Lucca— Você é uma delícia, sabia? — rosno contra a sua pele suada. E quando a percebo fogosa demais, decido parar a nossa brincadeira pela metade. Seus olhos me encaram pesados e aturdidos. E antes de qualquer protesto seu, a faço virar-se de costas para mim. — Segure-se firme, querida! — peço e ela se apoia no espaldar da cama. — Eu te amo tanto, sabia? — sussurro áspero em sua nuca. Deixando uma pequena trilha de beijos e de leves mordidas. — Nunca mais me dê um susto desses — peço quando me lembro de vê-la caída entre as chamas.— Lucca! — Ela responde as minhas provocações com mais gemidos.— Não ouse me deixar sozinho! — ordeno, sentindo o seu sangue borbulhar nas veias e escorrego para dentro dela.— Oh! — Alice resfolega quando chego fundo.— Se você morrer, eu morro junto.Sinto a raiva percorrer cada extremidade do meu corpo.— Oh, Lucca, por favor! — Ela delira, suplica quando começo a me mexer.— Você é a minha vida, Alice Ávila! — declaro, ignorando as suas súplicas. — É
AliceLucca me deita na cama e me dá um beijo casto saindo do quarto em seguida. Continuo com os meus olhos fechados até escutar finalmente a porta sendo fechada. Sim... Estou fingindo que estou dormindo porque preciso resolver algo e só assim para me livrar do Daniel Ávila e do Lucca Fassini. Esses dois resolveram grudar no meu pé depois do incidente no apartamento da Camila. Respiro fundo. Melhor dizendo... Incidente não, tentativa de assassinato isso sim. E com certeza Renan Backer tem muito e mais um pouco a ver com isso. Abro uma brecha de olho e me certifico de que estou sozinha no meu quarto. Com muita cautela saio da cama e vou até o closet, pego um par de tênis, a minha bolsa e vou para a porta do quarto. Abro apenas um pouquinho, o suficiente para olhar o corredor e constatar que ele está vazio.Sorrio amplamente, saindo do quarto e enfim seguindo pelo pequeno corredor branco alcançando a sala de visitas. Ouço as vozes dos homens conversando em um tom baixo na minicozinha ac
AliceEstou muito feliz por saber que tudo está indo tão bem pra ela, o noivado, um casamento vindo por aí e agora um bebê. Não posso deixar que o pai dela destrua tudo isso que ela está conquistando com o Léo. Estaciono o carro na garagem interna do hospital e pego a minha bolsa no banco do carona. Saio e travando o veículo em seguida. O estacionamento me parece vazio, mas porque tenho a sensação de estar sendo observada? No entanto, antes que as portas do elevador se fechem, olho rapidamente o lugar, porém, não vejo ninguém. As portas se fecham em seguida e eu me sinto segura aqui dentro. Aperto o botão do segundo andar. Entretanto, ao entrar no quarto, me surpreendo ao ver Adriana Backer lá dentro. Ela está conversando om o Léo e sua filha. Nitidamente animada com a gravidez da filha.— Alice, querida! — Adriana diz animada ao me vir. Mas a verdade, é que eu não gostei do fato de ela ter ido para o México, e de ter deixado a filha para trás. Não depois de descobrir toda a verdade.
