Em meio à estrada, Rimena entrou em pânico ao ver aquele carro avançar em sua direcção.
Às forças de suas pernas e músculos, esvairam-se por completo, deixando-a estática e com seus olhos marejados. Ela estava fora de si e em pânico, e nada poderia traze-la de volta à realidade.
Roberto do outro lado da rua gritava e gritava atordoado, pedindo que ela corresse, que fizesse alguma coisa para salvar-se.
Entretanto, Rimena escutava tudo ao redor como se estivesse presa em um quarto fechado e abafado, como se tudo ao seu redor estivesse a passar diante de seus olhos de forma lenta naqueles tão escassos segundos que pareceram ser eternos.
Aquela altura o carro estava a seis passos de distância, Eva por dentro do mesmo pis
A mistura de sentimentos havia tomado conta de todos ao redor. Por um lado estava Pedro, impactado com à revelação de sua verdadeira paternidade, como por outro, estava José Alfredo, duplamente horrorizado com tudo o que acabará de ouvir, o que não difere do sentimento instalado no coração de Eva ao descobrir duas verdades, a primeira que José nunca foi hetero e a segunda , que à amante que ela acreditava existir, na verdade se tratava de um homem, o mesmo ao qual à mesma tratou mal à algumas semanas atrás na loja de açúcar. — A Eva foi capaz de fazer isso?— Indagou José Alfredo não crendo no que acabará de ouvir. Visivelmente ele estava atônito. — Ela f
Ao descobrir à verdade ao qual buscou por tanto tempo, Daniel entrou em desespero, porque de todas às mulheres do mundo, Eva era à pior de todas para ser à sua mãe biológica. — Eu não acredito nisso!!! – Esbravejou em prantos. – Ela não, não pode ser ela. — Concluiu atordoado.Nós levando a crer que existem verdades que nem sempre devem ser reveladas.E não preciso dizer o quão Daniel se arrependeu amargamente de ter ido em busca de tudo aquilo, de ter revidado esforços para limpar todos os escombros implantados em seu passado. — Eu sabia que você ficaria assim. – Afirmou Constância Maria em prantos e sem chão. – Me perdoe meu filho, me perdoe meu filho. – Dizia se aproximando, no entanto Daniel afastava-se para trás atordoado. — Ela não, ela n&atil
A partir daquele momento, os dias começaram a passar, e com eles vieram os anos, trazendo mudanças na vida de José Alfredo e Daniel, assim como nos demais, foram mudanças felizes, mas também dolorosas . Alguns foram-se embora para trilhar outros caminhos, e essa é a vida, nos levando constantemente a lugares que jamais imaginamos chegar. Assim como, alguns partiram deste plano, para o outro além de nossa percepção, o caso de Amadeu, Maria Regina, Eva e Afonso , que morreram de causas naturais . Rimena e Roberto mudaram-se para Londres com seus filhos, Pedro e Júlio nunca mais voltaram após a viagem de intercâmbio para Austrália, Constância Maria voltou para São Paulo após a morte de Amadeu, juntamente a Rodolfo que acabou tomando jeito na vida, ao se tornar o Ceo da Diamantina, porém, no auge dos seus quarenta e poucos anos, Rodolfo continuava solt
20 de Junho de 1938.Todas as histórias começam com o era uma vez, e está não seria diferente. Era uma vez, tudo começou em junho de 1938 em uma pequena cidade no interior de minas Gerais , chamada Rosa Branca . A cidade tinha sua economia centralizada na processadora de açúcar dos Azarova, a família mais rica em toda à região, o açúcar processado era extraido da cana de açúcar plantada na extensa e gigantesca fazenda dos Azarova. Com tudo a família Azarova gerava empregos para milhares de pessoas, tanto na fazenda com os camponêses, assim como na fábrica processadora.A família Azarova era composta por, Afonso o patriarca, Eva a matriarca, Daniel o filho mais velho com seus 16 anos na altura e Pedro o filho mais novo de 10 anos e por sua vez o preferido de Afonso. A doce Eva tinha sua irmã, à única neste caso, A ambiciosa e invejosa constância Maria, que por sua vez tinha dois filhos, o primeir
As margens do Rio, estava Júlio Valência ensanguentado com sua cabeça apoiada às pernas de Daniel que chorava acariciando seu rosto. Entretanto Afonso estava a metros de distância com a arma em suas mãos apontando a terra molhada a baixo de seus pés. Do peito de Júlio jorava sangue que escorria nas águas do rio e com isso sendo levada pela correnteza, seus olhos estavam entre abertos deixando escorrer resquícios de lágrimas, porém, seus lábios haviam formado um lindo sorriso por ter salvo seu amado Daniel da morte._ Porquê você fez isso?_ Questionou Daniel deixando que lágrimas escorresem.____ Porquê!.…Eu deveria estar em seu lugar agora….eu deveria ter tomado este tiro.___ Não me arrependo do que tenha feito.____ Afirmou Júlio. ____ Se o tempo voltasse para trás, no momento em que seu pai puxou o gatilho da arma, ainda sim teria me colocado em seu lugar._ Isto não é justo__ Vociferou._ A Morte não te pode levar de mi
Algumas horas passaram e Daniel estava em frente ao espelho em seu quarto esperando o melhor momento para sair rumo ao velório de Júlio na igreja da cidade sem que ninguém o visse, o mesmo pretendia ir até ao velório para poder despedir-se mesmo que fosse a distância. Até que de repente o mesmo escutou o som de três toques em sua porta que logo despertaram sua atenção. Prontamente o mesmo virou-se, caminhando em direção à porta que até então estava fechada. A passos lentos Daniel alcançou a porta que logo girou a maçaneta, e lá estava sua prima e melhor amiga Rimema, a filha de Constância Maria._ Rimena._ Disse com feição de espanto._ O que faz aqui?indagou completando.A linda mo&c
Constância Maria estava completamente atônita com o que acabará de ouvir. A passos lentos a mesma adentrou ao quarto sem tirar sua atenção em Rimena, que a está altura à encarava assustada e com medo do que viria a acontecer a seguir, pois, o segredo por ela guardado por dois meses havia sido descoberto e pela pior pessoa possível, sua mãe .Daniel por sua vez estava atordoado, olhando a reacção de Rimena ao mesmo tempo em que prestava atenção em constância Maria, sua tia._ Será que estou louca e tive uma alucinação._ Afirmou Constância. ____ Não, não,não. _Esbravejou várias aos berros enquanto abanava a cabeça em tom de negação.Eu não estou louca.__ Vociferou.____ Mamãe eu. _____ Tentou Rimema._ Isso é verdade?_ indagou cortando-à. _____ Vosmicê espera um filho de seu tio Afonso?Nã
Algum tempo depois, Afonso estava sozinho dentro do casarão após o sucedido, Constância Maria havia levado Rimena e Rhodolfo para casa deles, e Eva seus dois filhos, Daniel e Pedro para a igreja rumo ao velório de Júlio Valência.Afonso estava sentado em frente a cadeira de sua mesa, em seu escritório, o mesmo fumava seu charuto convicto de que nada o pudesse acontecer._ Eva não fará nada do que disse._ Sussurrou.____ Voltará mansa como sempre e tudo passará de um mal entendido, quanto ao filho de Rimena, mandarei abortar e tudo isto ficará no esquecimento.…Nada há de me acontecer. * * *Enquanto isso, dentro do carro dirigido pelo motorista da Fazenda, Eva e seus filhos estavam no banco traseiro, no meio dos dois irmãos estava a matriarca chorando em silêncio , enquanto Daniel contemplava à paisagem