''O amor é o mais doce veneno que alimenta o coração com ilusões obscuras, tornando se feridas constantes para a pobre alma.''
Charlotte Sanchéz. Estava deitada em minha cama, mas não estava conseguindo dormir. Olhei para o relógio do meu celular que marcava onze horas da noite, então resolvi ir até a sala de TV, já que eu sabia que não teria nenhum aluno naquelas horas. Me retirei do quarto e desci para a sala. Assim que cheguei, entre na mesma e me sentei no sofá, colocando em um filme de terror para assistir. Algum tempo depois, Leon se aproximou silenciosamente por traz e me cutucou, dando-me um susto. — Que susto! — Desculpa, não queria ter assustado você — riu Leon. — Tudo bem — sorri. — Achei que já estava dormindo, não está com sono? Já são onze da noite. — Eu não estava conseguindo dormir, então pensei em vir assistir um filme e você? — Não também — Leon sentou ao meu lado. — Que bom que nenhum coordenador nos mandou ir dormir. — Fico feliz por isso e surpresa também, onde será que eles estão? — Não faço ideia, mas é um milagre não vê-lo por aqui. — Verdade. — O que está assistindo? — Sobrenatural, já assistiu? — Já, amo esse filme! Posso ficar aqui e assistir com você? — É claro, fique à vontade. Leon e eu estávamos assistindo o filme e confesso que sua presença me deixou desconfortável, e isso fez com que eu me desconcentrasse do filme. Algum tempo depois, notei que Leon novamente começou a se aproximar, deixando-me ainda mais desconfortável, então decidi voltar para o quarto. — Bom, eu vou subir agora — me levantei. — Agora? Já está com sono? — Sim, preciso ir dormir. — Tudo bem, vou lhe acompanhar. Desliguei a televisão e Leon e eu subimos as escadas, seguindo para o meu quarto. — Está gostando de dormir sozinha no quarto? Você é a única que está tendo esse privilégio agora. — É bom, mas ainda queria que a Francinny estivesse aqui. — Entendo, tem falado com ela? — Sim, por mensagem, ela me mostrou o hotel no qual ela está e as coisas que ela tem feito. — Ela deve estar muito feliz. — E está, fico feliz por ela. — Você já pensou em trabalhar como modelo? — Já me chamaram, mas eu não tive interesse, não quero trabalhar com isso. — Entendo, mas você seria um ótimo modelo. — Você acha? — É claro, você é alto e uma pessoa com muita beleza. — Obrigado, também acho que você daria uma ótima modelo, você é linda! — Obrigada — sorri timidamente Assim que chegamos ao meu quarto, me despedi novamente de Leon e entrei, deitando-me na cama. Leon Fleury. Eu estava feliz por ter passado esse pequeno tempo com a Charlotte, é claro que senti seu desconforto com a minha presença e isso acabou me chateando um pouco, mas assim que eu a ouvi me elogiando, eu havia ficado contente. Eu não sabia se esse desconforto que a Charlotte sentia com a minha presença era sua timidez, ou ela só não se sentia confortável ao meu lado, mas com seu elogio, poderia ser a primeira opção. Charlotte Sanchéz. Na manhã seguinte, me levantei e segui para o chuveiro. Assim que terminei, saí do banheiro e vesti meu uniforme. Me retirei do quarto e desci as escadas, seguindo em direção ao refeitório, para o cafe da manhã. Assim que cheguei, peguei uma bandeja com os alimentos e sentei à mesa, onde Thierry estava. — Olá Charlotte, tudo bem? — sorriu. — Oi Thierry, tudo e contigo? — respondi com um leve sorriso. — Estou bem, preparada para a aula de educação física hoje? — Não muito, ouvi dizer que a professora deixa todos "acabados". — E essa pessoa está certa, porque infelizmente é verdade. — Então espero ter descansado suficiente para isso. — Eu também. Leon Fleury. Horas antes. Assim que Charlotte pegou no sono, entrei em seu