GEORGINA HILLS
Aqui estou eu de volta a casa, sentado na minha cama, a pensar na noite passada. Bem, não a pensar exactamente, mas a tentar recordar. Mas nada. Cada vez que paro depois de pensar sobre isso.
O que aconteceu a seguir, e ele trocou-me de roupa?
Quem diabo lhe disse para beber tanto?
Escondi a minha cara na almofada.
—Georgina, vem depressa, o pequeno-almoço do bebé está pronto—. Ouvi a voz da Amanda.
Desci da cama e fui para a cozinha. Sentei-me na cadeira, ela serviu o pequeno-almoço a ambos e depois sentou-se à minha frente, olhando para mim com desconfiança.
Olhei para baixo, comendo a minha comida.
—Vais dizer-me?— disse ela, finalmente. Eu olhei para ela.
Rindo nervosamente, perguntei-lhe:
—De que é que estás a falar?
—Sabes muito bem: de que estou a falar?
—Não sei. —Eu disse, tentando fazer-se de inocente.
—Não te atrevas a fazer de Georgina inocente.
—Não estou a tentar fazer-me de inocente.
—Não me digas que o teu primeiro foi com aquele Patrick! —Ela gritou a última parte.
Eu agarrei o meu peito com olhos largos.
—Amanda. Estás a planear dar-me um ataque cardíaco ou quê?
Depois ela puxou-me o braço e olhou-me fixamente.
—Era o Patrick?— perguntou ele com uma voz extremamente zangada.
Engolindo a minha saliva, abanei a minha cabeça.
Depois soltou-me o braço e voltou a comer o seu pequeno-almoço.
—Então, quem foi?
—Mmm...
—Diz-me se ele era bonito? Jovem. Alto?
—Queres parar?
—Está bem, está bem. Está bem, está bem. Mas tiveste uma entrevista de emprego, certo?
—Sim. Vai começar às 9, por isso tenho tempo.
—Que trabalho é agora?
—É para uma babysitter. Recebi uma notificação no meu telefone ontem à noite. Por isso, pensei porque não tentar uma vez.
—Tens a certeza disso?
—Sim, Amanda. Não te preocupes, tenho a certeza que vamos ter uma casa nova.
Ela acenou com a cabeça tristemente.
Eu beijei-lhe a bochecha.
—Então, o que é que vocês fizeram, esta manhã? Fizeram-no outra vez?
E aqui eu pensei que ela estava triste.
—O que é que se passa convosco?
—Vá lá, agora não sejas tímido, diz-me. Outra vez? Meu Deus! Quantas balas foram? Ele usou protecção? É melhor que o tenha feito ou eu mato-o. Não quero que a minha Georgina engravide tão cedo.
Olhei para ela com incredulidade.
—De quem é que a ama diz isso. E pára. Não me lembro de nada. Eu estava bêbado e...
—És um inútil.
—Falando desta manhã, eu estava a alucinar. Pensei que era eu que o estava a seduzir e agora ele deve estar a pensar que sou esse tipo de rapariga, por isso vesti-me e saí dali sem que ninguém soubesse.
—Fugiste?
—Sim. Estava assustada. Mas deixei-lhe uma nota de desculpas e agradecimentos.
—Georgina, porque é que és tão tola?
—Tens de compreender Amanda, esta foi a minha primeira vez neste tipo de situação.
Ela apenas abanou a cabeça.
—De qualquer modo, já não como mais nada, vou-me embora—. Eu disse e levantei-me.
Abracei-a uma vez, ela beijou-me as bochechas e disse:
—Toma cuidado contigo.
Acenei com a cabeça.
—Adeus.
Espero que tudo esteja a correr bem. Nos últimos dias, a minha vida tem sido uma confusão. Preciso deste trabalho para a Amanda ou certamente ficaremos sem casa.
Finalmente, cheguei à Manson Enterprises e olhei à volta da empresa, que era enorme. Bem, tenho aqui a minha entrevista. Por isso, entrei. Vi muitas pessoas à espera da entrevista. Sentei-me numa das cadeiras e esperei pela minha vez. Todas as raparigas ali sentadas estavam ocupadas com a sua maquilhagem, cabelo e vestido.
