GEORGINA —Sim?—, perguntou Layanna. —Sra. Hills, é o Michael Manson. —Michael Manson? —Ela demorou um momento a perceber quem ele era. —OH, MEU DEUS! É o Michael Manson por quem a Georgina tem andado a suspirar ultimamente. Espera. Quando é que eu fiz isso? —Acho que sim.— Michael disse olhando desconfortavelmente para Layanna. —Georgina, sai daí. Eu abanei a cabeça. —Georgina agora.— Ele disse novamente. Finalmente, saí de trás do Michael, que ainda estava a segurar o braço dela. A Layanna olhou para mim, depois para o meu braço, depois para o Michael e depois de novo para mim. —Georgina, o que é isto?—, perguntou Layanna, confusa. Olhei para o Michael com olhos suplicantes e abanei a cabeça. Ele suspirou e voltou a olhar para Layanna. —Mrs. Hills, tenho uma coisa para lhe dizer, podemos sentar-nos e conversar, por favor? —Sim, claro. Entre.— respondeu Layanna. O Michael agarrou na minha mão e puxou-me para dentro com ele. —Por favor, sente-se, Mr. Manson. E Georgina,
GEORGINA HILLS Tenho tanto sono. Que raio se passa contigo? Dormiste seis horas ontem à noite. Ainda estás com sono. —Minha senhora, chegámos.— O taxista disse. —Oh, sim. Obrigada.— Pago-lhe e saio do táxi. Ainda tenho sono. Bocejo e entro. Quando entrei em casa, fiquei surpreendido. Estavam lá a mãe e o pai do Michael e algumas pessoas e havia demasiada roupa. Entrei. —Georgina, estás aqui. Estávamos à tua espera. Vem depressa—, disse Leyla. Depois aproximou-se de mim e arrastou-me com ela até uma pessoa. —Georgina, este é o Ian, ele vai ajudar-te com tudo o que precisas para o casamento. —Ian Davis.— Ela estendeu a mão. —Georgina Hills.— Apertei-lhe a mão. —Então, vamos começar? Acenei com a cabeça. —Claro. —Então, Georgina. O Michael disse-me para escolher primeiro um vestido para ti e depois o anel. O que tu quiseres. E mais uma coisa.— Olhei para ele: —Não te preocupes com o dinheiro. Acenei com a cabeça. —Mãe.— Olhei para cima e vi o Rigoberto a descer as escadas.
GEORGINA HILLS Não te preocupes, Georgina, relaxa. Não te preocupes. Não fiques nervosa. Tu estás bem. Estás absolutamente bem. RAYOS, não! Não estou nada bem. Estou muito nervosa neste momento. É o meu casamento, como é que se espera que eu esteja bem? —Georgina, estás bem?— perguntou Layanna. Eu acenei com a cabeça. Ela aproximou-se e beijou-me a testa. —Estás linda, Georgina. Eu apenas acenei com a cabeça. —Georgina, eu sei que estás nervosa, mas querida, se continuas a morder o lábio assim, o batom vai sair todo. É a quarta vez que o aplico. —Desculpa. Ele voltou a aplicar o batom e disse. —Anda, vamos embora. Está na hora. Eu sorri. Claro, um sorriso nervoso. Quero dizer, é o meu casamento, não esperes que eu ande aos saltos a dançar toda contente no meu casamento. Mas talvez não devesses estar tão nervosa. Desculpe-me menina, é a primeira vez que me caso. UGH! —Georgina, em que estás a pensar? Anda lá, vamos embora. —Y-Ya. A Layanna levou-me lá para fora
GEORGINA HILLSAo falar da minha vida, é uma confusão. Eu tinha 2 anos quando a minha mãe ou talvez outra pessoa de quem não me lembro me deixou no orfanato. Eu cresci nesse orfanato. O orfanato era pequeno, não havia muitas crianças, só eu e cerca de dez outras crianças. Mas todos me odiavam porque a Amanda me amava mais do que qualquer outra pessoa.Se estás a pensar na Amanda, foi ela que tomou conta do orfanato e deixa-me dizer-te, ela é espantosa. Ela envelheceu, mas ainda pensa que é jovem e tem mais energia do que eu. Ela é a minha vida e a única família que tenho. Eu amo-a. Bem, podem perguntar-se porque é que eu disse: eu costumava, porque todos no orfanato foram adoptados e agora sou só eu e a Amanda. A Amanda disse-me muitas vezes, mas eu não queria ser adoptada por ninguém. Eu queria viver com ela. Por isso agora já não é um orfanato, sou só eu e a Amanda.Eu estava no meu turno habitual a trabalhar na cafetaria. Eu estava no balcão a observar os clientes. Quando se está a
