Constância Maria estava completamente atônita com o que acabará de ouvir. A passos lentos a mesma adentrou ao quarto sem tirar sua atenção em Rimena, que a está altura à encarava assustada e com medo do que viria a acontecer a seguir, pois, o segredo por ela guardado por dois meses havia sido descoberto e pela pior pessoa possível, sua mãe .
Daniel por sua vez estava atordoado, olhando a reacção de Rimena ao mesmo tempo em que prestava atenção em constância Maria, sua tia.
_ Será que estou louca e tive uma alucinação._ Afirmou Constância. ____ Não, não,não. _ Esbravejou várias aos berros enquanto abanava a cabeça em tom de negação. Eu não estou louca.__ Vociferou.____ Mamãe eu. _____ Tentou Rimema._ Isso é verdade?_ indagou cortando-à. _____ Vosmicê espera um filho de seu tio Afonso?Não grite com ela. Rebateu Daniel. Rimena não teve culpa do que aconteceu._ Cale-se Daniel, quero ouvir da boca de minha filha que ela espera um filho do crápula de seu pai.__ Afirmou tomando sua atenção.
__ Não vou me calar diante de tamanha injustiça.__ Esbravejou colocando-se em frente de Constância. Rimena já está à sofrer demais com essa história e vosmicê não irá aumentar esse sofrimento. Não irei permitir.Muleque atrevido._ Esbravejou constância tentando dar uma bofetada ao rosto de Daniel, no que foi em vão pois,Daniel pegou em seu pulso à impedindo.____ Não se atreva a fazer isso. _ afirmou.___ Ou esqueço que é minha tia, vosmicê entendeu ou quer que eu desenhe?____ Pagará caro por está afronta, você e seu pai._ Disse constância puxando seu pulso.Constância virou-se e de imediato saiu do quarto cheia de raiva e disposta a tomar satisfações com Afonso. Dentro do quarto Daniel abraçou de imediato Rimena que chorava compulsivamente. Ao chegar ao piso térreo do casarão,Constância deparou-se com Eva virada de costas colocando suas luvas de cor preta, o pequeno Pedro sentado no sofá ao lado de Rhodolfo e Afonso em pé acertando sua gravata. Dos olhos de Constância Maria já caiam lágrimas, naquele instante Eva virou-se para trás no que acabou se assustando com o estado de constância.
____ Constância minha irmã, o que lhe terá acontecido para estar a chorar desta maneira.
____ com certeza há de ser pela morte de Júlio. ____ interviu Afonso.____ Claro que não Afonso.____ Rebateu Eva tomando sua atenção. ____ constância tinha pouca aproximação com Júlio e sua família , e mesmo se tivesse, bem sabemos que ela pouca demonstra seus sentimentos,ainda mais desta maneira, banhada em lágrimas e com sua maquiagem completamente borrada.Eva voltou a tomar a atenção de Constância Maria e de seguida disse.
O que há de ter acontecido para deixar-te assim? indagou.____ Você é um canalha Afonso Azarova. _____ Esbravejou constância enquanto caminhava em direção de Afonso, deixando Eva e Rhodolfo sem entender absolutamente nada._ Não basta ter Roubado todo o dinheiro de minha família,também tinha que destruir a vida de minha filha?_ Concluiu aos berros.____ Como assim Constância, do que está a falar?__ Indagou Eva atônita.Rapidamente constância tomou sua atenção e de seguida despejou toda a verdade deixando Eva estática e sem reacção.
_ O seu marido Afonso, violentou minha filha Rimema, e graças a isso agora ela está grávida dele, e com a honra completamente destruída.Naquele instante os olhos de Eva ficaram rapidamente marejados, lentamente a mesma virou-se para trás e lá estava Afonso com feição de apreensividade.