quarto e fiquei a olhando, admirando-a dormir e ela parecia um anjo. A deixei dormindo e me retirei de seu dormitório, voltando para o meu. Na manhã seguinte, havia acordado ainda contente, por ter ouvido a Charlotte me elogiando. Assim que terminei de me arrumar, saí do quarto e desci as escadas, caminhando até o refeitório. Assim que entrei, me deparei com a Charlotte conversando com Thierry e aquele contentamento que eu estava sentindo, havia virado em aborrecimento. Peguei o pote com a salada de frutas e me aproximei de ambos, sentando-me ao lado de Charlotte. — Bom dia Charlotte — sorri. — Bom dia Leon. — Oi Leon — Thierry me cumprimentou com um leve sorriso. — Oi Thierry, sobre o que estão conversando? — Nós estávamos conversando sobre a aula de educação física. — Ah, sim... como eu disse antes, espero que tenha unido muita energia para essa aula. — Eu espero ter unido — respondeu Charlotte. Enquanto conversávamos, percebi o descontentamento e o desconforto de Thierry, ele não estava gostando da minha presença. Assim que Terminamos de comer, nos levantamos e seguimos para a aula de educação física. Charlotte Sanchéz. Ao chegarmos no campo, Thierry e Leon entraram no vestiário masculino, enquanto eu entrei no feminino. Assim que terminei de vestir o uniforme para a aula, saí do vestiário e avistei Polo no campo, aproximando-me dele em seguida. — Onde estava? Não o vi no refeitório. — Eu havia acordado cedo hoje, então eu peguei alguns bolinhos e voltei para o quarto. — Por que não quis comer no refeitório? — Não queria ficar sozinho e você ainda não havia descido. — Bom, agora estou aqui e ficaremos juntos. — Fico feliz por isso. A professora havia passado o exercício para corrermos na pista de corrida. Assim que a professora apitou, nós começamos a correr. — Espera, preciso respirar um pouco — disse Polo ofegante. — Tudo bem, se quiser podemos ir andando rapidamente. — Prefiro só irmos andando. — Claro — ri levemente. — Você não fica com as amigas da Francinny? — Não muito, ainda não criei uma proximidade com elas. — Entendo... e quem são aqueles dois com quem você conversa. — É o Leon e o Thierry, eles são legais, mas o Leon está querendo algo a amais comigo. — E você não quer? — Não, não quero me envolver com ninguém. — Entendo. Assim que a aula terminou, saímos da quadra e retornamos para os nossos dormitórios. Ao chegar no quarto, peguei a toalha e segui para o chuveiro. Assim que terminei, saí do banheiro e me direcionei para a cama. Estava a arrumando, quando ouvi alguém bater na porta. Caminhei até a mesma e a abri. — Oi Leon, precisa de algo? — Não, eu só vi avisá-la sobre a festa que irão dar amanhã no salão, será à fantasia. — Tudo bem, obrigada por me avisar. A diretora deixou? — Sim, já que amanhã é sexta e logo depois estaremos indo para casa. — Ah, sim, entendi. — Você vai? — Claro. — Ótimo! Enfim, nos vemos por aí. — Tudo bem, até mais. Assim que Leon se afastou, fechei a porta e deitei em minha cama. Estava feliz pela diretora ter deixado dar uma terceira festa, principalmente por ser uma festa à fantasia, isso havia me animado."Quando a noite estiver mais obscura é porque já vai sair o sol."Charlotte Sanchéz. Na manhã seguinte, havia despertado animada pela festa que fariam hoje e estava mais animada em saber que seria à fantasia. Assim que terminei de me arrumar, saí do quarto e desci as escadas, seguindo para o refeitório. Ao chegar, peguei a bandeja com meu café da manhã e caminhei até a mesa onde Polo estava, sentando-me em seguia. — Bom dia — cumprimentei animada. — Bom dia, gostei da animação. — Hoje farão uma festa à fantasia e será a primeira festa à fantasia que eu irei. — Então vamo aproveitar muito. — Com certeza nós vamos! — Esse era o entusiasmo que eu queria ver de você. — Então aproveite, porque talvez não dure muito — sorri. — E eu irei aproveitar. Ao terminarmos de comer, saímos do refeitório e seguimos para a classe. Ao chegarmos, fomos nos sentar. Assim que o professor de biologia entrou na classe, o mesmo arrumou sua mesa e em seguida prosseguiu: — Bom dia a todos, ho
