"Olhos obscuros te observam"Charlotte Sanchéz. Assim que Leon subiu para o seu quarto, decidi ir ao jardim. Me retirei da sala e segui ao local. Ao chegar, sentei-me num tronco e comecei a reler o poema. Às vezes eu pensava em como seria a minha vida se meus pais não tivessem me colocado no internato. Talvez teria sido bom, mas minha mãe teria reencontrado a Sr.Fleury e nós teríamos jantado em sua casa, e provavelmente, eu teria conhecido Leon... talvez não eu pudesse mudar o futuro. Leon Fleury. Após eu entrar em meu quarto, deitei-me na cama e reli o poema. O poema fazia-me pensar na Charlotte e cada vez que eu pensava nela, eu me sentia bem. Levantei-me e me retirei do quarto, seguindo para o dormitório da Charlotte. Queria lhe fazer companhia e revê-la. Assim que cheguei ao quarto, bati na porta, mas Charlotte não atendeu-me. Bati novamente, mas sem sucesso. Em seguida, abri a porta e não a vi. Saí de seu quarto zangado em sua busca. Rapidamente desci as escadas, tentand
"A vida é em muitas vezes obscura mas, os olhos de Deus (estrelas) nos fazem todos os dias lembrar que existem pessoas maravilhosas que estão esperando somente a oportunidade de nos fazer feliz."Thierry Bonnet. Estava na biblioteca, mas não consegui me concentrar no livro, a minha mente sempre voltava na Charlotte. Eu sentia falta dela, mas com o ciúmes do Leon, ficava complicado conversar com ela. Amanhã, sábado, seria o aniversário da Charlotte, ela completaria dezessete anos. Eu queria surpreendê-la com um presente, mas infelizmente, eu não a conhecia tão bem. Leon Fleury. Eu estava no quarto, deitado e repentinamente, lembrei-me do aniversário de Charlotte. Eu precisava pensar em um presente para dar a ela, algo especial que a fizesse gostar. Charlotte Sanchéz. Eu havia retornado ao jardim. Deitei-me no gramado e olhei para o céu, refletindo sobre as coisas. Algum tempo depois, eu havia lembrado do meu aniversário. Amanhã eu estaria completando dezessete anos e eu tinha
Não acho que vou suportarA cada drama um pedaço de mim morreComo um tipo de sádicoEu acho que ele gosta de ver a dor nos meus olhos...Ele me beijou e prometeu que eu ficaria bemNós dois sabemos que isso é mentiraQuanto mais eu fico com ele, menos eu fico viva...Charlotte Sanchéz. Assim que consegui soltar minhas mãos, o empurrei. — Você está louco? — meus olhos marejaram. — Eu louco? Por você sempre. — Me deixe em paz! Como pode não se importar pelo o que está fazendo comigo? — Acredite, eu me importo e muito. Sei que estou te machucando em tudo o que faço, mas como eu disse, tenho muito mais medo de perder você e não consigo ter controle ao seu lado! — Se você se importasse de verdade, não estaria fazendo isso comigo. — EU ME IMPORTO... eu me importo e muito! Você que não consegue me dar uma chance. Queria me esquivar de Leon, mas ele estava muito perto e eu estava com medo dele me puxar novamente. Me afastei de Leon e retornei para mesa. Me aproximei da minha mãe e se
"Ei, seja qual for o motivo que esteja te entristecendo, lembre-se: nada é pra sempre. Tudo passa. E amanhã é um novo dia." Charlotte Sanchéz. Entrei em casa e os cumprimentei, olhei para Dylan e Christian, que ainda estavam na porta, mas ambos não se sentiram à vontade em ficar e acabaram indo embora. Caminhei até minha mãe e a puxei para um canto. — Mãe, por que eles estão aqui? — indaguei em tom baixo. — Eles vieram falar sobre os negócios da empresa e Leon veio junto. — Entendi... enfim, vou para o meu quarto. Subi as escadas e segui para o quarto. Entrei e fechei a porta, deitando-me na cama. Eu estava cansada, ficava me perguntando do porquê a minha mãe teve que trabalhar para a família Fleury. A única coisa que fazia bem, era o bom salário que meus pais ganhavam. Era horrível ter que ver o Leon em minha casa e o que mais me preocupava, era pensar que ele poderia começar a frequentar minha casa com sua família.