__ Diga que isto que acabei de ouvir é…. mentira._ Afirmou trêmula.__ Eva eu posso explicar._ Disse se aproximando com cautela. ____ isto não passa de uma armação, uma mentira que essa sua irmã mal amada está inventando para desestabilizar nosso casamento._ Não me faça rir Afonso, seu casamento com Eva está desestabilizado desde o início.__ Rebateu Constância. Sempre à traiu com outras mulheres e jamais à respeitou, confessa logo de uma vez seu maldito.Cala a boca sua megera, pobre viuva, sua infeliz, pagará caro por isto.O que há de fazer?___ indagou. ____ Matar-me como fez com Júlio Valência?_ Completou.Naquele momento Eva gritou pedindo que parassem com à discussão,de seguida e lentamente aproximou-se de Afonso até ficar a três passos de distância do mesmo. Naquele momento à sala estava em silêncio, e às lágrimas continuavam a cair dos olhos de Eva sem que está deixasse de olhar Afonso, que sem argumentos esperava o que viria a ouvir a seguir.__ Dei-lhe os melhores e mais belos anos de minha vida, minha juventude, filhos e uma família, fui a mulher mais submissa e leal, que sempre cuidou de vosmicê, mesmo quando você saía para ir dormir com outras mulheres e voltava no dia seguinte bêbado e com cheiro de outras.…Dei-lhe apoio mesmo quando não deveria dar, o assassinato de Júlio Valência é um exemplo disso, e agora eu descubro que você teve a coragem de violentar à coitada da minha sobrinha até ao ponto de engravida-la.__ Que espécie de ser humano é você, Afonso Azarova?____ indagou aos berros.
_____ Eva eu._____ Cala-te seu miserável. ____ Vociferou cortando sua fala.____ a sua jornada de crimes acaba aqui e agora._____ O que vosmicê quer dizer com isso?_____ Que irei agora para igreja e contarei para todos que estão no velório de Júlio, que foi você quem lhe tirou a vida._____ Não podes fazer isso, és minha mulher e deves-me lealdade acima de tudo._____ Era sua mulher, agora não mais._____ O que há de estar à querer dizer com isso?_____ Quero o divórcio. ____ Disparou Eva deixando Afonso e todos os demais em choque, bem como Daniel que naquele momento surgiu no topo das escadas ao lado de Rimena.Algum tempo depois, Afonso estava sozinho dentro do casarão após o sucedido, Constância Maria havia levado Rimena e Rhodolfo para casa deles, e Eva seus dois filhos, Daniel e Pedro para a igreja rumo ao velório de Júlio Valência.Afonso estava sentado em frente a cadeira de sua mesa, em seu escritório, o mesmo fumava seu charuto convicto de que nada o pudesse acontecer._ Eva não fará nada do que disse._ Sussurrou.____ Voltará mansa como sempre e tudo passará de um mal entendido, quanto ao filho de Rimena, mandarei abortar e tudo isto ficará no esquecimento.…Nada há de me acontecer. * * *Enquanto isso, dentro do carro dirigido pelo motorista da Fazenda, Eva e seus filhos estavam no banco traseiro, no meio dos dois irmãos estava a matriarca chorando em silêncio , enquanto Daniel contemplava à paisagem
A igreja acabou por ficar em silêncio observando Daniel caminhar rumo ao caixão. Enquanto isso acontecia José Alfredo adentrou ao espaço discretamente, onde optou por ficar nos últimos acentos da igreja. Alguns minutos depois, Daniel chegava ao caixão de Júlio, o mesmo travou seus passos e de seguida suspirou para reunir forças suficientes , nesse instante Daniel colocou a ponta do dedo na borda do caixão, e lentamente começou a deslizar o dedo enquanto caminhava a passos lentos. Ao chegar ao fim, lá estava o Júlio Valência com a pele pálida, neste momento Daniel colocou a mão sobre sua boca, com intuito de controlar às lágrimas, no que foi inevitável, elas caíram.Daniel pousou sua mão sobre o rosto de Júlio, todos lhe observavam em silêncio,e Eva chorava em silêncio ao vê-lo sofrer em tais proporções._ O que há de ser dos sonhos que juntos acordarmos?_ questionou Daniel em tom sussurrante, enquanto pas
6 Meses depois.Rosa Branca, Janeiro de 1939.Depois de todo o ocorrido, haviam se passado exatos seis meses e muita coisa havia mudado. Aquela altura o assassino de Afonso Azarova continuava incógnito para todos. Eva seguia sua vida tentando digerir tudo, porém a mesma já se via pronta a recomeçar sua vida ao lado de alguém e esse alguém era José Alfredo de Assunção Valência , o tio de Júlio Valência.Constância Maria havia levado Rimena para são Paulo logo após a morte de Afonso, sua ideia era que está tivesse o bebê por lá, sem que ninguém soubesse que um dia ela esteve grávida, e após o nascimento a criança fosse entregue a roda dos desvairidos, e não à Eva como constância havia feito Rimena acreditar meses atrás.Daniel por sua vez seguia amargurado, e nada mais em sua vida fazia sentido algu
