Com a mesma mala que eu havia deixado na entrada, a levo novamente embora comigo, passo na garagem e pego o meu carro, e graças a deus, eu estava com as chaves dele dentro da minha bolsa, porque eu não iria voltar a colocar os meus pés naquele maldito lugar, nesse exato momento.
Entro dentro do meu carro e começo a dar voltas pela cidade sem saber para onde ir e o que fazer agora, depois que todo o meu mundo havia virado de cabeça para baixo. Depois de um tempo dirigindo pela cidade sem rumo, encosto o meu carro no meio fio e simplesmente me permito chorar. Choro por mais alguns minutos, que parecem mais ser décadas. Fecho os meus olhos e respiro fundo, tentando me acalmar e então, algo me vem à mente, algo que a minha avó paterna sempre dizia. Quando estiver triste e sem rumo, olhe para o céu e veja as estrelas e se não conseguir vê-las, olhe mesmo assim, pois mesmo não as vendo no céu, saberá que elas sempre vão estar lá e só então poderá encontrar refúgio e o seu próprio porto seguro. Abro rapidamente o vidro do meu lado da janela e olho para o céu, ainda é dia, mas, olho para ele mesmo assim e começo a imaginar as belas estrelas do céu noturno. Depois de um tempo olhando para o céu, o alívio que eu esperava e buscava encontrar lá, não chega. Mas, algo novamente me vem à mente, algo que também é relacionado a minha avó paterna. Antes de a minha avó morrer, ela me deixou uma pequena cabana em Hamilton Forest, em greensboro, uma cidade localizada no estado americano da Carolina do norte. Que fica a mais ou menos há quase nove horas de distância de carro, daqui de Nova Jersey. Então, sem nem mesmo pensar duas vezes, ligo o carro e pego a estrada para Hamilton Forest. Depois de nove horas exaustivas de viagem, finalmente chego no local. Paro o carro em frente a cabana e logo desço. A cabana fica no meio da floresta, um pouco mais afastada da cidade do que eu imaginava. Caminho até a porta e finalmente me lembro de uma das coisas mais importantes no momento, a ‘Chave’. — Hahaha. Começo a rir de nervoso. — Eu não posso acreditar que eu não pensei nisso. Falo comigo mesma. — Que cabeça oca essa minha, como eu poderia vim para uma cabana no meio do nada e não ter uma chave para entrar dentro dela. Coloco uma mão no rosto e me encosto na parede de madeira. — Ah meu deus do céu, a vontade de rir da minha desgraça é grande, mas a vontade de chorar é ainda maior. Fico alguns segundos pensando na vida e com a graça divina, lembro-me de que, algumas das pessoas antigas guardavam uma chave reserva em algum lugar em frente de sua casa. — Tomara que haja uma, porque se não houver, terei que passar a noite do lado de fora e, isso não seria nada agradável. Então começo a procurar, procuro debaixo da porta e do tapete velho, depois nos batentes da porta e de ambas as janelas da frente e com muita sorte acabo achando a bendita da chave na segunda janela. — Isso, isso, isso! Dou alguns pulinhos de felicidade. Depois da breve e estonteante comemoração, caminho em direção a porta e introduzo a chave na fechadura. Tento me conter para não pular de alegria outra vez, quando a porta se abre. Entro na cabana e dou uma breve observada no local, ela é bem pequena, tem apenas um quarto, uma cozinha, um banheiro e uma sala. Não é uma mansão, mas, dá para morar como uma pessoa digna. Vejo que lá não tem absolutamente nada além de algumas coisas velhas e panos empoeirados, que já estão mais para trapos. — Bem, acho que não tem como as coisas piorarem. O sol está se pondo e a noite já está chegando. Logo será noite e eu não tenho absolutamente nada de luz, a não ser meu celular, meu computador e o carro, mas, creio que isso não irá dar para iluminar a cabana inteira. Comecei a procurar o gerador, era bem comum ter geradores de energia em cabanas ou em casas mais afastadas da cidade. Depois de um tempo procurando, finalmente encontro, ligo ele para ver se ainda estava funcionando. Vejo as luzes da cabana ligarem, todas ao mesmo tempo. — Caramba, estou me sentindo quase um deus. “Haja luz”, e houve luz nessa linda e bela cabana empoeirada. Falo tentando soar quase como deus. As luzes que antes eram fortes