Miguel Ferraz Minha cabeça deu um giro de 360°. Minha vida inteira não passou de uma mentira. Vivi todo esse tempo acreditando que o Gabriel era meu pai, quando na verdade meu progenitor é o Anthony, meu Deus o que falta mais?? Me apaixonei pela minha madrasta, temos uma relação de homem e mulher, me deitei com a mulher do meu pai. Minha respiração ficou presa no peito, como se meu corpo se recusasse a aceitar a verdade. Meu coração martelava tão forte que eu podia ouvi-lo nos meus ouvidos. Eu queria gritar, correr, sumir… Mas meus pés estavam colados ao chão. Anthony é meu pai. Não Gabriel. Não o homem que me criou, que me ensinou tudo o que sei sobre negócios, que moldou minha vida de acordo com o que ele achava certo. Não ele. Meu verdadeiro pai é Anthony. Senti um gosto amargo subir pela garganta. Meus punhos se fecharam, e eu quase tremia. Todos esses anos, toda essa mentira… E como se isso já não fosse devastador o bastante, tinha mais. Me deitei com a mulher do
Allana Miller Quando o Miguel me olhou nos olhos e pediu para deixá-lo sozinho, me fez ver que nunca fui amada de verdade. Meus pais me venderam. O Anthony me via como propriedade. E o Miguel, permanecia ao meu lado enquanto era convivente para ele, na primeira oportunidade me dispensou como um nada. Lágrimas rolavam pela minha face. Saí da casa do Miguel sentindo meu peito arder. O vento frio da noite não era nada comparado à tempestade dentro de mim. Eu me sentia vazia, como se tivesse deixado ali dentro tudo o que eu achava que tinha, mas que nunca foi meu de verdade. Meu coração estava pesado, minha mente rodava em um turbilhão de pensamentos que eu não queria ter. Quando pisei na calçada, pronta para ir embora sem rumo, meus olhos encontraram uma silhueta familiar. Brenda. Ela estava sentada em um banco próximo, abraçando os próprios braços como se tentasse se proteger do mundo. O brilho das luzes da rua revelava as lágrimas escorrendo por seu rosto, e algo dentro de mim
Alana MillerEu sempre achei que minha vida fosse perfeita. Meu nome é Alana Miller, e durante vinte e dois anos, fui à preferida de meus pais. Cresci em uma mansão em um bairro elegante, cercada de jardins impecáveis, empregados sempre solícitos e a constante impressão de que o mundo conspirava para que eu fosse feliz. Minha mãe dizia que eu tinha herdado sua beleza, e meu pai fazia questão de ressaltar que minha inteligência era meu maior dom. Eu acreditava neles. Como não acreditar? Eles me amavam, e o amor deles parecia suficiente para blindar minha existência contra qualquer sofrimento.Minhas manhãs eram sempre regadas a cafés elaborados na sala de jantar iluminada pelo sol, onde meu pai lia o jornal e minha mãe discutia as próximas festas beneficentes que iríamos organizar. Eu passava meus dias entre aulas de música, arte e idiomas, além de frequentar os melhores círculos sociais. Todos pareciam me admirar, e eu, confesso, gostava disso. Gostava de ser notada, de ser admirada,
Alana MillerO vestido estava impecavelmente pendurado na porta do armário, como se fosse uma obra de arte. Um tom de azul profundo que me lembrava as noites estreladas que eu costumava observar quando era pequena. Suspirei, encarando-o como se fosse uma armadura para o que estava por vir. Hoje seria o dia em que eu conheceria Anthony Ferraz, o homem que, dentro de poucas semanas, se tornaria meu marido. Um completo estranho, com idade suficiente para ser meu pai.— Alana, você ainda não está pronta? — A voz da minha mãe me trouxe de volta à realidade. Ela apareceu na porta, com os cabelos perfeitamente presos em um coque e um olhar que mesclava ansiedade e esperança. — As pessoas já estão chegando. Anthony deve estar aqui a qualquer momento.Balancei a cabeça, tentando dissipar o turbilhão de pensamentos. — Já estou indo, mãe. — Respondi mesmo sem vontade.Ela me observou por um instante, como se pudesse enxergar a confusão por trás da minha expressão. Mas, em vez de dizer algo, ape