Rosa Branca.Janeiro de 1948.Todo um passado ficou para trás por mais cicatrizes e marcas que este havia causado. Como se um novo livro estivesse a ser aberto, dando inicio a leitura de mais uma nova história carregada de emoções e traços do último capítulo, do então passado carregado de dor e sofrimento. Sim isso mesmo, o verdadeiro início dessa história começa agora, Janeiro de 1948 em Rosa Branca.Narrado por Eva.Entre às pernas de José Alfredo, eu estava sentada na grama verde do campo distante da Fazenda. José tinha suas costas repousadas ao tronco da árvore frondosa, e ao lado estava nosso cavalo de cor castanha degustando do capim que ali havia. Nossos cabelos esvoaçavam pelo vento, enquanto podíamos escutar o som dos pássaros ao redor ao ceu azul, bem como nas árvores. Ao horizonte eu podia ver uma imensidão de grama preenchendo meus olhos, e a
A apreensividade havia tomado conta de todos os presentes, Eva por sua vez se encontrava de olhos arregalados bem como Rimena e José Alfredo com suas atenções tomadas à Daniel que à aquela altura esperava cedendo por uma resposta de Pedro. Naquele mesmo espaço constância Maria e Rodolpho levantaram-se de seus acentos, não acreditando no que estava diante de seus olhos a acontecer .Responda.Vociferou Daniel. ____ Quem pensa que é.Pedro estufou o peito, suspirou e de seguida caminhou em direção de Daniel, aquela altura ambos estavam à poucos passos de distância, até que Pedro respondeu._Sou tudo aquilo que você não é, e com certeza jamais será, um homem, seu mariquinhas._ Retire o que disse.__ Afirmou Daniel fechando seu punho para conter a raiva que estava a sentir, no que culminou na aceleração de sua respiração.
Narrado por Daniel.Nossos olhos haviam se cruzado e parado no tempo. Sabe aquele momento em que tudo parece deixar de existir e somente à pessoa em frente a ti passa a ser o centro do seu universo?Bom, era assim que eu estava me sentindo, como se ele fosse tudo, a ponto de roubar todos os meus pensamentos, sendo capaz de esvaziar todo o resto que pudesse estar ou querer ganhar espaço na minha mente.Até que acordei daquele momento completamente sem significado para mim, e com certeza para ele também._ Você está me seguindo?_ perguntei fechando o rosto.Naquele instante José Alfredo afastou-se para trás com feição de indignação, e em sua testa formaram-se linhas fortes de expressão. ___ Claro que não!…. eu que te pergunto, o que você veio fazer aqui, justament
Narrado por Daniel.Os olhos de minha mãe continuavam depositados em mim e José Alfredo. Eu estava apreensivo procurando por uma resposta, e talvez eu não devesse procurar nada, mas sim falar a verdade, do que teria acontecido para estarmos daquele jeito, molhados e com as botas repletas de terra. ___ Espero por uma resposta vossa.____ insistiu. ____ Aonde estiveram? ___ No Rio. ___ Respondi sem rodeios. ___ A essa hora da madrugada?Naquele momento José Alfredo aproximou-se e disse._ Na verdade foi uma coincidência Eva._ Afirmou._ Eu e Daniel nos encontramos no rio por acaso, eu queria refrescar a cabeça depois do que aconteceu na festa, e acho que Daniel também!….não foi isso que aconteceu Daniel?_ indagou tomando minha atenção, na expectativa que eu confirmasse o que ele havia dito._ Sim mamãe, foi isso mesmo que
Horas haviam se passado, e um novo dia ensolarado havia iniciado em rosa Branca . Aquela altura na sala de espera do hospital, estava Rimena sentada ao lado de Roberto.Entretanto ambos dormiam, porém, Rimena estava com sua cabeça apoiada ao ombro de Roberto, no que acabou por causar espanto e murmúrios negativos, em todos aqueles passavam por ali, dentre os quais, médicos, enfermeiros bem como pessoas da alta sociedade de Rosa Branca.Até que de repente Rimena e Roberto acordaram assustados após escutarem o som de estilhaços de vidro ao chão.A princípio Rimena olhou ao chão, e lá viu um monte de estilhaços de um vaso, e ao lado do mesmo estava um par de calças formais. Ela assustou-se e lentamente foi subindo sua atenção pelo corpo do indivíduo, até chegar ao rosto que logo