Penso que sou só eu assim vestido. Tenho a certeza que um deles vai conseguir o trabalho antes de ser a minha vez. Mas, um a um, todos eles saíram com um ar triste.
Depois foi finalmente a minha vez. A senhora chamou-me:
—Miss Hills, entre, por favor.
Eu acenei e levantei-me do meu lugar. Segui-a para dentro. Os meus olhos examinaram primeiro todo o escritório.
Uau! Tudo aqui é tão fixe.
Depois, os meus olhos caíram sobre a pessoa sentada na cadeira.
Porque é que este tipo me parece familiar?
Foda-se! Está tão condenado.
Porquê?
Os meus olhos alargaram-se.
Espera, espera, espera, espera, espera, espera. Ele está...
Sim, ele está.
Não, não, não, não! Merda! Tenho a certeza que não vou conseguir este trabalho agora.
Mordi o meu lábio nervosamente. Acho que ele reparou e um sorriso apareceu nos seus lábios. Eu fiquei ali como uma estátua.
Então ele olhou para a senhora ao meu lado e disse:
—Norma, por favor faça-me um favor, adie todas as outras entrevistas. Acho que vou precisar de tempo.
Os meus olhos, que já estavam bem abertos, abriram-se agora mais.
Mas porquê? Por que quer ele mais tempo comigo?
Não sei. Aquele sorriso parece tão perverso. Mas é preciso admitir que parece sexy.
Cala-te, seu pervertido.
—Sim, senhor.— A senhora chamada Norma disse e saiu depois de me ter dito a melhor das sortes.
—Obrigado.
Bem, eu preciso mesmo disso agora.
Depois ela olhou para mim novamente a sorrir.
—Por favor, sente-se, menina...— Depois ela olhou para o ficheiro na mão e continuou: —Hills.
Aproximei-me dele e sentei-me na cadeira em frente a ele.
Ele recomeçou.
—Então, como se sente, Menina Hills?
—Eu...— não consegui encontrar as palavras.
—A senhora parece nervosa, Miss Hills, e eu não gosto disso.
Mordi o lábio outra vez e olhei para baixo.
Perguntava-me porque é que o meu lábio ainda não tinha começado a sangrar.
Depois levantou-se do seu lugar e caminhou até mim. Inclinou-se sobre a mesa à minha frente.
Ele estava muito perto do meu lugar. O meu hálito ficou preso à minha proximidade.
Antes de ele dizer alguma coisa, acho que lhe devia dar uma explicação.
Sim, eu devia.
Sim, mas não fale muito.
—Lamento imenso. Estava bêbado ontem à noite e perdi a cabeça. Não costumo beber, mas ontem à noite fiquei tão magoado que fui ao clube. Sei que foi realmente estúpido da minha parte tê-lo feito. Até te chamei raptor. Peço desculpa por isso. Sabes, senti-me tão culpado esta manhã e comecei a passar-me e depois pensei que fugir era a única maneira segura. Lamento e também lhe agradeço por me ter salvo ontem à noite ou aquele empregado ter-me-ia mandado para aquela sala e eu não sei o que teria acontecido. E sobre o quarto, não sou o que pensa—. Parei enquanto ele se curvava para o nível dos meus olhos, trazendo a sua cara para perto de mim. Os meus olhos alargaram-se.
O que é que ele está a fazer?
—Em que estou a pensar, Miss Hills—, disse ele num tom extremamente sombrio. Engoli com força.
—Eu estou...— Eu não consigo fazer isto.
—Vamos embora.
—Estou a fazê-lo.
—Eu estou a ouvir, Miss Hills.
—Pode parar, por favor.
—Parar o quê, Miss Hills?
—Pare de me atacar dessa maneira.
—Mas ontem à noite, a senhora só queria isto, acho eu, quando me puxou.
Os meus olhos alargaram-se, levantei-me do meu lugar e afastei-me dele.
