Capítulo 461
Sílvio segurou firmemente o braço de Abelardo, estabilizando-o de forma rápida e precisa.

No entanto, Abelardo não demonstrou nenhum agradecimento, sua testa franzida e o olhar de desdém deixavam claro o quanto ele não apreciava a ajuda.

Com um movimento brusco, ele afastou a mão de Sílvio, lançando-lhe um olhar duro e reprovador.

O rosto de Sílvio escureceu instantaneamente. Ele não conseguia acreditar na falta de gratidão daquele velho teimoso.

As mãos de Abelardo, secas e envelhecidas, encontraram o apoio da cadeira de rodas, mas logo se esticaram até alcançar uma bengala com a cabeça de um dragão pendurada ao lado. Com esforço, ele começou a caminhar em direção à entrada da casa.

Seus movimentos eram lentos, desajeitados, como se a coordenação entre seu corpo e mente estivesse ausente. A bengala foi colocada primeiro no degrau da escada, enquanto ele, com toda a força que ainda lhe restava, segurava firmemente o apoio e levantava um pé com extrema dificuldade, tentando subi-lo n
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