Alice— O que? — indago confusa.— Destrava a porra do carro, Alice!Sem alternativa, pego as chaves na minha bolsa e aperto o controle e…— Mas, que perda! — um rosnado esganiçado sai da minha garganta quando o automóvel explode bem diante dos meus olhos. Completamente amedrontada encaro as chamas altas e prendo a respiração.— Definitivamente você não sabe se cuidar sozinha, garota. — Ele ralha impetuoso e volta a ligar o motor, saindo do estacionamento em seguida.Enquanto o veículo corre pelo asfalto a minha cabeça pipoca em pensamentos. O acidente, o incêndio no apartamento e agora o meu carro. Uma série louca de acontecimentos que me faz arrepiar inteira.— Quem me garante que você não colocou aquela bomba no meu carro? — sibilo baixo, ainda olhando para o lado de fora.— Você não pode estar falando sério. — Téo retruca, trincando o maxilar.— Quem me garante? — insisto o encarando.— Alice, pense comigo. Qual o sentido de pôr uma bomba no teu carro e de tirá-la de lá?Dou de om
Alice— Ok, se é assim — ralho. — Eu vou para a casa do Lucca — digo sem hesitar. — Mas quero deixar bem claro que voltarei para o meu apartamento assim que aquele canalha estiver atrás das grades.É claro que indo para a casa do Lucca terei mais liberdade do que indo para casa do meu pai. E ainda tenho algumas vantagens extras que me agradam bastante.— Feito! — Cris resmunga. — Pegue as suas coisas.— E amanhã iremos a polícia. — Papai anuncia. — Vamos fazer uma denúncia contra o Backer por mais uma tentativa de assassinato. — Conclui.— O que disse?— Estou sabendo sobre a explosão do seu carro.Reviro os olhos internamente.— O Téo me deixa a par de tudo. No momento aquele infeliz acha que conseguiu matá-la. Vou falar com alguns conhecidos e ele será exonerado do seu cargo executivo o quanto antes.— Oh! — É tudo que consigo dizer, enquanto fito o meu pai com perplexidade.A verdade, é que eu nunca parei para pensar no poder que Daniel Ávila tem. Na realidade, o meu pai é um empr
Adriana BeckerQuando você encontra o grande amor da sua vida, nunca imagina que ele vai te decepcionar um dia. A desilusão te mata por dentro. Ela destrói tudo o que você idealizava nesse sentimento.Quando eu conheci o Renan Backer, ele era apenas o dono de um bistrô francês, em sociedade com um amigo de faculdade. Eu estava visitando o Rio de Janeiro com uma amiga na época e paramos para tomar algo, e beliscar alguns petiscos. Lembro-me, tudo estava delicioso. Foi quando o vi. Ele estava dando uma de barman, enquanto preparava alguns drin’ks e se divertia fazendo malabarismo com a coqueteleira.Foi amor a primeira vista. Nossos olhos se encontraram e a conexão foi imediata.Como eu fazia faculdade de odontologia e morava em outra cidade, ficamos nos comunicando através de mensagens por longos meses.Ele era muito romântico. Galanteador E eu amava isso nele. Até que veio as férias e eu dispensei minha amiga pra ficar com eleSorrio da lembrança.Não deu outra. Um ano e meio
Adriana Becker — Não tenho como levar todas as minhas coisas agora, Adriana. Estou levando o necessário para uma semana. Depois eu volto e...— Não! — O corto com um tom firme na voz. — Deixe o seu endereço com um dos empregados da casa. Eles levarão o resto de suas coisas.Ele engole em seco, porém, faz um não com a cabeça.— Você está transtornada, Adriana. E eu entendo isso. Essa menina fala qualquer mentira e você acredita nela sem pensar duas vezes.— Não pude...— Você está me avisando sem me dar qualquer chance de defesa. Está me pondo para fora de casa e...— Cale essa maldita boca, Renan Backer! — brado o interrompendo outra vez. — Eu sei o que ouvi. Ninguém me contou. E você não vai se safar dessa. Agora saí da minha casa!— Adriana, não seja estúpida! Tenho coisas aqui dentro que preciso pegar e que não podem ser entregues a qualquer um — rosna impaciente.— Eu não me importo. Irei arrumar o que resta e quando estiver pronto, ligarei para você. Alguém entregará as
Adriana BeckerAlguns meses…— ¡Disculpe, señora!— ¿Sí, Gimena? — digo para a minha governanta, interrompendo uma reunião entre amigos.— Teléfono de Brasil, señora. — Sorrio, pensando ser uma ligação de Camila.— ¡Gracias Gimena! — falo, dispensando-a e na sequência me viro para os meus convidados.— Le pido perdón, pero necesito responder — peço saindo da sala de estar em seguida.Receber a notícia sobre o incêndio no apartamento da minha filha e que ela está hospitalizada me tirou o chão. Penso em Renan e me pergunto se ele seria capaz. Quer dizer, ela é sua filha!— ¿Cómo estás querida?— Necesito volver a Brasil, María — sibilo sôfrega e fraca, sentindo as minhas pernas fraquejarem.— ¿Estás seguro de eso? Tu ex marido…— Hubo um ataque a mi hija. Y necesito ir a verla. — Minha amiga leva uma mão a boca em sinal de espanto.— ¿Y ella cómo está?— Todavía no lo sé.— Está bien, bebe esto. Le pediré a Gimena que te haga uma maleta.— ¡Gracias María! Necesitaré esos documentos tam