GEORGINA HILLS
Agora só me resta uma esperança. Posso pedir a Patrick que me arranje um emprego. Sim, ele é o único que resta agora para me ajudar. Sei que está a perguntar-se quem é Patrick. Bem, Patrick é o único amigo que tenho.
—Amanda, estarei em breve em casa.— Beijei-lhe as bochechas e disse-lhe.
—Onde vais?— perguntou ela.
—Para conhecer o Patrick. Talvez ele me possa ajudar a encontrar um emprego.
—Porquê ele? Não o pode fazer você mesmo.
—Calme-se. —Deixei a casa com isso.
A ama não gosta nada do Patrick. Ela diz sempre que ele é um mau rapaz. Mas eu digo-lhe sempre o contrário.
Quando cheguei a casa do Patrick, carreguei na campainha da porta. Ele abriu a porta.
—Georgina? O que fazes aqui?— perguntou ele.
—Patrick precisava de falar contigo sobre algo.— Eu disse-lhe.
—Okay... entra.
Eu entrei e sentei-me no sofá. Ele sentou-se no outro sofá.
—Sobre o que queria falar?
—Então Patrick, eis o que realmente preciso de um emprego.
—Job? Mas tinhas um, não tinhas?
Então eu expliquei-lhe a história toda. Ele pensou durante algum tempo e depois sorriu.
Porque está este tipo a sorrir?
—Georgina, não me sinto bem. Acho que devias sair.
—Droga, não! Como é que eu posso sair? Preciso de um emprego agora. Não posso simplesmente sair.
Depois Patrick levantou-se do seu lugar e sentou-se ao meu lado. Como se estivesse extremamente perto de mim. Voltei um pouco para trás no meu lugar. Depois ele pôs uma mão na minha coxa e começou a arranhar uma mecha do meu cabelo com a outra mão.
—Veja Georgina, a questão é que tenho um trabalho para si. É perfeito.
—Mas?— eu perguntei.
Ele sorriu novamente e disse:
—Mas sabe que nem tudo neste mundo é assim tão fácil. Tudo tem um preço.
—Que preço? Do que está a falar Patrick?
Então ele aproximou-se de mim e segurou a minha cara na sua mão.
— Há muito tempo que te quero, Georgina. No primeiro dia em que te vi, quis levar-te logo a seguir. Mas quando falei contigo, vi que não eras aquele tipo de rapariga que eu consigo arranjar facilmente. Depois vi o teu ponto fraco. Nunca tiveste amigos. Por isso pensei porque não ser teu amigo e levar-te. Georgina, prometo-te que não te vais arrepender, na verdade, vais adorar. Vou tornar a tua primeira vez especial. Então poderás facilmente conseguir o emprego Georgina. Apenas uma noite comigo.
Os meus olhos alargaram-se.
—O quê, estás louca? Patrick, nunca pensei em ti dessa maneira—. Levantei-me do sofá. Levantei-me do sofá. Ele também se levantou.
— Mas eu levantei-me. Tu deixas-me louca, Georgina. É apenas uma noite.
— Afasta-te de mim.— Ele continuou a afastar-se de mim e eu continuei a recuar até que as minhas costas bateram na parede. —Por favor, afasta-te de mim, Patrick.— Eu comecei a chorar.
—Vem sobre Georgina.
—GET OUT!— disse eu.
Eu estava prestes a correr quando ele me agarrou na mão e me puxou de volta. As minhas costas bateram na parede dura.
—Por favor, deixem-me ir Patrick—. Implorei na sua frente.
Mas ele não me deu ouvidos. Ele estava prestes a beijar-me quando vi outra opção, bati-lhe na parte em que o seu sol não brilha.
Ele gemeu de dor, eu abri a porta e saí a correr de lá. Ouvi-o gritar o meu nome por trás. Continuei a correr e a correr.
Porque é que tudo acontece ao mesmo tempo.
Primeiro perdi o meu emprego.
Depois aquela carta.
E agora Patrick.
Ele era o único amigo que eu tinha, mas ele também era.
Todos neste mundo são maus.
Aqui estou eu sentado no clube a tomar uma bebida atrás da outra.
Acho que já estou bêbado.
—O que devo fazer? Não consigo pensar em nada. Porque é que a minha vida está tão fodida.
Comecei a rir como um idiota.
