Capítulo 70
Ela estava com a mente distante, e sempre que escrevia, era a mesma frase:

[Lúcia gosta de Sílvio.]

Lúcia gostava de Sílvio.

Mas Sílvio a amaldiçoava, desejando sua morte, e não apenas uma vez.

Ele até já tinha preparado a mortalha e o funeral dela.

Um homem tão cruel e desumano, ela não queria e não podia mais gostar dele.

Seu coração estava apertado e dolorido, como se estivesse sendo queimado por um fogo intenso, já sem nenhuma gota de água.

Lúcia rasgou a folha de rosto com firmeza, amassou-a com uma expressão complexa e a jogou na lixeira aos seus pés.

- Srta. Lúcia, me desculpe, não deveria ter falado nada, por favor, não fique brava.

Marina, vendo a expressão dela, achou que Lúcia estava chateada e se apressou em pedir desculpas.

Lúcia sorriu suavemente:

- Não estou brava, me leve para jantar.

- Certo.

Com as mãos no guidão da cadeira de rodas, Marina a empurrou para fora do quarto, em direção à sala de jantar.

No escritório do presidente do Grupo Baptista.

Sílvio estava con
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