"Quando a noite estiver mais obscura é porque já vai sair o sol."Charlotte Sanchéz.Na manhã seguinte, eu havia acordado cansada e com muita dor ainda nas minhas partes íntimas. Eu não tinha conseguido dormir, a cada vez que eu cochilava, eu acordava assustada, com medo do Leon entrar no meu dormitório. Levantei-me e me sentei com dificuldades. Peguei minha toalha e segui para o chuveiro. Assim que entrei, comecei a chorar, enquanto limpava o sangue seco da noite passada que estava nas minhas cochas e pernas. Eu estava angustiada e amedrontada. Eu sentia medo de reencontrar com Leon e mais medo ainda dele entrar no quarto. Assim que saí do banheiro, vesti rapidamente uma roupa. Havia colocado uma calça solta e um moletom, ambas pretas.Arrumei minha mala e suspirei fundo, tentando juntar coragem para sair do quarto. Assim que estava andando até a porta, Leon a abriu, fechando-a em seguida e caminhando até mim. Ao vê-lo entrar, meus olhos rapidamente se encheram de lágrimas. Comecei
"Por você destruiria todas as barreiras das profundesas mais obscuras, em busca da imortalidade, para apenas te amar por toda eternidade."Charlotte Sanchéz. Na manhã seguinte, havia acordado um pouco melhor, eu tinha conseguido dormir e eu havia descansado. Levantei-me e segui para o banheiro. Assim que terminei de fazer minha higiene matinal, saí do mesmo e me troquei. Em seguida, desci as escadas, caminhando até a cozinha. Ao chegar, me sentei à mesa e comecei a preparar meu café. — Bom dia, dormiu melhor? — indagou minha mãe. — Consegui sim, acordei mais descansada. — Fico feliz que tenha descansado. — Eu também, mas infelizmente hoje é o último dia. — A, meu bem, não precisa ficar tristonha, o Polo está lá agora, uma boa coisa. — Sim, é uma boa... Algum tempo mais tarde, Polo veio me visitar. Ele entrou em casa e subimos para o meu quarto. Ao entrarmos, sentamos na cama. — Como você está? — perguntou Polo. — Estou bem e você? — Bem também. Eu tentei te encon
"Todos temos algo a esconder... Algo obscuro dentro de nós, que não queremos que o mundo veja. Então fingimos que está tudo bem..."Charlotte Sánchez. Queria muito que aquele inferno passasse, mas quando mais torcia para acabar, parecia que mais continuava. Só queria saber o por que comigo, o que Leon viu em mim que o fez se apaixonar tanto. Eu estava cansada e esgotada com tudo aquilo, e cada vez mais aumentava essa obsessão do Leon por mim. Saí do meu quarto e segui para a biblioteca. Assim que cheguei, me aproximei de Thierry e sentei a sua frente. Eu sabia que se o Leon me visse conversando com o Thierry, ele se irritaria, mas Thierry era meu amigo e não queria obedecer as ordens de Leon, muito menos queria que ele achasse que tinha algum poder sobre mim. — Oi Thierry, como você está? — Oi Charlotte, estou bem e você, como vai? — Estou bem — forcei um sorriso. — Sério? Você parece cansada. — Estou um pouco, não consegui dormir muito bem. — Entendo... sabe, o Leon veio co
