A reação de Miguel foi bem melhor do que eu esperava, não imaginei que ele ia reagir daquele jeito em saber que seria pai mais uma vez, mas eu não podia ter ficado mais feliz. Ele conseguiu o perdão bem rapidinho depois de se ajoelhar daquele jeito. Todos nos deram os parabéns, uma confusão de abraços, sorrisos, xingamentos, a bagunça de sempre só que com muito mais gente. Um por um todos foram saindo, levando a comemoração para dentro do bar, Brutos foi o último a ficar. — Acho bom você tratar de andar na linha com ela de agora em diante, não vai querer que ela quebre sua cara inteira novamente. — Com toda a certeza e especialmente agora com as mudanças de humor que estão por vim. — Miguel falou sorrindo e envolvendo minha cintura com as mãos. — Depois da forma como enfrentou seus pais hoje, eu espero que as coisas deem certo entre vocês! — Brutos disse dando um tapinha no ombro de Miguel, antes de sair de vez. Com toda certeza ia dar certo, eu tinha uma sensação boa sobre isso.
Miguel epilogo— Boa noite filhão. — murmurei dando um beijo nos cabelos de Will, mas antes que me afastasse ele se virou sonolento.— Papai, terminamos o quadro. — ele resmungou antes de voltar a dormir.Brutos e Will tinham inventado de fazer um quadro para a nova integrante da família, os dois passaram a semana toda focados nisso e deixando todos de fora.Acariciei os cabelos dele mais uma vez e o cobri melhor antes de sair.Entrei no nosso quarto por volta das duas da manhã, mesmo sendo um sábado a noite o que me faria chegar em casa apenas pela manhã depois fechar o bar, eu estava mudando esse horário e passando mais tempo em casa com Will e Maria, ansioso para a chegada da nossa princesinha.Ela estava dormindo profundamente e mesmo sobre o lençol eu conseguia ver a curva grande da barriga. Nove meses já e a nossa menininha estava enorme, o que deixava a mãe dela completamente louca, porque não via a hora do parto.Tomei um banho rápido, coloquei uma cueca box e voltei para cama
Você já se apaixonou? Sabe aquele tipo de amor que parece transcender tudo? Que não importa quantos altos e baixos aconteça, basta você avistar ele que tudo parece valer a pena?Eu já! Minha grande paixão é cozinhar. Aprendi desde cedo a fazer o básico observando minha vó, dona Nice, ela me deixava lá no cantinho da cozinha onde eu não poderia atrapalhar e às vezes me deixava mexer uma coisa ou outra. O tempo foi passando, eu fui crescendo e cada vez mais ela ia me delegando tarefas, até que qualquer almoço, comemoração em família estávamos nós duas na cozinha trabalhando juntas.Mas meu pai nunca aceitou que cozinhar fosse uma profissão boa.— Faça uma carreira ele! — sempre dizia.E foi por esse motivo que me formei em contabilidade, com o peito apertado querendo estar em uma cozinha me dediquei aos livros e os estudos que o deixariam orgulhoso.Conquistei meu espaço, uma trabalho bom onde poderia crescer, mas nada me tirava o gostinho de aos finais de semana correr pra casa deles e
A polícia já havia colhido nossos depoimentos e levado os homens, as câmeras do restaurante ajudariam com tudo, não ia ser nada difícil provar o que aconteceu aqui, mesmo que eu tenha certeza que todos que verem aquelas imagens iriam ter um grande show de stand up.Peguei minhas coisas dentro do restaurante, pronta para partir pra casa, mas aceitei seu convite, talvez um pouco de álcool me fizesse bem depois de toda essa loucura.Assim que adentramos o bar a gritaria e calor humano nos atingiu. Havias pessoas levantando suas bebidas em nossa direção e outras dando tapinhas nas nossas costas e rindo alto.— Garota você é corajosa viu. Bate aqui! — disse uma mulher erguendo a mão, onde eu bati sem nem mesmo a conhecer.— Eu sempre digo, nunca mexa com as baixinhas! — um homem passou ao meu lado me jogando uma piscadela com um sorriso enorme.— Ei, eu não sou tão baixinha. — reclamei, mas ele já tinha se afastado.Sim eu era baixinha, um e cinquenta e seis em uma terra de mulheres de um