— Estás bem? —O empregado perguntou-me.
Eu acenei com a cabeça ainda a rir.
—Estou tão bem!
—Oh, uau! Acho que estás triste.
—Pensa—. Voltei a rir-me em voz alta. —A minha vida é uma confusão do caraças.
—Ei, escuta. Eu posso ajudar-te a reduzir esse stress. O prazer é só por uma noite.
—Huh? o que queres dizer com isso?
Depois tomou uma bebida na mão e depois misturou algo nela.
—Isto. Toma-o. —Ele deu-ma.
—O que é isto?
— Queria paz e prazer por uma noite. Vais tê-la. Só tens de ir a essa zona e entrar no quarto número 119. OK? Vais gostar, confia em mim.
—REALMENTE!— eu exclamei. Preciso mesmo de me divertir.
Estava prestes a tomar a bebida quando uma mão veio e a arrancou de mim. Virei-me para olhar para o idiota que tinha feito isso e vi um homem sentado ao meu lado com um copo de vinho na mão.
—Estás louco? Ela está bêbeda, não a pode mandar para lá. —Olhei cuidadosamente para a sua cara.
Ele não era um homem qualquer. Ele era uma escultura de perfeição. Os seus olhos eram da cor do mar, passando pelos seus lábios finos e cor-de-rosa e o seu maxilar perfeito. Em termos simples, este homem era simplesmente perfeito. O sonho de todas as raparigas.
Então ele olhou-me para cima e para baixo e disse:
—Oiça, não faço ideia de qual é o seu problema, mas este lugar não é seguro para si. Estás bêbado, por isso vai para casa.
—NO! Eu não quero ir para casa. Eu quero ir para lá —. Eu disse apontando para o lugar onde o empregado apontava antes.
— Não. Não vais lá. Não é seguro.
—Irei para lá.
—Parar de ser teimoso. És um estranho para mim e, no entanto, estou a avisar-te. Por isso não podes usar o teu cérebro que deve haver uma razão para eu fazer isso.
—Mas ele também é um estranho—. Eu disse apontando para o empregado de mesa. —Quem devo então ouvir?
—Para mim. Não vais lá. —Disse em voz severa.
—Quem és tu? O meu pai? Não. Tu não és ninguém, então porque é que eu deveria ouvir-te.
Levantei-me do banco. Tropeçei um pouco para trás. Ele agarrou-me imediatamente o braço, impedindo-me de cair.
— Nem sequer te consegues levantar bem e queres divertir-te. Diversão que nem sequer conhece.
Ele levantou-se do seu lugar e disse:
— Onde vives? Eu levo-te.
—Por que devo dizer-te? Você é um estranho e Amanda disse-me para não contar a ninguém. Não. Não—. Eu disse, cruzando os braços e fazendo beicinho. —E se fores um mauzão?
— Estou a tentar ajudar-te e estás a chamar-me mauzão.
—Quem sabe se estás realmente a tentar ajudar-me ou não.
—O que...— Ele fez uma pausa e passou a mão pelo cabelo uma vez e depois sussurrou algo, mas eu ouvi-o claramente, pois os meus ouvidos estão muito aguçados —Não posso deixar-te aqui com estes homens. Eles vão comê-lo com certeza.
Levantei as minhas sobrancelhas.
—O que é que isso significa?
—Nada que venhas comigo —. Ele disse num tom irritado.
—Porquê?
—Vais fazê-lo porque eu estou a tentar ajudar-vos.
Eu derramei, fazendo uma cara de "como é que eu saberia isso".
—Não ponha à prova a minha paciência e venha comigo.
Sacudi a minha cabeça.
—Muito bem, então não me culpes.
Olhei para ele confuso.
—Culparte... Culpado de quê?
Ele sorriu:
—Por isto.
Numa questão de segundos pegou em mim e atirou-me por cima do seu ombro.
—Ei, põe-me no chão. O que estás a fazer?— gritei eu.
—Eu avisei-te, mas tu não me ouviste.
Continuei a bater-lhe nas costas, mas o homem era tão forte que por vezes eu próprio magoava as minhas mãos.
Depois ele pôs-me num carro, apertou-me o cinto de segurança, pôs-me no lugar do condutor e começou a conduzir.
Espera, ele está a raptar-me?
Comecei a bater à janela.
