Estavam rodando a quase quarenta minutos para terem a certeza de que conseguiram distrair Turner ou qualquer um que estivesse atrás deles, pararam em um posto de gasolina e já estavam em outra cidade, Huang não reconhecia o lugar, mas ficou aliviado.Dominic se apressou em ir até o banheiro e vomitou no primeiro vaso sanitário que encontrou. Aaron ficou ao seu lado e tentou ajudar como pôde.— Desculpa... você não deveria estar no meio disso! — O psiquiatra murmurou vendo o garoto lavar o rosto.— Não se desculpe! — Suspirou — eu estou aqui tanto por você, como pelo Hayden! — Falou vendo o outro concordar — só fiquem vivos... não quero perder um de vocês...Huang suspirou, sentindo um desconforto ao imaginar que talvez Hayden saísse muito ferido disso e pela primeira vez, sentiu medo de perder Malik de alguma for
Hayden se concentrou na tarefa de limpar a casa, sentindo um misto de raiva e alívio. Enquanto varria o chão empoeirado do quarto, seu pensamento girava em torno dos eventos recentes e do que eles ainda precisavam fazer. A sensação de estarem seguros por um momento em meio ao caos era reconfortante, mas a urgência de resolver o problema continuava presente.Dominic, com um olhar mais relaxado depois da limpeza e do apoio de Hayden e Aaron, começou a fazer o trabalho mais leve de sacudir os lençóis e organizar as coisas. O escritor parecia aliviado por finalmente ter um lugar para descansar, mesmo que fosse temporário e não tão confortável quanto poderia ser.Aaron, no entanto, estava mais preocupado com o estado da casa e o que viria a seguir. Ele examinava os suprimentos na cozinha e procurava por qualquer coisa que pudesse ser útil para a situação. Quando se aproxi
“Mason fez a solicitação ao departamento de tecnologia, que prometeu priorizar o rastreamento. Enquanto isso, uma nova mensagem apareceu na tela de seu computador, mostrando os resultados preliminares da busca de Turner: nenhum dos policiais de serviço havia reportado algo suspeito, mas havia um nome que se destacava. O oficial Mark Thompson, conhecido por sua carreira impecável, tinha tirado uma folga de última hora.— Vamos falar com Thompson — disse Mason, já se levantando. — Precisamos saber onde ele estava na noite passada.Collins concordou, e juntos, eles se dirigiram à casa de Thompson. O sol já havia desaparecido completamente, e a escuridão da noite envolvia a cidade. As luzes da rua projetavam sombras longas enquanto se aproximavam da casa do policial.Mason bateu na porta, e após alguns momentos, Thompson atendeu, parecendo surpreso com a visita.<
“Liam arrastou o corpo de Carla por todo o corredor, deixando um rastro de sangue no chão cimentado. O corpo da mulher estava com inúmeras facadas, que eram a personificação do seu ódio por sua esposa traidora. Ele assobiava enquanto arrastava aquele peso morto que um dia recebeu todo o seu amor, a deixou estendida ali, voltou a se erguer e começou a caminhar por todo o caminho que fez anteriormente, chegando até o quarto onde Fernando estava amarrado e amordaçado, seus olhos negros se focaram no homem amedrontado no chão, ele caminhou até a cama e pegou a mesma faca que usou em Carla.— Não me entenda mal..., mas, ajudou aquela vadia a me trair, tem culpa nisso também! — Foi a última coisa dita antes de inúmeras facadas serem dadas no corpo do homem”⚜️Os detetives estavam encarando aquela cena brutal, uma mulher com uma quantidade absurdas de facadas junto ao namorado que estava amarrado e amordaçado.— Já sabemos quantas facadas foram? — Darío perguntou a Hayden que estava ajoelha
