Capítulo 891
Na mansão da família Araújo, em Cidade A.

O céu estava pesado, cinzento, e a neve caía furiosamente.

Lúcia havia se trancado no terraço. Diante dela, um braseiro emanava chamas que dançavam ao sabor do vento gelado. No chão, ao lado dela, estavam folhas de papel com desenhos. Eram retratos de Sílvio: ele a carregando nas costas, ele concentrado em uma aula na sala de aula, e eles caminhando juntos pelo campus, onde ele, com uma mão, empurrava uma bicicleta enquanto segurava a mão dela com a outra.

Sempre que a saudade apertava, Lúcia desenhava Sílvio. Mas agora, ele havia mudado. Sílvio estava de casamento marcado com outra mulher. O telefonema de hoje foi a gota d’água; ela não podia mais se enganar.

Uma lágrima solitária caiu sobre o papel, mas o vento frio rapidamente secou o rastro. Em seguida, ela jogou os desenhos no braseiro. Depois, pegou um caderno onde havia escrito incontáveis vezes o nome dele e também o lançou ao fogo.

Os papéis e o caderno logo se transformaram em cinzas,
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