Capítulo 67
Lúcia baixou a cabeça, olhando para os dedos sobre os joelhos.

Sua garganta estava apertada, dificultando a respiração.

Arrepender-se?

Claro que ela se arrependia, mas as pessoas eram assim, só aprendiam quando batiam de frente com a realidade.

Lições de vida não eram ensinadas por palavras, mas por experiências duras.

Agora, arrependida ou não, já era tarde demais, o que estava feito, estava feito. O que mais ela poderia fazer?

Lúcia forçou as lágrimas de volta e levantou os olhos, sorrindo para a mãe:

- Mãe, estou realmente bem. O médico disse que em uma semana estarei recuperada.

Sandra foi até o armário e o abriu. Tirou sua bolsa, de onde pegou um pequeno amuleto quadrado. Ela entregou a Lúcia:

- Isso aqui é um amuleto de proteção que eu e seu pai pedimos a uma famosa benzedeira. Com a correria do acidente do seu pai, acabei esquecendo de te dar. Cuide bem dele e use-o como um enfeite.

- Mãe, você ainda acredita nessas coisas?

Lúcia olhou para o amuleto na mão, pequeno, mas de
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