O que tinha acabado de acontecer ali? Eu estava sentado na minha moto de frente a pequena casa amarela chamativa, atordoado sem saber o que tinha acabado de acontecer.A mulher tinha acabado de me beijar e correu como o diabo fugindo da cruz sem mais nem menos.Eu não tinha feito nada além de retribuir o ataque sedutor dela.Havia pensado em beijá-la quando estávamos no escritório, ela gargalhando descontraída, eu segurando seu rosto delicado, e foi só olhar aqueles olhos castanhos e penetrantes para querer atacar seus lábios.Ela tinha um gosto, agora eu sabia, de chocolate e whisky, é o sabor que tinha deixado em minha boca.Encarei a casa por mais um tempo, às luzes ainda apagadas, nem sinal dela. Então coloquei minha Harley em movimento, atravessando as ruas de volta ao bar ainda sem entender o surto dela.Maria Nascimento, uma mistura de menina e mulher como nunca tinha visto antes.O seu tamanho não atrapalhou que ela derrubasse um dos assaltantes com uma frigideira como me diss
Ressaca. Era a única palavra que rodou minha cabeça durante o domingo, enquanto eu acordava tomando um café preto e sem açúcar, já mandando para longe o enjoou.Passava da uma da tarde e eu tinha perdido o almoço na casa da tia Nena, não que a essa altura eu me importasse, preferia ficar em casa do que lidar com toda gritaria enquanto minha cabeça latejava a cada segundo.Mas foi graças a perder o almoço que eu consegui pensar melhor na noite passada. As imagens de tudo o que aconteceu voltaram como um flashback, tudo pareceu tão corrido no sábado que mal tive tempo de raciocinar o perigo que corri.A cena em que eu estupidamente atacava um dos assaltantes esquecendo os outros, então o herói tatuado entrando em ação, para me ajudar, e toda a bebedeira no bar depois. Porque eu tinha misturado tanta coisa? Mas então a cena do beijo voltou a minha mente, para coroar a noite eu tinha atacado o homem. E mesmo que só estivesse relembrando a noite, senti seus lábios macios contra o meu em co
O horário avançou e eu me ocupei em preparar alguns pratos e ajudar em outros. Fizemos frango assado em pequenas trouxinhas de massa de lasanha, massa que eu mesmo fazia; cupim assado no forno regado ao molho madeira; macarrão ao molho branco e colocamos os pratos mais comuns como arroz e feijão; muita gente não deixava passar uma refeição sem esses dois. Tinha ainda dois tipos de salada e alguns aperitivos.Quando me permiti sair da cozinha foi para encontrar a morena de cabelos curtíssimos e sorriso enorme na porta.Ela acenava pra mim através das portas de vidro em seus saltos, como se a altura dela não fosse suficiente, os shorts pretos deixando a mostra os metros de perna.— A porta está sempre aberta. — murmurei sorrindo para ela quando abri.— É por isso que te roubaram. — ela brincou me fazendo gargalhar com ela.Débora sem dúvida era o tipo de pessoa que deixava qualquer clima alegre, bastava ela chegar no lugar que ninguém ficaria muito tempo sem um sorriso.— Vem entra!— E
— Eu gostei dela. — foi a primeira coisa que minha mãe falou assim que desceu do carro.Tínhamos chegado em casa depois de passar a tarde no restaurante. Will já estava capotado no banco de trás do carro, cansado de correr, pular e rodopiar pelo salão.Mas eu suspeitava que isso tinha algo a ver com o leite especial que Maria tinha preparado para ele. Os dois juraram segredo, ela ainda acrescentou que só quem tivesse uma identidade secreta poderia saber.Will adorou toda a bajulação, como se não tivesse isso em grande escala. Fazer o que se o garoto tinha herdado a lábia do pai?Apesar da bagunça que fizemos no seu restaurante, delicado e aconchegante, ela manteve o sorriso no rosto a tarde toda. Se não gostou de algo sabia esconder muito bem. Não se importou com o rock quase estrondando as paredes do restaurante, e sim gritou, riu, puxou minha mãe para a bagunça. Enquanto eu assistia tudo do meu canto.Não voltamos no assunto do beijo, mas eu podia ver seus olhares furtivos vez ou ou