- Larga ela caio! - Anastácia mirava uma arma na nossa direção.Me vi de escudo para seu corpo. O cabo frio de uma faca em contato com o meu pescoço me trazia calafrios, estava enjoada, mas mais que isso... Temia por meu bebê. - Ah… Então a rainha dos indefesos deu as caras - ele ria ainda me pressionando contra a faca. - Sua rata traidora. - Ele sussurrou no meu ouvido. - Put* traidora, achou que eu não tinha outra opção?... Vagabund*.- Gemi entre lágrimas.Anastásia nos olhava com cuidado - caio já chega... Onde quer parar?! Porr*...Olha a sua volta! MAS QUE PORR*!-Meu corpo tremia de forma descontrolada. E a todo momento a minha única preocupação, não era meu Marido que sangrava atrás de Anastácia, não era arma fria que pressionava o meu pescoço, ou Zola que havia chorado no colo de barbara, não...Nada mais importava.Pus as mãos na barriga, bem acima do ventre, as minhas mãos tremiam. E no meio de tudo aquilo... Dos gritos, do gosto de sangue, do frio nas mãos e do fôlego quent
BiancaEra estanho, não gostava de hospitais. Talvez pelo cheiro, ou quem sabe pela comida sem sal. A grande verdade era que o barulho das máquinas eram o que mais assustavam, mas não era o barulho que de fato assustava, e sim a falta dele. Um quarto silencioso dentro de uma CTI só podia significar uma coisa, morte.Segurei as mãos frias do meu esposo inerte sobre a colcha quentinha que havia posto a dois dias atrás.Os médicos diziam que ele poderia acordar a qualquer momento, e que as mãos frias eram um sinal bom, e que enquanto as palmas estivessem vermelhas não haveriam problemas. Então eu continuava ali, com uma das mãos acariciando o seu braço e a outra apoiada no queixo. A essa altura tanto Camila como o seu pai já estariam a caminho, e digamos que a reação ao saber sobre mim não havia sido uma das mais normais. Só rezava para que tudo enfim se resolvesse.- Toc toc... - a porta se abria lentamente.Sorri ao ver um velho rosto. - Renan? O que faz aqui?- Ele abraçou-me, os seus
Prólogo.O sol iluminava o corpo lindo e suado do homem ao meu lado. Ele estava ofegante, e por mais que 100 anos se passassem eu ainda ficaria completamente hipnotizada com aquele sorriso bobo.Mordi os lábios.Sentia que o meu corpo precisava de mais, o meu apetite estava voraz, e para meu esposo não seria digno de ser chamado marido se não suprisse todas as minhas necessidades.- Quer mais? - ele riu como um menino de primário.Cobri o rosto. - Nós vamos nos atrasar.Os seus dedos acariciaram o meu corpo. - Sabe o que eu faria com você...- neguei. - Eu...-- MÃE! - a porta se abria, Igor levantou os lençóis até o nosso queixo. Zola fez a cara mais estranha do mundo. - Eca... O que estão fazendo?-Pisquei. - Zoo... fora!-- Mãe, a Susan pagou o meu lápis de olho de novo, manda ela devolver.Igor ria atrás de mim. Cerrei os olhos. - Susan devolve o lápis de olho da sua irmã! - gritei da cama. - quantas vezes eu disse mocinha que não pode mexer no que não é seu?-Dois olhos curiosos s
Abri os olhos.As janelas ainda estão abertas, conseguia ver todos os convidados lá fora. sinto-me o pior ser humano do mundo, desde que disse "aceito", ao seu pedido absurdo de casamento. Mas não posso retroceder, e muito tarde para isso.O som das conversas anuncia ao longe que todos já estão se acomodando nos seus lugares. Olhei para o meu vestido preto com pedrarias na altura dos joelhos, estava bem arrumada, e mesmo angustiada por dentro, o meu sorriso superficial tinha que estar no meu rosto pálido com camadas de uma maquiagem. Caminhei até a porta a abrindo, suspirei indo rumo à recepção do jantar, todos os acionistas e amigos mais íntimos estariam na festa de noivado.Um presentinho dado por Kathy, que surtou ao Saber que nós iríamos nos casar no civil.Barbara havia se arrumado mais cedo e estava com Chuck na sua mesa, com seus pais e outros convidados. E apesar das suas palavras de ânimo em relação ao noivado terem sido de bom grado, cada passo meu em direção aquele salão er