—Disse-lhe que isso era porque estava bêbado.
Ele sorriu olhando para mim.
—Dá-me uma boa razão para eu te dar este trabalho. Talvez possas voltar a embebedar-te e só Deus sabe o que vais fazer. Não posso arriscar a vida do meu filho dando o emprego a alguém como você.
O seu filho? Ele é o pai?
Não sei porquê, mas ouvi-lo fez-me doer o coração.
—Prometo que não voltarei a fazer isso. Cuidarei bem do seu filho e normalmente não sou assim, sei que causei uma má impressão no nosso primeiro encontro, mas prometo que não voltará a acontecer. Por favor, eu quero mesmo o trabalho. Não me pode julgar por um encontro. Por favor, senhor.
—Manson. Michael Manson—. Ele respondeu.
—Sim, Sr. Manson. Prometo que não voltará a acontecer. Tomarei bem conta do seu filho.
—Óptimo. Não é por causa de todas as suas súplicas, mas porque vejo algo em si. Que você pode tratar disso. Portanto, estás contratado.
—A sério! Muito obrigado, Sr. Manson. Muito obrigado.
Depois levantou-se da mesa onde estava inclinado, ajustou o casaco e pôs-se à minha frente com as mãos nos bolsos das calças.
—Há algumas regras que deve seguir, Miss Hills.
—Que regras?
—Regra número um: não lhe vai pôr uma mão em cima. Se, mesmo quando eu souber. Vai enfrentar o pior. Número dois: não perturbará a minha privacidade. Número três: há algumas áreas proibidas na casa onde ninguém está autorizado a ir, não se atreva a ir lá. Número quatro: não o levará para fora de casa sem a minha permissão. Número cinco: não receberei nenhum outro homem em minha casa, por exemplo, o seu amigo ou namorado.
—Muito bem... Mas quais são as minhas horas de trabalho.
—É de oito a sete. Todos os dias, excepto ao domingo.
Eu acenei com a cabeça.
—E pelo seu salário. Isso será dez mil dólares.
Os meus olhos alargaram-se. Não estás a brincar, pois não?
—Acho que ouvi mal qualquer coisa. Pode repetir, por favor?
—Não, Miss Hills, ouviu bem. São dez mil dólares.
—Não acha que isso é demasiado?
—Não. Não penso assim.
Depois voltou para o seu lugar e sentou-se de novo na sua cadeira.
—Então quando é que começo a trabalhar?— perguntei eu.
—Amanhã. Oito horas da manhã em ponto. Chegue a horas ou esteja preparado para dizer adeus ao trabalho.
Eu acenei com a cabeça.
—Espero que ainda se lembrem da morada—. Ele disse com um sorriso.
Eu acenei com a cabeça.
Ha! Finalmente tenho um emprego.
GEORGINA HILLSHoje é o meu primeiro dia de trabalho. Estou de pé em frente da vossa casa. Ontem esqueci-me de lhe perguntar uma coisa. Tenho de lhe perguntar agora, senão continuarei a pensar nisso quando ela estiver perto de mim.Apertei a campainha da porta e uma senhora abriu a porta.—Sim. Quem é você? —, perguntou ela.— Estou aqui para tomar conta do filho do Senhor. Manson. Ele nomeou-me.—Oh, sim! Ele disse-me ontem à noite. Entre.Assim que entrei, a minha boca abriu-se. Tinha tanta pressa nesse dia, que não me apercebi da beleza desta casa.—Por favor, espere aqui. Vou chamar o mestre.Acenei com um sorriso. Ela subiu as escadas e voltou após alguns minutos.—Sir já partiu para o trabalho.—Bem... Qual é o seu nome? — perguntei eu.—Eu sou Ana. E você?—Georgina Hills. Mas podes chamar-me Georgina.—OK, Georgina.—Podes mostrar-me o quarto do rapaz e, oh, já me esqueci qual é o seu nome?—O seu nome é Rigoberto. E vem e segue-me, vou mostrar-te o seu quarto.Segui-a até ond
