GEORGINA HILLSMerda!Que merda!Vou chegar atrasado e aquele carrasco vai despedir-me.Oh, meu Deus! Por favor, ajuda-me a chegar lá a tempo.Vá lá Georgina, corre!Corre!Corre! Corre! Corre!Depois de passar dez minutos no táxi a gritar com o motorista para conduzir depressa, cheguei finalmente ao meu destino.Cheguei a tempo! Cheguei a tempo.Entrei em casa e vi o Michael sentado no sofá a fazer qualquer coisa no telemóvel. Não estava vestido com o fato habitual, mas sim com uma camisola e uma t-shirt.Oh, meu Deus! Este homem fica bem em tudo. Eu estava à porta a observá-lo.—Menina Hills, se já acabou de verificar, pode entrar.— Ele disse e finalmente voltou a sua atenção para mim.Ainda estava a olhar para mim com olhos escuros. Entrei e, quando estava prestes a subir as escadas, o Michael chamou-me. —Miss Hills.— Parei e virei-me lentamente.O Michael levantou-se do seu lugar e começou a dirigir-se a mim. Fiquei imóvel no meu lugar.Ele está a aproximar-se.O meu coração come
GEORGINA HILLS—A sério que o pai disse isso?—, perguntou o Rigoberto enquanto comia as pipocas que eu tinha na mão.Acenei com a cabeça, comendo as pipocas da mesma tigela.—Meu Deus, é tão fantástico.—Eu sei.—Mas Georgina, reparaste em alguma coisa?—, perguntou ele, olhando para mim. Virei-me para ele e lancei-lhe um olhar confuso.—O quê?—Que também executaste o plano dois. Disseste ao pai que ela te tinha dito palavras ofensivas.Ah, sim, não me tinha apercebido disso.—Então agora só nos resta um, acho eu?— Perguntei-lhe e ele acenou com a cabeça.—Mas não vamos atrás dela agora. Acho que devíamos esperar um bocado.Eu acenei com a cabeça.—Georgina.— Ele chamou-me. Eu olhei para ele. —Somos amigos, não somos? —Acenei com a cabeça. —Não sei nada sobre ti. Podes dizer-me alguma coisa sobre ti?—, perguntou ele.Eu virei-me alegremente para ele e disse. —Claro. O meu nome é Georgina Hills—, interrompeu-me ele.—Não é isso. Como os teus gostos e desgostos. Esse tipo de coisas.—P
GEORGINA HILLSQuando cheguei ao quarto, vi o Rigoberto deitado de bruços na cama, a esconder a cara e a chorar.Aproximei-me dele e sentei-me na cama ao seu lado.—Rigoberto.— Chamei-o baixinho.Foi o suficiente para ele, que se levantou e me abraçou a chorar muito. Acariciei-lhe a cabeça com as minhas mãos.—Está tudo bem, bebé. Está tudo bem.—O pai nunca me repreendeu antes, Georgina.— Ele disse enquanto chorava.—Está tudo bem. Eu estou aqui. O pai perdeu a paciência e não queria repreender-te.—Eu não sei o que é que ele gosta mais dela do que de mim, por isso é que me ralhou.—Não, querida. O papá gosta mais de ti. Eu sei.— Depois afastei-me e limpei-lhe as lágrimas. Beijando-lhe as faces, disse-lhe: —Não devias ter dito i
MICHAEL MANSON O que é que se passa comigo? Estava deitado na minha cama, no meu quarto, a tentar perceber o que raio se passa comigo. Esta rapariga está a fazer-me perder o controlo sobre mim próprio. Quando ela está por perto, o meu batimento cardíaco aumenta e perco todo o controlo. Também naquele dia, quando estava ao telemóvel e ela apareceu. Quando a vi a morder o lábio, quis mesmo beijar aqueles lábios. Porque é que só ela é que me faz sentir assim? Nunca nenhuma rapariga me afectou desta maneira. Não sei qual é o problema da Lara com ela, mas sempre que a vê tenta seduzir-me, o que não me agrada nada. E quando ela o faz à frente dela, isso incomoda-me muito. Esta foi uma das razões pelas quais perdi a cabeça ontem à noite e descarreguei toda a minha raiva no Rigoberto. Mas pergunto-me uma coisa, porque é que ele ficou com os olhos cheios de água quando a Lara me beijou? Será que ele não gostou disso? Será que ele sente alguma coisa por mim? Oh, meu Deus! Michael Manson, c
