tinha de trabalhar, de comer, até mesmo de levantar da cama. Tudo o que eu queria era acordar desse pesadelo que era não ter mais minha mãe por perto, o pesadelo que minha vida tinha se tornado desde o dia que me abri para um homem.— Bom dia, flor do dia. — Brinco com Ane, que já estava me esperando na frente do Monty's.— Bom dia, vadia. — Ela diz enquanto joga o resto do seu cigarro no chão e apaga com a ponta da sapatilha rosa.— A noite foi boa? — pergunto olhando sua cara de ressaca e cansaço. — Isso ainda vai te matar. — Murmuro apontando para o cigarro agora amassado no chão, não que fizesse muita diferença repreendê-la quanto ao hábito de fumar, Ane dificilmente dava ouvidos a qualquer coisa, ela parecia estar em uma maratona para se afundar.— Foi uma merda, chutei o cara de ontem depois que transamos no sofá. E pra sua infor
Eu faço tudo por minha irmã, graças a isso estou metido dentro de um carro em uma viagem de seis horas. Quando eu a encontrasse iria matá-la. O que diabos ela tinha que vir fazer com as amigas em uma festa nesse fim de mundo?Cheguei ao hotel de onde ela havia me ligado e a encontrei no saguão sentada em um sofá pequeno, encolhida no vestido minúsculo. Esquadrinhei o lugar que parecia mais uma casa de pulgas do que um hotel de verdade e me xinguei mentalmente por não ter colocado uma coleira nessa garota impulsiva. Como ela podia ser tão estúpida!— Mas que diabos você pensou que estava fazendo vindo para cá? — ela se levantou assim que escutou minha voz e correu em minha direção jogando seus braços ao redor do meu pescoço, me abraçando forte e isso me desarma.— Desculpa, desculpa. — Repetia ainda presa a mim.A afastei apenas para olhá-la melhor, seus olhos estavam vermelhos, mas com certeza era por não ter dormido a noite toda e não porque estava emocionada ao me ver. Ela adorava a
Tudo o que eu conseguia pensar era em estancar o sangramento antes que ele perdesse muito sangue, em como diabos podia limpar a ferida, ou como os panos sujos que estava usando para fazer uma bandagem improvisada podiam lhe dar uma infecção e na rapidez e precisão que precisaria fazer uma sutura.Por incrível que pareça o ataque de Monty na cozinha, os seus homens atrás da gente e os tiros, tinham ficado em segundo plano quando Ane nos fez notar que ele havia sido baleado. Por sorte a bala tinha passado direto pela lateral direita do abdômen, tinha sido tão perto de atingir órgãos importantes, mas o desgraçado teve sorte. Mesmo assim só de vê-lo daquela maneira me deixou em estado de alerta, o instinto de salvar uma vida correndo por minhas veias.— Vamos logo. — O homem que parecia não se afetar com meu contato falou. — Precisamos ir antes que eles mandem reforços.Eu me afastei dele pronta para dar a volta nos corpos no chão e correr para me esconder com Ane em casa até que tudo iss
Eu só podia estar ficando louco, trazer duas desconhecidas para casa. E como se isso já não bastasse fui baleado e levei uma bela cabeçada.Tinha sido um dia de cão, a partir do momento em que sai de casa para ir atrás de Mag era como se toda minha vida tivesse saído do controle e eu só me fodi.Depois que aquela mulher de olhos perturbadores se foi eu pude respirar em paz, pois graças a sua presença no quarto era ficasse até difícil de respirar. Eu não era dado a carícias e cuidados, mesmo assim deixei que ela o fizesse.Se o Doutor estivesse aqui, seriam os pontos rápidos e secos enquanto eu resolveria coisas no telefone como sempre, depois tomaria um banho e iria para minha cama. Mas por algum motivo eu deixei que ela cuidasse de mim, cheia de frescuras e preocupação, não era sempre que se conseguia isso por aqui.Mas eu tinha que assumir, ter as mãos dela sobre mim era muito melhor do que de um médico bruto.Deixei que meu corpo relaxasse e se não fosse graças aos remédios com tod
Ane e Magie tinham decidido sair para uma festa altas horas da noite e eu preferi ficar em casa, estava tentando fugir de problemas e era isso o que essas duas atraiam. Aproveitei o tempo sozinha e liguei para Nana, ela me disse que realmente tinha ficado doente, uma febre repentina que a deixou de cama, após uma longa conversa contando a loucura que tinha sido o dia anterior ela me aconselhou a continuar longe da cidade, Monty não era um homem de perdoar e ela o conhecia bem. Nana me pediu para cuidar de Ane e conseguir um emprego aqui mesmo, para que pudesse começar a me erguer e prometeu que assim que se sentisse melhor pegaria um ônibus até a Filadélfia para ficar conosco. Era um bom plano, eu precisava focar em onde poderia conseguir um emprego, qualquer um que fosse, não tinha medo de trabalho duro e assim que conseguisse um pouco de dinheiro procuraria um lugar pequeno pra nós, até que tudo melhorasse. Eu estava empolgada com a ideia de um novo começo, longe de tudo o que h