GEORGINA HILLSMerda!Oh, merda!Faltam cinco minutos. Não devia ter ido agora falar com o senhorio. Espero chegar ao trabalho a tempo.Oh Deus, só desta vez, por favor, ajuda-me.Estava a correr tão depressa que todos os guarda-costas fora da mansão estavam a olhar para mim em divertimento. Depois olhei para o meu relógio.Oh merda!Dois minutos.Entrei na casa e suspirei ao chegar à sala de estar.—FINALMENTE!— gritei eu. Um sorriso de vitória estourou no meu rosto. Estava a respirar forte. Depois olhei para a minha frente apenas para ver dois pares de olhos a olhar para mim, dando-me um ar de loucura...Oh, merda! Está em casa. Mas porque está ele em casa? Ele deveria estar no seu escritório agora mesmo.—Olá, vocês os dois—. Eu disse ainda a snifar.O Sr. Manson abanou a cabeça e Rigoberto olhou para o seu querido velho pai. O Sr. Manson levantou-se do seu lugar, pegou no Rigoberto nos seus braços e caminhou até mim e pôs-se à minha frente. Depois olhou para o seu relógio.—Chegue
GEORGINA HILLSFinalmente. Tudo está feito. Hoje tem sido um dia muito agitado.—Está tudo classificado Georgina. A casa está linda—, disse ela.—Sim, ela é.— Caminhei até à Amanda e abracei-a. —nossa casa.Ela abraçou-me de volta e beijou-me a testa.Hoje foi a mudança e finalmente mudámo-nos para a nossa nova casa. Esta casa é realmente bonita. Adoro-a e pela cara da Amanda posso dizer que ela também gostou da casa.Fui para o meu quarto e fui para a cama.—Ah, tive tantas saudades tuas, minha querida. Já passou tanto tempo que tive um sono tranquilo.—Querida, mas agora são apenas 8 horas da noite. Já estás a planear dormir.—Sim! porque eu quero descansar. Tenho trabalho amanhã.—Refere-se ao seu trabalho aborrecido.—Sim! só isso. Acho que se continuar a trabalhar lá, morrerei. E acreditem que serei a primeira pessoa no mundo a morrer do silêncio.—Eu também penso assim. Não estás habituado a esse silêncio.—Exactamente. Espero que ele fale pelo menos amanhã.—Talvez.—De qualque
GEORGINA HILLS—O quê?—, perguntei com uma voz horrorizada.—Não tens de te preocupar mais, eu não conto ao pai—. disse ela despreocupadamente.Sentei-me ao lado dela na cama e suspirei.—Quando me zango, não me controlo. Peço desculpa.— Disse com um tom triste.Depois, o Rigoberto tocou-me no ombro fazendo uma cara de eu compreendo.—Não podes ficar mais bonito?—, disse eu enquanto sorria com a expressão dele.—Vamos falar a sério, Miss Hills.— Disse ele num tom sério.—A sério?—Sobre a menina Lara.—O que é que ela tem?—Quero-a fora da vida do pai. Não gosto dela.—Está bem... E o que é suposto eu fazer quanto a isso?—Tu também não pareces gostar dela...— Eu interrompi-o.—Claro que não gosto dela. Ela culpou-me por coisas que eu nem sequer fiz. Porra...— Eu parei.Outra vez não, Georgina.—Queres ajudar-me? —, disse ela.Olhei para ele com desconfiança.—Ajudar-te?—Sim. Tenciono tirá-la desta casa e da vida do pai durante muito tempo. Ajudas-me?—E quais são os teus planos?—Nã