— Podemos conversar? — April perguntou apontando para dentro do seu apartamento, Snyder cedeu passagem, vendo os dois entrarem a passos vagarosos, olhando ao redor aquele minúsculo apartamento, Dominic fechou a porta e se aproximou dos detetives.— Então...— Onde estava ontem à noite? Próximo as onze e meia da noite... — April perguntou em um tom baixo, quase passivo.— Na casa do meu amigo! A cinco quadras daqui, fiquei lá até de madrugada, depois fui até a padaria que fica a três quadras daqui, depois caminhei de volta, as câmeras me mostram chagando! — Dominic respondeu cruzando os braços.— Bem detalhado, hum? — Darío perguntou desconfiado.— Sou escritor, escrevi livros que tinham policiais e suas perguntas! Alguma coisa aconteceu e meu nome apareceu ou eu passei perto de alguém que fez alguma coisa! — Dominic viu quando os dois se olharam.— Dominic, temos um problema... vai ter que nos acompanhar até a delegacia para explicar melhor... — Darío viu o homem ficar ainda mais desc
— Senhor Snyder, sinto muito por tudo isso! Sou Aaron Huang, psiquiatra do FBI! Estou investigando esses crimes! — O psiquiatra estendeu a mão para o escritor que a segurou brevemente, ele era quase da altura de Dominic, seu rosto trazia certa tranquilidade — por favor, quero ajudar a descobrir se o seu livro foi só uma espécie de gatilho ou fonte de inspiração, ou se você é o verdadeiro alvo!— Como? — Dominic perguntou.— É reconhecido em seu meio, tem fã clubes e muitos fãs... deve receber muitas mensagens, mas, alguma que o fez ficar com medo, digo, não de ódio ou crítica, mas, alguma declaração romântica assustadora? Algum fã que pareça saber tudo que você gosta ou faz, como se estivesse o stalkeando? — Aaron especificou.— Duas! Uma menina de dezesseis anos e um cara estranho... eu não liguei muito para o que ela falou, só dei um jeito de não alimentar toda a obsessão dela..., mas, o cara me deixou assustado, passei quase um mês na casa dos meus pais por causa disso, ele sabia a
— Posso te pagar uma bebida? Digo, deveríamos beber alguma coisa enquanto me dá dicas de como melhorar minha escrita... — ele com certeza estava flertando e o outro notou, sorrindo pequeno pela situação.— Não acho que pagar uma bebida para mim seja a melhor forma de obter dicas para o seu livro, só estude mais um pouco, garoto... — Hayden era evasivo, o que atiçava Dominic ainda mais.— Prefiro te ouvir explicar! Me parece mais interessante, hum? Nem uma cerveja? — Ele insistiu, Hayden pareceu ponderar, mas, concordou — duas cervejas!O barman os serviu e ambos começaram a beber, o médico analisou o garoto antes de voltar a conversar.— O que te levou a escrever?— Sempre gostei! Desde cedo meus pais me apoiaram sobre tudo isso e então eu comecei a escrever na adolescência, ganhei um concurso da escola, depois do bairro e escrevi meu primeiro livro aos dezoito anos! Publiquei e demorou um pouco para ter alguma visibilidade, mas, aos poucos, fui ganhando notoriedade e quando assinei c
— Quando estava na faculdade, abriu uma espécie de estágio no FBI, meu internato foi todo já como uma espécie de agente estagiário, quando concluí, assumi de vez o posto! — Huang explicou — foi algo muito bom para mim!— Se formou cedo?— Aos quatorze! Meu QI é acima da média e assim, me formei cedo e entrei na faculdade ainda na adolescência... assim como um dos personagens que já escreveu! Em um dos seus livros! — Dominic já não sabia se aquilo era bom ou ruim.— Qual deles?— Raízes Negras... foi um dos primeiros, não foi?— Sim! Nem vou perguntar se gostou, imagino que tenha odiado! — O acastanhado brincou.— Na verdade não! Bom, não posso dizer que adorei, pois não sou o público-alvo dos seus livros, ainda mais sendo um psiquiatra lendo sobre um personagem psiquiatra! Mas, foi uma leitora divertida, só não entendi o que te levou a crer ser possível o romance entre o psiquiatra e seu paciente! — O mais velho levou a cerveja até seus lábios.— Ah... foi uma história bonitinha, não