Brasil, São Paulo.
Alguns dias depois…
— David, querido — Maria me saudou quando pisei exausto no meu apartamento. — Feliz em vê-lo, não imaginei que seria tão cedo.
— Sinceramente, nem eu, Maria.
— Onde desembarco as malas, sr. Queen? — John inqueriu em inglês, assim que cruzou a porta.
— No andar de cima, por favor, John.
— Quem é esse? — Maria quis saber com uma expressão duvidosa.
— Meu motorista e segurança da Califórnia, ele desembarcou comigo e fará somente minha segurança aqui, pois não conhece muito São Paulo. Prepare um quarto para ele.
Ela me olhou chocada.
— Perto do meu? Crispei os lábios.
— Qual o problema, Maria?
— Nenhum. — Deu de ombros, mas permaneceu esquisita. — Co
O rosto ergueu-se fraco, como se fizesse muito esforço para encarar um outro tenso, fechado, incisivo demais. Não pude evitar, Eduarda causou na minha vida um bolor irreversível, sua negativa assim que Nicholas nos flagrou no ato torpe, foi no mínimo filha da puta. A desgraçada se esquivou de qualquer responsabilidade e jogou aos meus pés toda a culpa. Não que não fosse, podia ter evitado, ele era o meu irmão.— David — a voz quase não saiu —, o que faz aqui?— Precisamos conversar, tem um minuto?— Quê? — Rondou o local, procurando algo ou alguém. — Sem segurança ou advogados? Perdeu o medo da garota perigosa do interior?Inspirei com o pouco de paciência que ainda me restava.— Sem ironias…— Eu, irônica? — Seu corpo subiu num rompante. — A penúltima vez que no
— Melhorou?Enquanto colocava os bofes para fora, debruçada sobre o vaso sanitário, Melissa segurava o meu cabelo como uma boa companheira de vômito. Puta merda, trabalhar em meio a gordura não estava me fazendo nada bem, o cheiro de hambúrguer, batata-frita e bacon, não eram bem- vindos como antes. Fora que a cara de bicho-papão do meu chefe evidenciando o quanto me odiava e só estava esperando eu cometer um deslize qualquer para um: rua srta. Baker, soar de sua boca recoberta de um bigodinho irritante.Sim, eu sou teimosa e não repousei como o doutor Danny receitou, fui à luta e trabalhei como uma escrava universitária. Megan detalhou com empolgação a noite de swing com o Nicholas, o que agravou um pouco mais meu estômago. Obviamente que não cobrei nada dela, nem podia, a intenção era curtir a noite e o diabinho ofereceu a brasa do inferno a elas
— Para o mundo você é minha noiva, isso significa que tem muito maluco por aí. Além de o Ni…— Nicholas? Esse sim é um perigo?A distância não eliminou o quanto seu irmão alterava seu sistema.— Sim — respondeu quando o silêncio passou a incomodar. — Ele não me perdoa, infelizmente não confio nele.Nem eu. Mas ainda assim, não o considerava um psicopata.— Exagero seu. Seu irmão atentaria contra minha vida? Diga, assim peço proteção policial.— Não é isso…— Então o perigo é outro, tem certeza de que não faltou nem um detalhe do passado esquecido na nossa conversa? Uma aproximação do Nicholas revelaria outros pontos?Não tive a intenção de ser rude, porém, David quebrou a confian&cced
Caros leitores,Preparem-se para mergulhar em uma das minhas criações mais intensas e envolventes até hoje. Se você aprecia um romance ardente, de pegar fogo, linguajar improprio e um put@ desejo de querer se enfiar dentro dessa história, significa que chegou no lugar certo.Um beijo da sua autora, Darlla VI ♡XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXCom as vozes de Aurora Baker:— Chegamos! — disse minha mãe com empolgação, assim que estacionou em frente ao prédio azul.— Sim, chegamos — murmurei e virei para olhar através do vidro o prédio todo espelhado do lado de fora, calculei rapidamente quantos andares poderia ter o edifício luxuoso, talvez uns trinta, já que, mesmo me esforçando, ficou impossível ver seu topo.— Calma, bebê da mamãe, vai dar tudo certo.— Sim, vai. — Inspirei e joguei as costas para trás, ao encontro do banco. — Meu primeiro dia de estágio — lembrei num fio de voz o motivo célebre de eu estar ali.Dona Ana leu cada sinal que meu corpo transm