—Ajuda! AJUDA! AJUDA! Estou a ser sequestrado!
—Cala-te! Estou a ajudar-te, não te estou a raptar. Agora diz-me onde vives.
Sentei-me, cruzando os braços sobre o meu peito.
—Não.
—Diz-me. Se quiseres chegar a casa.
E se quando lá chegarmos ele matar-me e à Amanda e roubar todas as nossas coisas? Talvez este carro e a roupa também sejam roubados a alguém. Não posso confiar nele e não posso deixar que a Amanda se magoe. Não estou suficientemente bêbado para não pensar na segurança da Amanda.
—Não sei.
—O quê?—, perguntou ele confuso.
—Não sei.
—Bem, então.
Sentei-me ali a ir para onde me levou. A minha cabeça estava a doer tanto. O carro finalmente parou, olhei lá para fora, era uma casa. Bem, não era uma casa qualquer, era uma mansão.
—Venha.— Ele disse para sair do carro. Fiquei sentado lá dentro sem fazer qualquer movimento. Ele esperou por mim, mas quando eu não saí, ele aproximou-se e abriu a porta. —Sai agora.
Sacudi a minha cabeça.
—Não é um raptor.
—Olhando para a casa, ainda pensa que eu sou um raptor.— Voltei a olhar para a casa com cuidado.
—Não ainda.
—Bom—. Ele disse e atirou-me por cima do ombro e levou-me para dentro.
—AJUDA! AJUDA!
Mas ele continuou a caminhar comigo no seu ombro. Finalmente, ele parou quando entrámos em frente a uma porta. Ele abriu a porta e eu ainda estava a gritar. Ele levou-me para um quarto e deitou-me na cama.
—Deitou-se aqui e dormiu. Não tentem a minha paciência. Não quero que todos acordem por causa da sua gritaria.
—Não vou dormir aqui. Eu quero ir para casa.
— Ofereci-lhe muitas vezes, mas estava ocupado com os seus pensamentos estúpidos. Por isso, fica aqui.
—NO, GO HOME.— Eu chorei, ainda a gritar. —E porque está tanto calor aqui dentro? Está tanto calor. —Comecei a fervilhar com as mãos e depois abri o meu encolher e atirei-o, quando abri alguns botões do meu top, então ele agarrou-me de repente a mão e parou-me.
— O que é que estás a fazer? Parou.
— Mas está demasiado calor aqui dentro.
—ligarei o ar condicionado. Vai ficar bem.— Eu acenei com a cabeça. —Agora vai dormir.— Ele disse e estava prestes a sair.
Agarrei-lhe na mão e puxei-o. Ele caiu em cima de mim.
*
Acordei quando a luz do sol me atingiu o rosto. Bocejei e continuei com os olhos fechados, desfrutando da sensação fresca e confortável. Memórias da noite anterior passaram-me pela mente. Os meus olhos abriram-se e sentei-me na cama.
—Merda! Merda! Merda! Merda! O que é que eu fiz? E depois de o ter puxado para fora, fizemo-lo. Não. Não. Porque não me consigo lembrar de nada—. Segurei a minha cabeça, doeu-me tanto. Olhei à volta da sala, depois os meus olhos caíram na minha alça que estava deitada no chão, olhei para as minhas roupas, estas não são as minhas roupas.
—Foda-se como é que a minha alça de ombro chegou lá, e estas roupas? é uma camisa de algum tipo.
Por favor, digam-me que não fui eu.
—Não, por favor não. Como é que vou dar a minha virgindade a um estranho?
Não dei. Não! Não e não!
