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Saímos da delegacia e enquanto Camila se acomoda no banco do carona, vejo o tal Téo do outro lado da rua. O imbecil vira o rosto fingindo não me ver. Tenho vontade de ir até ele e perguntar se está me seguindo. Isso é muito estranho. O homem apareceu do nada e logo depois da denúncia dos políticos. Agora onde eu estou, ele está também.

Puxo a respiração.

Ele atravessa a rua e vem em direção da delegacia. Eu não perco tempo.

— Espera um pouco aqui, Mila.

— Aonde você vai?

— Resolver uma coisa. — Ando a passos largos na direção do loiro de cavanhaque que mais se parece com uma muralha perto de mim. Ponho a mão em seu peito o fazendo parar de andar e ele me encara confuso. — O que está fazendo aqui? — inquiro ríspida. Ele sorri debochado.

— A caso você é maluca? Aqui é o Rio de Janeiro, sabia? E as ruas são públicas.

— Téo, eu não estou brincando. Você está me seguindo? — Ele revira os olhos para mim.

— Alice Ávila, o mundo não gira ao redor do seu umbigo — resmunga em tom de brincadeira
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