GEORGINA HILLS —Depressa, ama, estou atrasada!— gritei da porta. A Layanna estava na cozinha a fazer bolachas para o Rigoberto. No dia em que lhe disse que já não tinha biscoitos para dar ao Rigoberto, ela começou a ralhar comigo como se eu tivesse comido os biscoitos todos de propósito. —Layanna!— Gritei outra vez. —Estou a ir.— Ela veio a correr e entregou-me a caixa. —Pega nisto e dá-lha. Acenei com a cabeça e estava prestes a sair quando ela me agarrou no braço e me puxou para trás, olhou para mim e disse. —Não te atrevas a comer um. É para ele. Eu revirei os olhos. —Layanna, é a décima vez que me dizes isso. Não sou assim tão má para comer os biscoitos do meu pobre bebé—. Disse-lhe e depois beijei-lhe as faces. Soltando-me do seu aperto, disse: —No entanto, vou comer um ou dois ou talvez mais. Adeus. —Georgina!— Gritou ela com raiva. —Adeus.— Eu gritei de volta rindo e então peguei um táxi. Quando cheguei à mansão, estava a caminho do quarto de Rigoberto quando Ana ch
GEORGINA HILLS Eu estava sentada no quarto do Rigoberto e estava perdida em pensamentos profundos. O Rigoberto não estava no quarto porque o seu tutor estava aqui e por isso estava a estudar. Só há uma coisa que me preocupa agora e que é a Layanna, como é que lhe vou explicar tudo? Não posso mentir-lhe porque ela descobre sempre as minhas mentiras. Tenho de lhe contar e sei que ela se vai culpar por tudo. Então a porta do quarto do Rigoberto abriu-se. Olhei para cima e vi o Michael à porta. —Michael, o que estás a fazer aqui?—, perguntei. Ele entrou e sentou-se na cama ao meu lado. —Amanhã tens de escolher o teu vestido e também o anel. Já tratei de todos os pormenores. Acenei com a cabeça. —Já contaste isto à Lara?—, perguntei. Ela não respondeu durante alguns minutos, e finalmente falou. —Não quero saber da Lara. O que mais me importa é o Rigoberto. Sou capaz de fazer tudo por ele. —Compreendo, mas tens de contar à Lara. —Vou contar. Talvez amanhã. Acenei com a cabeça.
GEORGINA —Sim?—, perguntou Layanna. —Sra. Hills, é o Michael Manson. —Michael Manson? —Ela demorou um momento a perceber quem ele era. —OH, MEU DEUS! É o Michael Manson por quem a Georgina tem andado a suspirar ultimamente. Espera. Quando é que eu fiz isso? —Acho que sim.— Michael disse olhando desconfortavelmente para Layanna. —Georgina, sai daí. Eu abanei a cabeça. —Georgina agora.— Ele disse novamente. Finalmente, saí de trás do Michael, que ainda estava a segurar o braço dela. A Layanna olhou para mim, depois para o meu braço, depois para o Michael e depois de novo para mim. —Georgina, o que é isto?—, perguntou Layanna, confusa. Olhei para o Michael com olhos suplicantes e abanei a cabeça. Ele suspirou e voltou a olhar para Layanna. —Mrs. Hills, tenho uma coisa para lhe dizer, podemos sentar-nos e conversar, por favor? —Sim, claro. Entre.— respondeu Layanna. O Michael agarrou na minha mão e puxou-me para dentro com ele. —Por favor, sente-se, Mr. Manson. E Georgina,
GEORGINA HILLS Tenho tanto sono. Que raio se passa contigo? Dormiste seis horas ontem à noite. Ainda estás com sono. —Minha senhora, chegámos.— O taxista disse. —Oh, sim. Obrigada.— Pago-lhe e saio do táxi. Ainda tenho sono. Bocejo e entro. Quando entrei em casa, fiquei surpreendido. Estavam lá a mãe e o pai do Michael e algumas pessoas e havia demasiada roupa. Entrei. —Georgina, estás aqui. Estávamos à tua espera. Vem depressa—, disse Leyla. Depois aproximou-se de mim e arrastou-me com ela até uma pessoa. —Georgina, este é o Ian, ele vai ajudar-te com tudo o que precisas para o casamento. —Ian Davis.— Ela estendeu a mão. —Georgina Hills.— Apertei-lhe a mão. —Então, vamos começar? Acenei com a cabeça. —Claro. —Então, Georgina. O Michael disse-me para escolher primeiro um vestido para ti e depois o anel. O que tu quiseres. E mais uma coisa.— Olhei para ele: —Não te preocupes com o dinheiro. Acenei com a cabeça. —Mãe.— Olhei para cima e vi o Rigoberto a descer as escadas.