Lucca
— Eu não a vi sair, Lucca. — Ela diz.
Passo um rádio para ela imediatamente.
— Júlia, onde você está? — Para o meu desespero não tenho resposta. — Júlia? Júlia, me informe a sua localização? — Encaro a minha equipe e exasperado, corro para o prédio outra vez.
— Lucca, não! — Samantha grita. Entretanto, subo as escadas com pressa, colocando a máscara de volta no meu rosto. No terceiro andar, vou em direção ao apartamento que a garota entrou minutos antes.
— JÚLIAAAAA? — chamo por ela o mais alto que posso, mas nada. As chamas estão por todo lugar e o calor é quase insuportável. E ainda, a fumaça não me ajuda muito. — JULIAAA! — Volto a gritar. — Merda! — rosno quando adentro a cozinha e a encontro desacordada no ch&at
Lucca— Pronta para ir às compras? — indago quando nos afastamos.— Claro que sim. Adoro fazer compras para novos projetos. Ainda mais quando é para fazer surpresas. — Seu sorriso se alarga.Ana é arquiteta, mas tem um excelente gosto para design de interiores também. E como o apartamento de Alice precisa de um toque feminino, ninguém melhor do que ela para me ajudar com isso. Portanto, assim que Ana pega a sua bolsa, saímos de casa e adentramos o carro, para ganhar o trânsito em seguida. Ana investe nos tons de bege, branco, preto e alguns detalhes espelhados. Levamos pelo menos dois dias para deixarmos tudo pronto. E ao ver todos os móveis montados, e em seus devidos lugares, vejo o quanto ela acertou na sua escolha.— Uau! — sibilo, soltando um assobio apreciativo.— Ficou a cara dela, não ficou? — Ana indaga satisfeita.— V
Alice— Camila? Aconteceu alguma coisa? — pergunto assim que atendo a sua ligação.— Você pode vir ao meu apartamento? — Uno as sobrancelhas com estranheza.— Agora?— Sim. Por favor! — Percebo um tom de nervosismo em sua voz.— O que está acontecendo, Mila? — Procuro saber.Ela suspira audível.— Quando você chegar, eu te conto tudo. — A ligação é encerrada e eu encaro o meu namora, que me lança um olhar interrogativo.Dou de ombros.— Não vai me dizer o que houve? — Ele inquire preocupado.— Eu não sei. Mas ela não me parecia nada bem. Pode me deixar no prédio da Mila? O meu carro ficou no estacionamento da praia.— Claro. — Sinto certa tensão na voz de Lucca, mas resolvo deixar isso para depois. Deve ser por causa do seu trabalho. Penso. Minutos depois, deixo um beijo casto na sua boca e saio do veículo, seguindo para dentro do prédio de apartamentos.***Em uma fração de segundos aio apressada do elevador, direto para o apartamento na cobertura. Ansiosa, toco a campainha e insisto
Primeira parte.LuccaO calor insuportável percorre as minhas veias. As chamas chegam até três metros de altura e uma fumaça negra, e densa nos cerca impedindo a nossa visão para chegarmos do outro lado.— Temos que sair daqui! — Joe grita atrás de mim.— Só mais um pouco, Joe! — insisto, adentrando ainda mais o prédio em chamas.— Porra, Lucca, você vai acabar nos matando, cara! — Ele rosna exasperado, porém, ele também não desiste e continua aqui comigo.— Ali! — grito, apontando uma direção. — Peguem a mangueira! Eu sei que ouvi alguma coisa — ordeno.— Que grande merda! — Meu amigo retruca.Entretanto, Joe segura firme a mangueira e dou um sinal pelo rádio. Imediatamente os jatos fortes de águas começam a jorrar sufocando o fogo faminto, que insiste em devorar o telhado e a porta por onde preciso passar.— Vou contar até três, Joe. Quando eu disser três, pare o jato d'água e eu pulo sobre as chamas. Vou procurar lá dentro.— Ficou maluco, porra?! Não posso deixar você ir sozinho,
LuccaA garota é simplesmente muito gata e mesmo nunca tendo encostado um dedo nela. Quer dizer… houve um beijo e isso já faz muito tempo. Mas esse não conta por que ela só tinha dezoito e tudo não passou de uma brincadeira de adolescente. Mesmo assim, ainda me sinto muito mexido.É inevitável. Eu chego a transpirar quando a vejo de longe como agora, olhando aquela loirinha sentada próximo ao balcão do bar, conversando com uma amiga e bebendo algo que eu não sei o que é.Tomo mais um gole longo da minha cerveja e faço sinal para o garçom pedindo mais uma. As horas se avançam e os rapazes agora estão falando sobre tudo: trabalho, jogos, mulheres, mulheres outra vez, sexo e mulheres.A loira ainda está lá no balcão com a tal amiga. Minutos depois, ela se levanta e se prepara para ir embora e…Puta que pariu! Eu quase engasgo com a minha bebida.— Alice? — sussurro, largando a garrafa em cima da mesa.— O que disse? — Max pergunta, chamando a minha atenção.— O quê? Nada. Eu tenho que i
