Ottanta­cinque

Sua respiração afobada fazia seu peito estufar-se demasiadamente, enquanto a mão trêmula tentava traçar o delineador nos olhos esverdeados de Karla o mais perfeitamente possível. Victoria teria recebido a péssima função de Martha para que ficasse responsável em ajudar todas as meninas, que em sua maioria, não tinham habilidade alguma para se arrumarem de maneira mais sofisticada.

Percebendo o seu jeito contido e elegante, Martha viu seus olhos brilharem ao pensar que teria alguém que pudesse dividir suas funções, já que, como ela dizia, se sentia muito atarefada com seu “trabalho”.

Sem escolha, só restava para Victoria sorrir e concordar com tudo que a mulher dizia. Era quase cômico ver como ela reclamava do seu trabalho como se fosse apenas mais um trabalho comum, ignorando completamente todas as diferenças que constituíam sua função de um simples gerenciamento para uma empresa.

Parecia que algumas pessoas viviam em uma realidade paralela de tão absurdo que eram alguns comentários so
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