Capítulo XV

Que mulher! Não sabia se chamava por Deus ou ao diabo para agradecer pelo furacão em forma de mulher. Era ela, Maria era tudo o que precisava, tudo o que eu estava buscando e nem sabia.

Fazia um tempo, não sei ao certo quanto, que estávamos deitados na cama nus e sem dizer nada. Ela ainda estava por cima de mim com uma perna de cada lado, eu só havia me livrado da camisinha e tombamos nossos corpos na cama, um dos meus braços segurava sua coxa e o outro descansava em suas costas acariciando a pele suada.

Maria tinha a respiração profunda e calma, parecia até estar dormindo, se não fosse pelas pontas dos dedos traçando os padrões das minhas tatuagens, muitas vezes irregulares pela mistura confusa.

Não tínhamos dito nada, apenas deitamos e ficamos ali como se fosse algo corriqueiro, uma seção de sexo quente no meio da tarde. Como se não precisasse de nada dito, nada para acrescentar, quase como se fossemos íntimos já há muito tempo e não que tivesse sido nossa primeira transa, depois de
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