A partir daquele momento, os dias começaram a passar, e com eles vieram os anos, trazendo mudanças na vida de José Alfredo e Daniel, assim como nos demais, foram mudanças felizes, mas também dolorosas . Alguns foram-se embora para trilhar outros caminhos, e essa é a vida, nos levando constantemente a lugares que jamais imaginamos chegar.
Assim como, alguns partiram deste plano, para o outro além de nossa percepção, o caso de Amadeu, Maria Regina, Eva e Afonso , que morreram de causas naturais . Rimena e Roberto mudaram-se para Londres com seus filhos, Pedro e Júlio nunca mais voltaram após a viagem de intercâmbio para Austrália, Constância Maria voltou para São Paulo após a morte de Amadeu, juntamente a Rodolfo que acabou tomando jeito na vida, ao se tornar o Ceo da Diamantina, porém, no auge dos seus quarenta e poucos anos, Rodolfo continuava solt
20 de Junho de 1938.Todas as histórias começam com o era uma vez, e está não seria diferente. Era uma vez, tudo começou em junho de 1938 em uma pequena cidade no interior de minas Gerais , chamada Rosa Branca . A cidade tinha sua economia centralizada na processadora de açúcar dos Azarova, a família mais rica em toda à região, o açúcar processado era extraido da cana de açúcar plantada na extensa e gigantesca fazenda dos Azarova. Com tudo a família Azarova gerava empregos para milhares de pessoas, tanto na fazenda com os camponêses, assim como na fábrica processadora.A família Azarova era composta por, Afonso o patriarca, Eva a matriarca, Daniel o filho mais velho com seus 16 anos na altura e Pedro o filho mais novo de 10 anos e por sua vez o preferido de Afonso. A doce Eva tinha sua irmã, à única neste caso, A ambiciosa e invejosa constância Maria, que por sua vez tinha dois filhos, o primeir
As margens do Rio, estava Júlio Valência ensanguentado com sua cabeça apoiada às pernas de Daniel que chorava acariciando seu rosto. Entretanto Afonso estava a metros de distância com a arma em suas mãos apontando a terra molhada a baixo de seus pés. Do peito de Júlio jorava sangue que escorria nas águas do rio e com isso sendo levada pela correnteza, seus olhos estavam entre abertos deixando escorrer resquícios de lágrimas, porém, seus lábios haviam formado um lindo sorriso por ter salvo seu amado Daniel da morte._ Porquê você fez isso?_ Questionou Daniel deixando que lágrimas escorresem.____ Porquê!.…Eu deveria estar em seu lugar agora….eu deveria ter tomado este tiro.___ Não me arrependo do que tenha feito.____ Afirmou Júlio. ____ Se o tempo voltasse para trás, no momento em que seu pai puxou o gatilho da arma, ainda sim teria me colocado em seu lugar._ Isto não é justo__ Vociferou._ A Morte não te pode levar de mi
Algumas horas passaram e Daniel estava em frente ao espelho em seu quarto esperando o melhor momento para sair rumo ao velório de Júlio na igreja da cidade sem que ninguém o visse, o mesmo pretendia ir até ao velório para poder despedir-se mesmo que fosse a distância. Até que de repente o mesmo escutou o som de três toques em sua porta que logo despertaram sua atenção. Prontamente o mesmo virou-se, caminhando em direção à porta que até então estava fechada. A passos lentos Daniel alcançou a porta que logo girou a maçaneta, e lá estava sua prima e melhor amiga Rimema, a filha de Constância Maria._ Rimena._ Disse com feição de espanto._ O que faz aqui?indagou completando.A linda mo&c
Constância Maria estava completamente atônita com o que acabará de ouvir. A passos lentos a mesma adentrou ao quarto sem tirar sua atenção em Rimena, que a está altura à encarava assustada e com medo do que viria a acontecer a seguir, pois, o segredo por ela guardado por dois meses havia sido descoberto e pela pior pessoa possível, sua mãe .Daniel por sua vez estava atordoado, olhando a reacção de Rimena ao mesmo tempo em que prestava atenção em constância Maria, sua tia._ Será que estou louca e tive uma alucinação._ Afirmou Constância. ____ Não, não,não. _Esbravejou várias aos berros enquanto abanava a cabeça em tom de negação.Eu não estou louca.__ Vociferou.____ Mamãe eu. _____ Tentou Rimema._ Isso é verdade?_ indagou cortando-à. _____ Vosmicê espera um filho de seu tio Afonso?Nã