“Mas não deixe que isso o prenda. Não sente aqui e espere. Pegue sua vida e vá vivê-la.” Depois que Leon e sua família foram embora, me sentei ao lado da minha mãe. — Eles vão vir sempre aqui? — Não, mas de vez em quando sim, temos muitos assuntos sobre o trabalho e coisas a resolver. — Entendi. — Por que? Não gosta que eles venham aqui? — Não é isso, só queria saber mesmo. — Charlotte, antes de você ir, eu e seu pai precisamos lhe contar algo. — Tudo bem, podem falar. — Então... eu estou grávida — sorriu. — O que? — indaguei surpresa. — Ainda não sabemos o sexo do bebê. — Como... — suspirei — Vocês têm certeza? — Então, eu estava tendo muitos enjoos e tonturas, então resolvi comprar o teste e deu positivo. — Não acredito, estou tão feliz por vocês — sorri animada. — Fico feliz por você estar contente. — Bom, mãe, preciso subir, tenho algumas atividades da escola para terminar. — Claro, vai lá. Subi as escad
"Temos que sobreviver à vida."Charlotte Sanchéz. Sentei-me no tronco que havia no jardim e comecei a pensar um pouco. Tentei espairecer, mas minha mente sempre voltava para a minha mãe. Eu sentia medo, mas ao mesmo tempo estava tranquila, porque se minha mãe não temia isso, por que eu ficaria com medo? Talvez eu estivesse exagerando. Levantei-me e entrei no colégio, seguindo para a biblioteca. Assim que entrei, sentei-me à mesa, começando a ler. Algum tempo mais tarde, Leon se aproximou e sentou ao meu lado. — Oi, Charlotte, nós não conversamos hoje. — Tanto faz — respondi indiferente, mantendo minha atenção no livro. — Estou falando com você! — E eu estou ouvindo! Leon pegou o livro da minha mão e o fechou, colocando-o ao seu lado na cadeira. — Devolve meu livro — tentei pegar. Ele pegou em meu pulso e me empurrou de volta para o lugar. — Eu devolvo, mas antes fale comigo! — sorriu. — O que você quer falar? — Só quero conversar
“Eu vou ficar bem. Só preciso de tempo para ficar triste.”Charlotte Sanchéz. Me levantei da cama e caminhei em direção a porta. Abri e segui até a classe. Entrei e me sentei ao lado da Francinny. — Boa tarde turma, hoje formarei duplas. Vocês formarão uma arte, e nesta arte, irão precisar de palitos, tintas, jornais, tecidos e folhas. — E para que é tudo isso? — perguntou Bobby. — Vocês irão fazer uma casa, qualquer tipo de casa que vocês decidirem fazer, tudo bem? — Mas onde nós iremos arrumar tudo isso? — exclamou Lígia. — Tem uma sala de materiais, alí irão encontrar tecidos e jornais, mas os palitos vocês podem pedir para os seus pais trazerem. — E você irá escolher as duplas? — Isso, então vamos começar. Francinny fica com Bobby, Thierry e Camilli, Dylan e Adeline, Charlotte e Leon, Lilly e Jade... Assim que ouvi a professora me formar uma dupla com Leon, meu corpo estremeceu e meu coração disparou. Assim que o sinal tocou, esperei os
"Porque nada mais te assusta do que a certeza do fim."Charlotte Mendes. Precisava me acalmar, não sabia como, mas precisava pensar em algo para não ficar aflita. Virei-me e caminhei em direção ao quarto. Entrei e me aproximei do criado-mudo. Peguei meu celular e liguei para minha mãe. — Oi, querida. — Oi, mãe. — Está tudo bem? — Está sim e você? — Estou bem, mas tenho certeza que você não ligou só para isso, certo? Suspirei fundo, tentando conter as lágrimas. — Sim, é que… estou preocupa, você está grávida e com sua idade é perigoso ter filhos, principalmente se você tiver problema de pressão alta. — Calma, Charlotte, respira fundo. Sim é perigoso, mas antes eu consultei um médico e ele avisou que minha saúde está boa e pode ser que não aconteça nada no parto. — Pode ser? — Foi apenas modo de falar. — Certeza? — Certeza! Pode ficar despreocupada. — Tudo bem. Mãe, você ou o papai poderiam me trazer palitos? — Claro, mas para