AliceAlguns anos antes...— E aí Alice? — Camila pergunta insistindo na resposta.Estamos brincando de verdade ou consequências e pergunta? Se eu sou virgem ou não? É claro que eu sou, mas não quero que os meus amigos saibam que eu sou BV, muito menos que eu nunca…Suspiro audivelmente.— Consequência — respondo finalmente.Contudo, o barulho de um carro estacionando em frente a mansão chama a nossa atenção para o outro lado do jardim e vejo o meu primo Lucca Fassini sair de dentro dele em seguida. Ele costuma vir aqui sempre que o Cris vem dos EUA para nos visitar.Enfim, hoje é o meu aniversário de dezenove anos e de acordo com as novas regras dessa nossa brincadeira, deveria beijar qualquer garoto da minha idade que está bem aqui dentro da minha festinha particular. Contudo, eu não estou a fim, porque os considerado pirralhos demais para mim. Sim, eles são bobos demais e inconsequentes demais. Nada a ver comigo. Eu sou o tipo de garota que amadureceu antes do tempo. Do tipo que de
AlicePresunçosa, me afasto do carro para chegar mais perto dele outra vez e inesperadamente envolvo o seu pescoço com os meus braços, e logo o seu perfume masculino invade os meus sentidos, fazendo a minha cabeça dá um leve giro.Lucca segura na minha cintura com as duas mãos, mas não para me atrair para si e sim, para repelir.— Alice… Ele tenta dizer algo. Provavelmente um dos seus protestos cheios de sabedorias, mas logo o meu indicador desliza pela sua boca, fazendo-o se calar.— Shiii!O som arrastado sai da minha boca pedindo o seu silêncio e o meu rosto chega mais perto do seu, porém, mantenho os meus olhos conectados nos dele e o vejo nitidamente ofegar. Nossas bocas estão muito, muito perto uma da outra. De forma, que é possível não trocar o calor que vem do nosso hálito.— Eu preciso te beijar! — sibilo baixo e arrastado, quase como um sussurro.— Você o… o quê? — inquire com uma respiração pesada.— É só um beijo — sussurro ainda mais perto e sinto o leve aperto dos seus
Lucca— Hum! — Sam solta um gemido baixo e apreciativo quando beijo a sua pele morna. Então ela abre uma brecha de olhos negros e sorri languida para mim.— Bom dia, preguiçosa! Você tem que ir — aviso, mas o seu sorriso se amplia.Samantha é minha companheira no quartel de bombeiros. Atualmente me tornei o capitão de uma equipe de seis homens. Max, Sam, Joe, Dilan, Tomás e Rafael. Não temos um envolvimento sério e também não somos exatamente namorados. É apenas sexo mesmo. Pelo menos para mim e espero que para ela também.A garota sai de debaixo dos lençóis e caminha completamente nua, e sexy direto para o meu banheiro. E logo escuto o barulho da água caindo lá entro.— O que vai fazer o dia todo? — Ela grita de dentro do cômodo.— O meu primo Chris está aqui no Brasil com sua esposa. Acho que vou passar o dia com ele — grito de volta.Minutos depois, ela sai do banho enrolada em uma toalha e com suas belas pernas a mostra. Suspiro, analisando cada centímetro de pele macia e ela sorr
LuccaMerda, isso não devia estar acontecendo, não comigo. Alice é apenas uma pirralha e eu sou a droga de um homem feito. Então por que essa atitude tão infantil mexeu tanto comigo?Porque essa porra não tem nada de infantil, Lucca!— Lucca? — A voz do Cris Ávila me desperta do meu tormento e eu solto uma respiração que estava presa dentro dos meus pulmões. Relutante, tiro os meus olhos de cima da menina atrevida que está dando um belo mergulho na piscina agora e olho para o meu amigo sorridente, em pé na varanda da casa.— Cris, oi! — digo tentando manter o meu tom de voz norma. — Eu trouxe algumas cervejas — falo, erguendo as sacolas e quando fecho a porta traseira, ele vem ao meu encontro para ajudar a carregá-las para dentro. — Como foi de viagem?— Cansativa, mas valeu a pena. Estava morrendo de saudades de casa. — Ele diz passando pela porta. Contudo, antes de entrar no elegante hall, me pego olhando direto para a área de lazer, onde Alice dá mais um mergulho.Meu coração bate