Eu te amo, te amo muito, mais a cada dia você afoga todo o meu amor em um lago sombrio e escuro.Charlotte Sanchéz.Na manhã seguinte, eu havia acordado um pouco "animada", pois eu ficaria uma semana em casa e não precisaria rever o Leon. Mas eu estava preocupada com o que o Leon havia dito, sobre eu "nem pensar que nós não nos veríamos". Assim que já havia arrumado minha mala, desci as escadas e segui para o pátio. Eu estava torcendo para não ver o Thierry e nem que ele viesse se despedir de mim, eu não queria correr o risco do Leon nos ver e depois me machucar, ou machucar o Thierry. Mas infelizmente, o Thierry havia me visto e caminhado até mim, mas para a minha tranquilidade, Leon ainda não havia descido para o pátio.Estava me despedindo do Thierry, quando Polo se aproximou. - Vou sentir saudade loirinha - disse Polo desanimado.- Eu também, mas nós podemos nos ver - sorri levemente.- Sim, nós podemos - me abraçou.- Enfim, até mais.O táxi que me levaria para casa havia chega
Sinto saudades do passado quando eu sorria por estar feliz. Charlotte Sanchéz. Eu estava desesperada, como Leon podia saber que eu estava lá? Talvez ele tenha colocado algum rastreador nas minhas roupas, calçados ou até mesmo no celular. — Oi, desculpa a demora, meus pais vieram conversar comigo. — Sem problemas — respondi em voz baixa, olhando para baixo. — Você está bem? Parece que você tem chorado. — Não, está tudo bem — forcei um sorriso. — O que foi Charlotte? Você parece preocupada... o que está acontecendo? você sabe que pode falar comigo, não sabe? — Sim, eu sei. — Então me fala, o que está havendo? Não consegui manter as lágrimas, então comecei a chorar. Francinny pegou a cadeira e sentou ao meu lado. — Me diz, o que houve? — colocou suas mãos em cima das minhas. — Não é nada — sequei as lágrimas. — Charlotte me fala, está no seu rosto que não está nada bem. — Nada, é que... eu estou bem e sobre o choro, é porque você não voltará para a escola. — Eu irei envia
A infância é medida por sons , aromas e visões antes de surgir a hora sombria da razão" Charlotte Sanchéz. Agora minha família e eu estávamos na porta da casa da família Fleury, aguardando alguém nos atender. Eu estava nervosa e soando frio, e as minhas mãos estavam geladas. Algum tempo depois, a Sra.Fleury nos atendeu. — Podem entrar — sorriu a Sra.Fleury, dando passagem para que pudéssemos entrar. — Boa noite pessoal — exclamou o pai do Leon. Nós os cumprimentamos e fomos nos sentar à mesa. — E então, como vão as coisas? o trabalho... — Indagou o Sr.Fleury. — Está indo tudo bem e aqui, como está indo? — perguntou meu pai. — Aqui também está indo bem — respondeu a Sra.Fleury. — E vocês, são próximos como amigos? — comentou Louis. — Sim, nós somos Louis — respondeu Leon. — Leon, por que não mostra a casa para a Charlotte? — sugeriu a Sra.Fleury. — Tudo bem. Vem Charlotte... Assim que ouvi a Sra.Fleury sugerir para que o Leon me mostrasse a casa, mais amedrontada fiquei.
Os mais fortes são os que tem as maiores e mais obscuras fraquezas. Charlotte Sanchéz. Estava sentada com a minha mãe no sofá, revendo as nossas fotos antigas. Ainda podia ver a alegria que eu tinha nos olhos, queria poder ter uma máquina do tempo e voltar do zero. Estávamos rindo e conversando, quando de repente, a minha mãe me disse algo que fez meu semblante mudar por completo. — Então filha, estava pensando em convidar a família Fleury para virem jantar aqui. — Ah, tudo bem. Quando irá convidá-los. — Amanhã, já conversei com eles e concordaram. — Mas amanhã eu combinei de sair com o Polo, nós iríamos ao cinema. — Poxa, não dá para vocês irem em outro dia? — Não, porque amanhã os ingressos são mais baratos. — Tudo bem, Charlotte. Ele vem te buscar? — Sim, às sete da noite. — Mas quero você de volta cedo! — Tudo bem mãe. Algum tempo depois, subi para o quarto. Em seguida, liguei para o Thierry. — Alô? — Polo? — Oi, Charlotte, como posso lhe ajudar? — Então, eu