GEORGINA HILLSMerda!Que merda!Vou chegar atrasado e aquele carrasco vai despedir-me.Oh, meu Deus! Por favor, ajuda-me a chegar lá a tempo.Vá lá Georgina, corre!Corre!Corre! Corre! Corre!Depois de passar dez minutos no táxi a gritar com o motorista para conduzir depressa, cheguei finalmente ao meu destino.Cheguei a tempo! Cheguei a tempo.Entrei em casa e vi o Michael sentado no sofá a fazer qualquer coisa no telemóvel. Não estava vestido com o fato habitual, mas sim com uma camisola e uma t-shirt.Oh, meu Deus! Este homem fica bem em tudo. Eu estava à porta a observá-lo.—Menina Hills, se já acabou de verificar, pode entrar.— Ele disse e finalmente voltou a sua atenção para mim.Ainda estava a olhar para mim com olhos escuros. Entrei e, quando estava prestes a subir as escadas, o Michael chamou-me. —Miss Hills.— Parei e virei-me lentamente.O Michael levantou-se do seu lugar e começou a dirigir-se a mim. Fiquei imóvel no meu lugar.Ele está a aproximar-se.O meu coração come
GEORGINA HILLS—A sério que o pai disse isso?—, perguntou o Rigoberto enquanto comia as pipocas que eu tinha na mão.Acenei com a cabeça, comendo as pipocas da mesma tigela.—Meu Deus, é tão fantástico.—Eu sei.—Mas Georgina, reparaste em alguma coisa?—, perguntou ele, olhando para mim. Virei-me para ele e lancei-lhe um olhar confuso.—O quê?—Que também executaste o plano dois. Disseste ao pai que ela te tinha dito palavras ofensivas.Ah, sim, não me tinha apercebido disso.—Então agora só nos resta um, acho eu?— Perguntei-lhe e ele acenou com a cabeça.—Mas não vamos atrás dela agora. Acho que devíamos esperar um bocado.Eu acenei com a cabeça.—Georgina.— Ele chamou-me. Eu olhei para ele. —Somos amigos, não somos? —Acenei com a cabeça. —Não sei nada sobre ti. Podes dizer-me alguma coisa sobre ti?—, perguntou ele.Eu virei-me alegremente para ele e disse. —Claro. O meu nome é Georgina Hills—, interrompeu-me ele.—Não é isso. Como os teus gostos e desgostos. Esse tipo de coisas.—P
GEORGINA HILLSQuando cheguei ao quarto, vi o Rigoberto deitado de bruços na cama, a esconder a cara e a chorar.Aproximei-me dele e sentei-me na cama ao seu lado.—Rigoberto.— Chamei-o baixinho.Foi o suficiente para ele, que se levantou e me abraçou a chorar muito. Acariciei-lhe a cabeça com as minhas mãos.—Está tudo bem, bebé. Está tudo bem.—O pai nunca me repreendeu antes, Georgina.— Ele disse enquanto chorava.—Está tudo bem. Eu estou aqui. O pai perdeu a paciência e não queria repreender-te.—Eu não sei o que é que ele gosta mais dela do que de mim, por isso é que me ralhou.—Não, querida. O papá gosta mais de ti. Eu sei.— Depois afastei-me e limpei-lhe as lágrimas. Beijando-lhe as faces, disse-lhe: —Não devias ter dito i
MICHAEL MANSON O que é que se passa comigo? Estava deitado na minha cama, no meu quarto, a tentar perceber o que raio se passa comigo. Esta rapariga está a fazer-me perder o controlo sobre mim próprio. Quando ela está por perto, o meu batimento cardíaco aumenta e perco todo o controlo. Também naquele dia, quando estava ao telemóvel e ela apareceu. Quando a vi a morder o lábio, quis mesmo beijar aqueles lábios. Porque é que só ela é que me faz sentir assim? Nunca nenhuma rapariga me afectou desta maneira. Não sei qual é o problema da Lara com ela, mas sempre que a vê tenta seduzir-me, o que não me agrada nada. E quando ela o faz à frente dela, isso incomoda-me muito. Esta foi uma das razões pelas quais perdi a cabeça ontem à noite e descarreguei toda a minha raiva no Rigoberto. Mas pergunto-me uma coisa, porque é que ele ficou com os olhos cheios de água quando a Lara me beijou? Será que ele não gostou disso? Será que ele sente alguma coisa por mim? Oh, meu Deus! Michael Manson, c