e vividas começam a enfraquecer e a ficarem quase abolidas. — Bem, talvez tenha sim como piorar. Talvez seja porque o gerador ficou muito tempo sem receber energia solar. Não que eu entenda do assunto, mas, é o que aparenta ser. — Pelo visto vou ter que passar a noite dentro do carro. Bom, acredito que depois disso, não tem como as coisas piorarem.Depois de me empanturrar de duas enormes fatias de Cheesecake, mal posso levantar um dedo para poder chamar a garçonete e pedir a conta, com muito esforço e sem coragem nenhuma, chamo a garçonete e peço a conta.Depois de pagar, me levanto preguiçosamente e, volta para a loja, onde deixei as minhas compras. Pego todas as sacolas com o atendente simpático que me ajudou a levá-las até o meu carro, depois, o agradeço com um sorriso gentil de agradecimento. Coloco todas as sacolas dentro do porta-malas e logo em seguida entro no carro.Assim que entro, encosto a minha cabeça no banco e a minha mente para por um instante, e penso em todas as coisas que vou ter que fazer quando voltar para a cabana.— Sinceramente, eu poderia ter ido para qualquer lugar do mundo, ter me hospedado em um hotel cinco estrelas de frente para o mar ou, qualquer outra vista reconfortante. Mas, naquela hora, só lembrei deste lugar.— E vamos ser sincera, estou mais perdida que uma agulha no palheiro.Falo comigo m
Depois de um casamento fracassado e duas desilusões amorosas, decidi fechar a cota de sofrimento do meu pobre coração e da minha mente.Meu nome é Micael Montgomery, tenho trinta e oito anos. Sou dono de uma empresa de Whiskey, que está localizada em um dos três melhores prédios de Chicago.Tenho dois filhos, o mais velho se chama Chase, e a mais nova Lydia. Chase, está terminando de cursar administração e Lydia, acabou de começar a cursar teatro. Os meus filhos são ótimos, eles são a minha família, as pessoas mais preciosas para mim.Já faz muito tempo desde que deixei a minha vida amorosa de lado e, deixei de procurar um amor ou qualquer coisa do tipo, que envolva meu coração e meus sentimentos.Me casei muito novo, eu tinha apenas dezoito anos. Meu casamento foi em parte por amor e a outra parte, pelo fato da minha ex-esposa Isis, estar grávida do meu filho Chase.Conheci Isis, ainda quando criança, crescemos juntos e não demorou muito até que nos apaixonássemos. Assim, quando term
Aleivosia: Atitude de quem é traiçoeiro e desleal. (Elisandra e Simon)Acrimônia: Relativo a azedar, azedo. (Minha relação tornou-se azeda com ambos)Absonância: Falta de harmonia entre duas ou mais coisas. (Eu e a minha vida amorosa) De todos os passatempos do mundo, os únicos que eu posso recorrer no momento é um Dicionário sabichão e um maldito livro de poesia, que comprei por causa da bela capa, preta e roxa, que é igual ao meu humor no momento.Estou deitada no chão da cabana, sob uma coberta, em frente a lareira. A franca luz que emana das lâmpadas, são o bastante para que, eu não tenha que ficar totalmente no escuro, e a luz emitida do fogo da lareira, me auxilia com o meu pequeno e entediante passatempoHoje mais cedo, logo depois de eu ter voltado das compras. Me assegurei de limpar toda a cabana e arrumar o máximo que eu podia. Comprei uma nova cama, um novo fogão e uma nova geladeira, O pessoal da loja a onde eu havia comprado, vieram fazer a entrega, ante
Durante a madrugada o clima estava frio, mas, agora está realmente agradável, o tempo está realmente bom para dar uma caminhada. E uma caminhada pelo bosque, com certeza me ajudaria espairecer, e só deus sabe como eu preciso disto neste momento.Quando realmente acordei pela manhã, o meu humor estava realmente bom. Me levantei da minha cama improvisada, já que a que eu havia comprado, ainda não havia chegado.Fiz a minha higiene matinal e cuidei de fazer um café da manhã digno, mesmo não tendo comprado quase nada de comida no dia anterior.Depois do café, o meu humor ainda estava ótimo, ele só ficou péssimo depois que comecei a ler aquele dicionário outra vez e mais uma vez encontrar palavras que descrevem muito bem a minha situação. O que acabou me levando a lembrar dos acontecimentos que me trouxeram até aqui. E mais uma vez fiquei triste e com raiva, por ter sido tola e nunca ter percebido que estava sendo enganada por aqueles dois.Segui pela floresta, afastando alguns galhos caí