Anthony Ferraz Eu olhei para o celular, hesitei por um momento, mas sabia que não tinha outra escolha. Era hora de dar a notícia. Apertei o botão de chamada e coloquei o telefone no ouvido, esperando que ele atendesse. Sabia que, a qualquer momento, o tom irônico e cínico do meu irmão, Gabriel, tomaria conta da conversa. — Alô? — Ele atendeu, a voz abafada, como se tivesse acabado de acordar. Gabriel sempre foi mais desleixado com o horário, mas, ao menos, ele sabia que eu não ligaria sem um motivo. — Gabe, preciso te contar uma coisa. — Respirei fundo, tentando manter o tom calmo. — O que foi, Anthony? Algo grave? — O tom dele agora estava mais atento, mas não conseguia disfarçar o ceticismo. Gabriel nunca acreditou que eu fosse capaz de fazer algo "fora do script". — Eu vou casar novamente. — A frase soou mais pesada do que eu imaginava. Talvez por ser a terceira vez,e que dessa vez não fosse tão simples quanto as anteriores. Houve um silêncio do outro lado. Não era o silêncio
Alana Miller Olhei-me no espelho pela milésima vez. O vestido branco que cobria meu corpo parecia mais uma prisão do que um símbolo de pureza. A renda, as pérolas, o véu… nada disso me faz sentir como uma noiva sonhada. Era como se fosse cada centímetro do tecido, o peso de uma decisão que não ficou mais pesada. O reflexo que eu via não era o meu, mas o de alguém que havia sido comprado. Fechei os olhos, tentando ignorar o aperto no peito, mas ele só aumentou. Meu pai sempre disse que o dinheiro era a solução para todos os problemas. Quando ele me contou sobre o acordo com Anthony Ferraz, ainda não consegui entender completamente. A dívida dele com o homem mais rico da cidade, que sempre me pareceu intocável, fora finalmente salgado, mas não de uma maneira qualquer. Ele me deu como garantia. Me deu como moeda de troca. "Alana, isso é uma oportunidade, filha. O Ferraz pagou as dívidas, e agora ele quer você. Você tem que fazer isso. Isso é o melhor para todos nós", meu pai falou co
Alana Miller...A festa não passa de um borrão, as pessoas, vem me cumprimentar e minha vontade é sair correndo, porém, meu carrasco já está sob minha posse.— Alana, vamos já está na hora de viajarmos. — Ele fala ao meu ouvido.— Para onde vamos — pergunto.— Nossa lua de mel.Escutar isso me causou arrepios, nesta viagem iria acontecer algo que não teria mais volta. Entregaria minha virgindade que guardei por tanto tempo para uma pessoa especial, para esse velho asqueroso que me comprou como um objeto. Claro! Aqui está a continuação do capítulo:Eu queria gritar, mas minha voz parecia presa na garganta. O peso do momento me esmagava. As palavras "lua de mel" saíram de seus lábios como uma sentença. Ele não era meu marido; era meu carcereiro, meu algoz.Senti sua mão áspera em meu braço, guiando-me como se eu fosse uma criança desobediente. O calor das luzes da festa contrastava com o frio que me percorria por dentro. Meus passos eram pesados, como se cada um me levasse para um abis
Alana Miller Ferraz...Por mais que tentasse resistir, o Anthony era mais forte e mais astuto que eu, num momento de deslise ele chegou por trás e me desarmou.— Agora você não me escapa. — Ele fala me jogando na cama e deixando em pedaços o vestido que me cobria. — Você é minha Alana, e agora vai me pertencer por inteiro.Meu corpo inteiro se arrepiava como se repelisse tudo que estava por vir e já destruída, apenas fechei os olhos me deixando levar por esse momento infernal. A cada investida dele era como se uma parte de mim fosse arrancada.Após satisfeito ele se levantou, seguiu até o banheiro, e quando saiu de lá já arrumado me olha e fala:— Aqui está dinheiro o suficiente para você comprar algo para comer, o restaurante do hotel já está fechado, mas lá fora tem algumas lanchonetes. Vou sair, não me espere, irei em busca de alguém que me satisfaça, já que minha querida esposa só sabe reclamar.Esperei ele sair, e desmoronei no choro, me arrastei até o banheiro, tinha que tirar o