GEORGINA HILLSAgora só me resta uma esperança. Posso pedir a Patrick que me arranje um emprego. Sim, ele é o único que resta agora para me ajudar. Sei que está a perguntar-se quem é Patrick. Bem, Patrick é o único amigo que tenho.—Amanda, estarei em breve em casa.— Beijei-lhe as bochechas e disse-lhe.—Onde vais?— perguntou ela.—Para conhecer o Patrick. Talvez ele me possa ajudar a encontrar um emprego.—Porquê ele? Não o pode fazer você mesmo.—Calme-se. —Deixei a casa com isso.A ama não gosta nada do Patrick. Ela diz sempre que ele é um mau rapaz. Mas eu digo-lhe sempre o contrário.Quando cheguei a casa do Patrick, carreguei na campainha da porta. Ele abriu a porta.—Georgina? O que fazes aqui?— perguntou ele.—Patrick precisava de falar contigo sobre algo.— Eu disse-lhe.—Okay... entra.Eu entrei e sentei-me no sofá. Ele sentou-se no outro sofá.—Sobre o que queria falar?—Então Patrick, eis o que realmente preciso de um emprego.—Job? Mas tinhas um, não tinhas?Então eu expli
GEORGINA HILLSAqui estou eu de volta a casa, sentado na minha cama, a pensar na noite passada. Bem, não a pensar exactamente, mas a tentar recordar. Mas nada. Cada vez que paro depois de pensar sobre isso.O que aconteceu a seguir, e ele trocou-me de roupa?Quem diabo lhe disse para beber tanto?Escondi a minha cara na almofada.—Georgina, vem depressa, o pequeno-almoço do bebé está pronto—. Ouvi a voz da Amanda.Desci da cama e fui para a cozinha. Sentei-me na cadeira, ela serviu o pequeno-almoço a ambos e depois sentou-se à minha frente, olhando para mim com desconfiança.Olhei para baixo, comendo a minha comida.—Vais dizer-me?— disse ela, finalmente. Eu olhei para ela.Rindo nervosamente, perguntei-lhe:—De que é que estás a falar?—Sabes muito bem: de que estou a falar?—Não sei. —Eu disse, tentando fazer-se de inocente.—Não te atrevas a fazer de Georgina inocente.—Não estou a tentar fazer-me de inocente.—Não me digas que o teu primeiro foi com aquele Patrick! —Ela gritou a ú
GEORGINA HILLSHoje é o meu primeiro dia de trabalho. Estou de pé em frente da vossa casa. Ontem esqueci-me de lhe perguntar uma coisa. Tenho de lhe perguntar agora, senão continuarei a pensar nisso quando ela estiver perto de mim.Apertei a campainha da porta e uma senhora abriu a porta.—Sim. Quem é você? —, perguntou ela.— Estou aqui para tomar conta do filho do Senhor. Manson. Ele nomeou-me.—Oh, sim! Ele disse-me ontem à noite. Entre.Assim que entrei, a minha boca abriu-se. Tinha tanta pressa nesse dia, que não me apercebi da beleza desta casa.—Por favor, espere aqui. Vou chamar o mestre.Acenei com um sorriso. Ela subiu as escadas e voltou após alguns minutos.—Sir já partiu para o trabalho.—Bem... Qual é o seu nome? — perguntei eu.—Eu sou Ana. E você?—Georgina Hills. Mas podes chamar-me Georgina.—OK, Georgina.—Podes mostrar-me o quarto do rapaz e, oh, já me esqueci qual é o seu nome?—O seu nome é Rigoberto. E vem e segue-me, vou mostrar-te o seu quarto.Segui-a até ond
GEORGINA HILLSMerda!Oh, merda!Faltam cinco minutos. Não devia ter ido agora falar com o senhorio. Espero chegar ao trabalho a tempo.Oh Deus, só desta vez, por favor, ajuda-me.Estava a correr tão depressa que todos os guarda-costas fora da mansão estavam a olhar para mim em divertimento. Depois olhei para o meu relógio.Oh merda!Dois minutos.Entrei na casa e suspirei ao chegar à sala de estar.—FINALMENTE!— gritei eu. Um sorriso de vitória estourou no meu rosto. Estava a respirar forte. Depois olhei para a minha frente apenas para ver dois pares de olhos a olhar para mim, dando-me um ar de loucura...Oh, merda! Está em casa. Mas porque está ele em casa? Ele deveria estar no seu escritório agora mesmo.—Olá, vocês os dois—. Eu disse ainda a snifar.O Sr. Manson abanou a cabeça e Rigoberto olhou para o seu querido velho pai. O Sr. Manson levantou-se do seu lugar, pegou no Rigoberto nos seus braços e caminhou até mim e pôs-se à minha frente. Depois olhou para o seu relógio.—Chegue