Capítulo 377
Ao ver as lágrimas rolarem pelas faces envelhecidas de Abelardo, Lúcia imediatamente sentiu seus próprios olhos marejarem.

Ela levantou a mão delicada, com as pontas dos dedos suaves. Antes, ela adorava manter as unhas bem longas e pintá-las com esmalte cor de cereja, o que destacava a elegância de suas mãos. Mas, desde que seu pai sofreu o acidente, ela não tinha mais ânimo para se preocupar com isso.

Lúcia limpou as lágrimas dele, devagarinho, e sorriu para o pai:

— Pai, não chore mais. Eu quero que o senhor seja sempre feliz, que nunca derrame uma lágrima sequer.

Mesmo que ela não estivesse mais ali, mesmo que seu pai tivesse que enfrentá-la partindo, ela queria que ele se mantivesse feliz, sem prantos, nem mesmo no seu funeral.

Abelardo, obediente, assentiu e, num piscar de olhos, conteve as lágrimas.

Lúcia decidiu levar Abelardo para tomar um ar. Junto com Marina, ajudou a colocá-lo na cadeira de rodas. Ela então empurrou o pai pelos corredores do hospital, descendo até o térreo
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