GEORGINA HILLSAqui estou eu de volta a casa, sentado na minha cama, a pensar na noite passada. Bem, não a pensar exactamente, mas a tentar recordar. Mas nada. Cada vez que paro depois de pensar sobre isso.O que aconteceu a seguir, e ele trocou-me de roupa?Quem diabo lhe disse para beber tanto?Escondi a minha cara na almofada.—Georgina, vem depressa, o pequeno-almoço do bebé está pronto—. Ouvi a voz da Amanda.Desci da cama e fui para a cozinha. Sentei-me na cadeira, ela serviu o pequeno-almoço a ambos e depois sentou-se à minha frente, olhando para mim com desconfiança.Olhei para baixo, comendo a minha comida.—Vais dizer-me?— disse ela, finalmente. Eu olhei para ela.Rindo nervosamente, perguntei-lhe:—De que é que estás a falar?—Sabes muito bem: de que estou a falar?—Não sei. —Eu disse, tentando fazer-se de inocente.—Não te atrevas a fazer de Georgina inocente.—Não estou a tentar fazer-me de inocente.—Não me digas que o teu primeiro foi com aquele Patrick! —Ela gritou a ú
GEORGINA HILLSHoje é o meu primeiro dia de trabalho. Estou de pé em frente da vossa casa. Ontem esqueci-me de lhe perguntar uma coisa. Tenho de lhe perguntar agora, senão continuarei a pensar nisso quando ela estiver perto de mim.Apertei a campainha da porta e uma senhora abriu a porta.—Sim. Quem é você? —, perguntou ela.— Estou aqui para tomar conta do filho do Senhor. Manson. Ele nomeou-me.—Oh, sim! Ele disse-me ontem à noite. Entre.Assim que entrei, a minha boca abriu-se. Tinha tanta pressa nesse dia, que não me apercebi da beleza desta casa.—Por favor, espere aqui. Vou chamar o mestre.Acenei com um sorriso. Ela subiu as escadas e voltou após alguns minutos.—Sir já partiu para o trabalho.—Bem... Qual é o seu nome? — perguntei eu.—Eu sou Ana. E você?—Georgina Hills. Mas podes chamar-me Georgina.—OK, Georgina.—Podes mostrar-me o quarto do rapaz e, oh, já me esqueci qual é o seu nome?—O seu nome é Rigoberto. E vem e segue-me, vou mostrar-te o seu quarto.Segui-a até ond
GEORGINA HILLSMerda!Oh, merda!Faltam cinco minutos. Não devia ter ido agora falar com o senhorio. Espero chegar ao trabalho a tempo.Oh Deus, só desta vez, por favor, ajuda-me.Estava a correr tão depressa que todos os guarda-costas fora da mansão estavam a olhar para mim em divertimento. Depois olhei para o meu relógio.Oh merda!Dois minutos.Entrei na casa e suspirei ao chegar à sala de estar.—FINALMENTE!— gritei eu. Um sorriso de vitória estourou no meu rosto. Estava a respirar forte. Depois olhei para a minha frente apenas para ver dois pares de olhos a olhar para mim, dando-me um ar de loucura...Oh, merda! Está em casa. Mas porque está ele em casa? Ele deveria estar no seu escritório agora mesmo.—Olá, vocês os dois—. Eu disse ainda a snifar.O Sr. Manson abanou a cabeça e Rigoberto olhou para o seu querido velho pai. O Sr. Manson levantou-se do seu lugar, pegou no Rigoberto nos seus braços e caminhou até mim e pôs-se à minha frente. Depois olhou para o seu relógio.—Chegue
GEORGINA HILLSFinalmente. Tudo está feito. Hoje tem sido um dia muito agitado.—Está tudo classificado Georgina. A casa está linda—, disse ela.—Sim, ela é.— Caminhei até à Amanda e abracei-a. —nossa casa.Ela abraçou-me de volta e beijou-me a testa.Hoje foi a mudança e finalmente mudámo-nos para a nossa nova casa. Esta casa é realmente bonita. Adoro-a e pela cara da Amanda posso dizer que ela também gostou da casa.Fui para o meu quarto e fui para a cama.—Ah, tive tantas saudades tuas, minha querida. Já passou tanto tempo que tive um sono tranquilo.—Querida, mas agora são apenas 8 horas da noite. Já estás a planear dormir.—Sim! porque eu quero descansar. Tenho trabalho amanhã.—Refere-se ao seu trabalho aborrecido.—Sim! só isso. Acho que se continuar a trabalhar lá, morrerei. E acreditem que serei a primeira pessoa no mundo a morrer do silêncio.—Eu também penso assim. Não estás habituado a esse silêncio.—Exactamente. Espero que ele fale pelo menos amanhã.—Talvez.—De qualque