Sentamos perto de uma fonte de pedras cinzentas. O lugar estava cheio de luzes por todos os lugares, algumas pessoas caminhavam distraídas por perto, evitei levantar o rosto. Bah olhava-me aflita, e apesar do vestido longo verde musgo e a maquiagem bem trabalhada haviam pequenas rugas de preocupação no seu rosto delicado. — Bih... o que houve? — Secou uma lágrima.Cobri a boca um pouco tremula — eu não posso fazer isso... — os meus olhos ardiam. - Eu não consigo fingir... quando ele me toca eu lembro de tudo o que ouvi naquela maldita noite... — funguei na mão. — Eu tenho nojo de mim mesma... estou me vendendo como... como uma Grhhh... — Gemi enterrando os dedos na cabeça.Bah abraçou-me tentando me acalmar. — Bih... olha pra mim. — Pôs o meu rosto entre a suas mãos macias. — Presta atenção está bom?... vamos lá, você assinou um contrato prévio. — Me preparei para contestar, mas bah era bem convincente. — Fica quieta e deixa-me falar! Agora... assinou um contrato prévio, eu sei que es
O salão de festas borbulhava de pessoas dançando, ao que parece com um globo de espelhos e música alta ninguém nunca iria sentira falta dos noivos.Caminhamos em silêncio até o banheiro mais próximo, entramos e o fiz ficar em frente ao espelho. Haviam lâmpadas nas laterais dele, as liguei e pude observar os contornos do seu rosto com mais precisão.— Vamos ver... — O olhei com atenção. — Está com os seus óculos horrorosos aqui? — ele ficou sério por alguns segundos. — Está ou não?! — fui firme.Igor revirou os olhos avermelhados em desaprovação. — Olha, só pra você saber... eu os ganhei natal passado. E eu sei que são horríveis, não precisa lembrar-me disso... — sentou num banquinho perto da luz do espelho.Tirei os saltos ficando aproximadamente da sua altura. — Ok... isso vai ser igual tirar um curativo... vamos fazer rápido. — Prendi os cabelos atrás da orelha. — Olha pra cima. — Igor ergueu os olhos para cima e com a ponta da unha tirei uma das lentes de contato. Igor segurava a c
— Bem, a noite e de vocês. — Olhou para o lado e acenou.Uma música começou a tocar, todos aplaudiram e gritaram. Igor estava sério, a sua mão segurou levemente a minha cintura e uma das minhas mãos, tentou se movimentar e eu pisei no seu Pé. Gemi escondendo uma careta, ele riu. A sua mão se estreitou me fazendo ficar colado no seu corpo, senti-me estranha e um pouco sem jeito. Ele suspirou me olhando — você e péssima dançarina... — sorriu relaxado.— E mesmo assim você quis casar comigo...— fui irônica e ele estreitou os olhos surpreso.Pisei no seu pé. — Ai!... Bianca! — falou entre dentes disfarçando no seu sorriso.— Desculpa, eu fui criada para montar cavalos, e administrar empresas não para dançar! — olhei ao redor.Ele sorriu sendo fingidamente simpático. — Eu só quero ter os meus dedos no lugar depois disso...— riu sem graça.Pisei com vontade dessa vez. — Opa, desculpa. — Ri.Igor sorria com uma veia levemente saltada na sua testa. — Você vai me pagar por isso...— ri o olhand
Ela insistia.— Chato — ela cantarolava no banco de trás.Ele riu dando partida. Ana mostrava a língua bem perto do rosto do meu chefe, os meus olhos salvaram em espanto e a estapeei a fazendo rir e cair no banco outra vez. Igor me olhou um pouco assustado, os seus movimentos eram calmos e um pouco calculados. Ri, e sentei-me novamente no banco como se nada estivesse a acontecer.Ele piscou — está bem... quero dizer, sente-se bem? — olhou para trás desconfiado.Ri sem jeito. — Estou.... é só, o dia foi bem agitado. — Clareei a garganta. — tinha uma mosca ai.. grhh... nojento. — ri nervosa.— é — riu — ele foi...— notei que a suas mãos pressionaram com mais força o volante.Um silêncio constrangedor instalou-se depois disso, olhei para a janela, sentindo o carro entrar em movimento a abri e um vento gelado porem agradável invadiu o carro. Encostei-me na porta vendo as luzes indo embora, alguns fios de cabelos ruivos meio cacheados dançavam com o vento forte e gélido da noite. Não me im