Micael Montgomery:Até tentei ir atrás dela, mas quando finalmente consegui sair de dentro da água, não havia mais rastro dela. Ainda bem que ela não percebeu na hora que o meu celular caiu do bolso da minha calça. Claro que ela não percebeu, ela estava ocupada demais fugindo com as roupas.Graças a ela tive que caminhar por vários minutos por dentro do bosque até chegar o mais próximo da cidade, onde havia sinal.Me vi obrigado a me esconder entre as moitas na beira da estrada e ligar para o Oliver, na esperança de ele vir me socorrer.E agora estou sendo obrigado a aturar todas as suas crises de risos.— Hahaha.... D-esculpa.... Haha.Olho para o idiota do meu irmão que está a mais de dez minutos rindo igual uma hiena.— Oliver, eu posso te garantir, que há varias maneiras, de sumir com um corpo.Falo irritado. E ele por fim se cala.— Está me ameaçando irmão? Logo a mim, que te ajudei a chegar em casa de maneira decente? Estou profundamente magoando.Ele funga de uma maneira que en
Dois dias depois:As pessoas costumam dizer que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Mas porque diabos esse caiu?O dia amanheceu chuvoso, apesar de eu não gostar muito de chuva, o dia estava realmente lindo e refrescante, mas posso dizer que já o comecei com o pé esquerdo.Decidi deixar aquele entediante livrinho de lado e respirar um pouco de ar puro, ao redor da cabana, não queria ir muito longe para não ter a má sorte de encontrar aquele pervertido outra vez.Saí e andei um pouco pela estrada no meio do bosque, que levava até a estrada principal, aspirando o maravilhoso ar puro e a bela vista daquele lugar, tudo estava indo perfeitamente bem até eu ter a má sorte de escorregar e cair bem em cima de uma poça de lama.— Ah! Merda! Era só o que me faltava...Tento me levantar, mas uma pontada forte no meu pé esquerdo me impede de continuar e acabo caindo miseravelmente no chão outra vez.— Ah... Eu não posso acreditar que torci meu pé com tampouco...Coloco a parte de trás da m
Há aproximadamente 7,951 bilhões de pessoas no mundo, o que torna quase improvável se encontrar com um desconhecido mais de uma vez, ainda mais quando se está fugindo dele. Então, por quê? Por quê eu continuo encontrando este cara, a cada dois passos que dou para fora daquela cabana?— Acho que eu já havia lhe falado que o mundo é um lugar realmente pequeno, não já?Me levantei de uma vez, no impulso. Ao colocar peso no tornozelo machucado, me desequilibro ao sentir a dor, sinto meu corpo declinando miserável para frente, fecho os meus olhos ao perceber que vou cair de cara no chão.Mas antes que meu rosto toque o chão, um par de mãos fortes me seguram.— Agnes, Você está bem?Arabelle, pergunta com preocupação— Estou, não se preocupe.Olho para Micael.— E obrigada por me segurar, Micael.Ele me ajuda a me equilibrar sobre o pé que está bom.— Eu não posso acreditar que você estava tentando fugir, mesmo estando nessa situação.Ela fala enquanto segura o meu pulso com força.— Está m
Desde muito cedo, Arabelle, está eufórica, tentando convencer Oliver a levá-la em uma cabana que fica aqui próximo. Pelo que parece ela ficou bem próxima de uma moça chamada Agnes, que está morando lá. Arabelle, tem um certo poder, que faz com que as pessoas não digam não para ela com tanta facilidade. Mas, dessa vez, não foi tão fácil. Oliver, tinha um prazo para cumprir, de um livro. Então, ele realmente não podia acompanhá-la e como ela não sabe dirigir, só restou a mim para levá-la até lá.Saímos de casa, logo depois do café, pegamos a picape e fomos até. Não demorou muito até chegarmos lá, quando chegamos em frente a cabana, vejo o corpo de uma mulher, sentada no piso de madeira da escadinha da cabana. Paro o carro um pouco distante e, enquanto o desligo, Arabelle, sai e chama o nome da moça, antes de fechar a porta do carro.Vejo que elas conversam, Arabelle, havia parado em frente a mulher, então não a reconheci de imediato. Depois que sai do carro e me aproximei delas, pude ou