GEORGINA HILLS—O quê?—, perguntei com uma voz horrorizada.—Não tens de te preocupar mais, eu não conto ao pai—. disse ela despreocupadamente.Sentei-me ao lado dela na cama e suspirei.—Quando me zango, não me controlo. Peço desculpa.— Disse com um tom triste.Depois, o Rigoberto tocou-me no ombro fazendo uma cara de eu compreendo.—Não podes ficar mais bonito?—, disse eu enquanto sorria com a expressão dele.—Vamos falar a sério, Miss Hills.— Disse ele num tom sério.—A sério?—Sobre a menina Lara.—O que é que ela tem?—Quero-a fora da vida do pai. Não gosto dela.—Está bem... E o que é suposto eu fazer quanto a isso?—Tu também não pareces gostar dela...— Eu interrompi-o.—Claro que não gosto dela. Ela culpou-me por coisas que eu nem sequer fiz. Porra...— Eu parei.Outra vez não, Georgina.—Queres ajudar-me? —, disse ela.Olhei para ele com desconfiança.—Ajudar-te?—Sim. Tenciono tirá-la desta casa e da vida do pai durante muito tempo. Ajudas-me?—E quais são os teus planos?—Nã
GEORGINA HILLSMerda!Que merda!Vou chegar atrasado e aquele carrasco vai despedir-me.Oh, meu Deus! Por favor, ajuda-me a chegar lá a tempo.Vá lá Georgina, corre!Corre!Corre! Corre! Corre!Depois de passar dez minutos no táxi a gritar com o motorista para conduzir depressa, cheguei finalmente ao meu destino.Cheguei a tempo! Cheguei a tempo.Entrei em casa e vi o Michael sentado no sofá a fazer qualquer coisa no telemóvel. Não estava vestido com o fato habitual, mas sim com uma camisola e uma t-shirt.Oh, meu Deus! Este homem fica bem em tudo. Eu estava à porta a observá-lo.—Menina Hills, se já acabou de verificar, pode entrar.— Ele disse e finalmente voltou a sua atenção para mim.Ainda estava a olhar para mim com olhos escuros. Entrei e, quando estava prestes a subir as escadas, o Michael chamou-me. —Miss Hills.— Parei e virei-me lentamente.O Michael levantou-se do seu lugar e começou a dirigir-se a mim. Fiquei imóvel no meu lugar.Ele está a aproximar-se.O meu coração come
GEORGINA HILLS—A sério que o pai disse isso?—, perguntou o Rigoberto enquanto comia as pipocas que eu tinha na mão.Acenei com a cabeça, comendo as pipocas da mesma tigela.—Meu Deus, é tão fantástico.—Eu sei.—Mas Georgina, reparaste em alguma coisa?—, perguntou ele, olhando para mim. Virei-me para ele e lancei-lhe um olhar confuso.—O quê?—Que também executaste o plano dois. Disseste ao pai que ela te tinha dito palavras ofensivas.Ah, sim, não me tinha apercebido disso.—Então agora só nos resta um, acho eu?— Perguntei-lhe e ele acenou com a cabeça.—Mas não vamos atrás dela agora. Acho que devíamos esperar um bocado.Eu acenei com a cabeça.—Georgina.— Ele chamou-me. Eu olhei para ele. —Somos amigos, não somos? —Acenei com a cabeça. —Não sei nada sobre ti. Podes dizer-me alguma coisa sobre ti?—, perguntou ele.Eu virei-me alegremente para ele e disse. —Claro. O meu nome é Georgina Hills—, interrompeu-me ele.—Não é isso. Como os teus gostos e desgostos. Esse tipo de coisas.—P
GEORGINA HILLSQuando cheguei ao quarto, vi o Rigoberto deitado de bruços na cama, a esconder a cara e a chorar.Aproximei-me dele e sentei-me na cama ao seu lado.—Rigoberto.— Chamei-o baixinho.Foi o suficiente para ele, que se levantou e me abraçou a chorar muito. Acariciei-lhe a cabeça com as minhas mãos.—Está tudo bem, bebé. Está tudo bem.—O pai nunca me repreendeu antes, Georgina.— Ele disse enquanto chorava.—Está tudo bem. Eu estou aqui. O pai perdeu a paciência e não queria repreender-te.—Eu não sei o que é que ele gosta mais dela do que de mim, por isso é que me ralhou.—Não, querida. O papá gosta mais de ti. Eu sei.— Depois afastei-me e limpei-lhe as lágrimas. Beijando-lhe as faces, disse-lhe: —Não devias ter dito i