Algum tempo depois, Afonso estava sozinho dentro do casarão após o sucedido, Constância Maria havia levado Rimena e Rhodolfo para casa deles, e Eva seus dois filhos, Daniel e Pedro para a igreja rumo ao velório de Júlio Valência.Afonso estava sentado em frente a cadeira de sua mesa, em seu escritório, o mesmo fumava seu charuto convicto de que nada o pudesse acontecer._ Eva não fará nada do que disse._ Sussurrou.____ Voltará mansa como sempre e tudo passará de um mal entendido, quanto ao filho de Rimena, mandarei abortar e tudo isto ficará no esquecimento.…Nada há de me acontecer. * * *Enquanto isso, dentro do carro dirigido pelo motorista da Fazenda, Eva e seus filhos estavam no banco traseiro, no meio dos dois irmãos estava a matriarca chorando em silêncio , enquanto Daniel contemplava à paisagem
A igreja acabou por ficar em silêncio observando Daniel caminhar rumo ao caixão. Enquanto isso acontecia José Alfredo adentrou ao espaço discretamente, onde optou por ficar nos últimos acentos da igreja. Alguns minutos depois, Daniel chegava ao caixão de Júlio, o mesmo travou seus passos e de seguida suspirou para reunir forças suficientes , nesse instante Daniel colocou a ponta do dedo na borda do caixão, e lentamente começou a deslizar o dedo enquanto caminhava a passos lentos. Ao chegar ao fim, lá estava o Júlio Valência com a pele pálida, neste momento Daniel colocou a mão sobre sua boca, com intuito de controlar às lágrimas, no que foi inevitável, elas caíram.Daniel pousou sua mão sobre o rosto de Júlio, todos lhe observavam em silêncio,e Eva chorava em silêncio ao vê-lo sofrer em tais proporções._ O que há de ser dos sonhos que juntos acordarmos?_ questionou Daniel em tom sussurrante, enquanto pas
6 Meses depois.Rosa Branca, Janeiro de 1939.Depois de todo o ocorrido, haviam se passado exatos seis meses e muita coisa havia mudado. Aquela altura o assassino de Afonso Azarova continuava incógnito para todos. Eva seguia sua vida tentando digerir tudo, porém a mesma já se via pronta a recomeçar sua vida ao lado de alguém e esse alguém era José Alfredo de Assunção Valência , o tio de Júlio Valência.Constância Maria havia levado Rimena para são Paulo logo após a morte de Afonso, sua ideia era que está tivesse o bebê por lá, sem que ninguém soubesse que um dia ela esteve grávida, e após o nascimento a criança fosse entregue a roda dos desvairidos, e não à Eva como constância havia feito Rimena acreditar meses atrás.Daniel por sua vez seguia amargurado, e nada mais em sua vida fazia sentido algu
Rosa Branca.Janeiro de 1948.Todo um passado ficou para trás por mais cicatrizes e marcas que este havia causado. Como se um novo livro estivesse a ser aberto, dando inicio a leitura de mais uma nova história carregada de emoções e traços do último capítulo, do então passado carregado de dor e sofrimento. Sim isso mesmo, o verdadeiro início dessa história começa agora, Janeiro de 1948 em Rosa Branca.Narrado por Eva.Entre às pernas de José Alfredo, eu estava sentada na grama verde do campo distante da Fazenda. José tinha suas costas repousadas ao tronco da árvore frondosa, e ao lado estava nosso cavalo de cor castanha degustando do capim que ali havia. Nossos cabelos esvoaçavam pelo vento, enquanto podíamos escutar o som dos pássaros ao redor ao ceu azul, bem como nas árvores. Ao horizonte eu podia ver uma imensidão de grama preenchendo meus olhos, e a