— Oi… — respondi confusa, tentando reconhecê-lo.— Você não se lembra de mim? Sou eu, Lucca! Estreitei os olhos, buscando seu rosto na memória. Não, não lembro!— Eu… — Tentei disfarçar a resposta que piscava na minha mente.— No dia da entrevista, no prédio da seleção, nos falamos brevemente na sala de espera — ele esclareceu. E eu quase gargalhei, pois realmente foi breve esse primeiro contato. Não lembro desse cara e sou péssima em memorizar fisionomia.Droga!— Claro! Como sou distraída. — Sorri, mentindo descaradamente.— Como vai?— Ansioso! Você não?Pude sentir sua empolgação, assim que ele colou as palmas das mãos e as esfregou freneticamente.— Sim, estou muito ansiosa.— Estou sentado bem ali. — Ele apontou para a primeira fileira. — Quer me fazer companhia?Condenei o lugar, primeira fileira não estava nos meus planos, geralmente quem se senta nos primeiros assentos é obrigado a expor suas opiniões, e francamente, pretendia me manter invisível tempo suficiente para não com
Assim que entramos, inalei o cheiro divino de carne e a fome movimentou o meu estômago, seguimos em fila para o fundo da hamburgueria lotada, sendo difícil não apreciar cada detalhe, uma decoração retrô dos anos oitenta compunha cada pedacinho do lugar… SENSACIONAL!Como assim, morava em São Paulo, passeei diversas vezes pelo centro e nunca havia entrado ali? Aurora, sua distraída!Deixei a turma continuar e parei para olhar as fotos de um chinês abraçado a alguns artistas, o dono do lugar parecia ser importante.— Nossa, que lugar legal! — exclamei e me juntei ao grupo, admirada com tudo.Raica escolheu um cantinho bem ao fundo, onde não havia uma concentração muito grande de pessoas famintas.— Vocês já são muito bem-vindos! — sucateou um baixinho de olhos puxados e bandeja embaixo do braço. — Chill, Chill, vai rolar aquela porção de fritas grátis? — Raica esperta, tentou descaradamente.Chill fingiu se espantar, mas saquei que estava acostumado com o pedido.— Já querem falir o Chi
Aproveitei e voltei a respirar…Nossa, o que foi aquilo?Tentei raciocinar à medida que a máquina subia, só que as sensações que fluíam no meu corpo me confundiram um pouco. Era um misto de curiosidade com fascínio — estupidamente interessante.— Acho que você arrumou um fã — Lucca cochichou no meu ouvido.— Como? — sussurrei temendo que alguém o ouvisse.— Você viu como ele estava te olhando?— Quem?— O executivo bonitão.— Não… eu…— Chegamos — falou Renan, aliviado.A turma passou por mim, apressados, intrépidos, ao passo que minha mente abusada processava aquele rosto — intenso, atraente e sinuoso. Havia alguma coisa incomum ali, não sei explicar, ou compreender, só sei que aquele cara acordou algo adormecido em mim. Não levamos nenhuma bronca, pelo contrário, o supervisor Maico foi até compreensivo com o fato de o elevador ter dado pau.No segundo período as horas passaram rápido, o treinamento fluiu com uma preciosa lição: raciocínio rápido. Eles eram exigentes com cada detalhe
Vinte dias depois…— Aurora, acorda! — esbravejou minha mãe, enquanto invadia meu quarto. — Bora, o dia está sorrindo.— Ah… — Bocejei. — Apaga essa luz, mãe, enlouqueceu?— Aurora, acorda, temos que aproveitar o sábado!— Não, senhora, o sábado foi feito pra dormir — murmurei me embalando embaixo do edredom. — Adeus!Não esquece de apagar a luz.— Anda, menina.Toc toc toc, seu sapato começou a sapatear todo o piso, endoidando meus tímpanos, adeus soninho.Argh!Soltei uma lufada de ar e cobri minha cabeça com o travesseiro, na tentativa de ignorá-la. Estava exausta e minha mãe sabia disso, então por que diabos ela estava me atormentando? Nunca estudei tanto na vida, os vinte dias de treinamento foram intensos e só ressaltaram o título de número um do mundo. Passei a admirar ainda mais a universidade que preza pelo crescimento profissional dos seus colaboradores. O sistema deles era único e exclusivo, desenvolvido na Califórnia, sede de Berkeley. E sim!!! Eu teria um MacBook à minha d