Não acho que vou suportarA cada drama um pedaço de mim morreComo um tipo de sádicoEu acho que ele gosta de ver a dor nos meus olhos...Ele me beijou e prometeu que eu ficaria bemNós dois sabemos que isso é mentiraQuanto mais eu fico com ele, menos eu fico viva...Charlotte Sanchéz. Assim que consegui soltar minhas mãos, o empurrei. — Você está louco? — meus olhos marejaram. — Eu louco? Por você sempre. — Me deixe em paz! Como pode não se importar pelo o que está fazendo comigo? — Acredite, eu me importo e muito. Sei que estou te machucando em tudo o que faço, mas como eu disse, tenho muito mais medo de perder você e não consigo ter controle ao seu lado! — Se você se importasse de verdade, não estaria fazendo isso comigo. — EU ME IMPORTO... eu me importo e muito! Você que não consegue me dar uma chance. Queria me esquivar de Leon, mas ele estava muito perto e eu estava com medo dele me puxar novamente. Me afastei de Leon e retornei para mesa. Me aproximei da minha mãe e se
"Ei, seja qual for o motivo que esteja te entristecendo, lembre-se: nada é pra sempre. Tudo passa. E amanhã é um novo dia." Charlotte Sanchéz. Entrei em casa e os cumprimentei, olhei para Dylan e Christian, que ainda estavam na porta, mas ambos não se sentiram à vontade em ficar e acabaram indo embora. Caminhei até minha mãe e a puxei para um canto. — Mãe, por que eles estão aqui? — indaguei em tom baixo. — Eles vieram falar sobre os negócios da empresa e Leon veio junto. — Entendi... enfim, vou para o meu quarto. Subi as escadas e segui para o quarto. Entrei e fechei a porta, deitando-me na cama. Eu estava cansada, ficava me perguntando do porquê a minha mãe teve que trabalhar para a família Fleury. A única coisa que fazia bem, era o bom salário que meus pais ganhavam. Era horrível ter que ver o Leon em minha casa e o que mais me preocupava, era pensar que ele poderia começar a frequentar minha casa com sua família.
“Mas não deixe que isso o prenda. Não sente aqui e espere. Pegue sua vida e vá vivê-la.” Depois que Leon e sua família foram embora, me sentei ao lado da minha mãe. — Eles vão vir sempre aqui? — Não, mas de vez em quando sim, temos muitos assuntos sobre o trabalho e coisas a resolver. — Entendi. — Por que? Não gosta que eles venham aqui? — Não é isso, só queria saber mesmo. — Charlotte, antes de você ir, eu e seu pai precisamos lhe contar algo. — Tudo bem, podem falar. — Então... eu estou grávida — sorriu. — O que? — indaguei surpresa. — Ainda não sabemos o sexo do bebê. — Como... — suspirei — Vocês têm certeza? — Então, eu estava tendo muitos enjoos e tonturas, então resolvi comprar o teste e deu positivo. — Não acredito, estou tão feliz por vocês — sorri animada. — Fico feliz por você estar contente. — Bom, mãe, preciso subir, tenho algumas atividades da escola para terminar. — Claro, vai lá. Subi as escad
"Temos que sobreviver à vida."Charlotte Sanchéz. Sentei-me no tronco que havia no jardim e comecei a pensar um pouco. Tentei espairecer, mas minha mente sempre voltava para a minha mãe. Eu sentia medo, mas ao mesmo tempo estava tranquila, porque se minha mãe não temia isso, por que eu ficaria com medo? Talvez eu estivesse exagerando. Levantei-me e entrei no colégio, seguindo para a biblioteca. Assim que entrei, sentei-me à mesa, começando a ler. Algum tempo mais tarde, Leon se aproximou e sentou ao meu lado. — Oi, Charlotte, nós não conversamos hoje. — Tanto faz — respondi indiferente, mantendo minha atenção no livro. — Estou falando com você! — E eu estou ouvindo! Leon pegou o livro da minha mão e o fechou, colocando-o ao seu lado na cadeira. — Devolve meu livro — tentei pegar. Ele pegou em meu pulso e me empurrou de volta para o lugar. — Eu devolvo, mas antes fale comigo! — sorriu. — O que você quer falar? — Só quero conversar
“Eu vou ficar bem. Só preciso de tempo para ficar triste.”Charlotte Sanchéz. Me levantei da cama e caminhei em direção a porta. Abri e segui até a classe. Entrei e me sentei ao lado da Francinny. — Boa tarde turma, hoje formarei duplas. Vocês formarão uma arte, e nesta arte, irão precisar de palitos, tintas, jornais, tecidos e folhas. — E para que é tudo isso? — perguntou Bobby. — Vocês irão fazer uma casa, qualquer tipo de casa que vocês decidirem fazer, tudo bem? — Mas onde nós iremos arrumar tudo isso? — exclamou Lígia. — Tem uma sala de materiais, alí irão encontrar tecidos e jornais, mas os palitos vocês podem pedir para os seus pais trazerem. — E você irá escolher as duplas? — Isso, então vamos começar. Francinny fica com Bobby, Thierry e Camilli, Dylan e Adeline, Charlotte e Leon, Lilly e Jade... Assim que ouvi a professora me formar uma dupla com Leon, meu corpo estremeceu e meu coração disparou. Assim que o sinal tocou, esperei os
"Porque nada mais te assusta do que a certeza do fim."Charlotte Mendes. Precisava me acalmar, não sabia como, mas precisava pensar em algo para não ficar aflita. Virei-me e caminhei em direção ao quarto. Entrei e me aproximei do criado-mudo. Peguei meu celular e liguei para minha mãe. — Oi, querida. — Oi, mãe. — Está tudo bem? — Está sim e você? — Estou bem, mas tenho certeza que você não ligou só para isso, certo? Suspirei fundo, tentando conter as lágrimas. — Sim, é que… estou preocupa, você está grávida e com sua idade é perigoso ter filhos, principalmente se você tiver problema de pressão alta. — Calma, Charlotte, respira fundo. Sim é perigoso, mas antes eu consultei um médico e ele avisou que minha saúde está boa e pode ser que não aconteça nada no parto. — Pode ser? — Foi apenas modo de falar. — Certeza? — Certeza! Pode ficar despreocupada. — Tudo bem. Mãe, você ou o papai poderiam me trazer palitos? — Claro, mas para
“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” Charlotte Sanchéz. Fazia um mês que minha família e eu viemos morar em Paris, para termos uma vida melhor. Meu irmão é maior de idade, sou a caçula de dezesseis anos. Meus pais estão desempregados, tentando arrumar um emprego para poder pagar o aluguel do sobrado. Meus pais decidiram me colocar em um internato para jovens de quatorze a dezoito anos. Eu não sabia bem o por que, mas eles me disseram que era para eu aprender melhor o francês e a educação de lá, assim seria mais fácil para ambos encontrarem um emprego e não se preocuparem comigo. Eu estava nervosa, afinal, eu iria para o internato na manhã seguinte e a única pessoa que eu conhecia, era a minha prima Francinny. A Francinny veio morar aqui desde os doze anos, mas nunca deixamos de nos falar. Ela dizia que o internato era bom, haviam várias pessoas simpáticas e agradáveis, e isso fez com que eu me tranquilizasse um pouco. Na manhã seguinte, havia leva
"Nossos pensamentos são as sombras de nossos sentimentos, sempre mais obscuros, mais vazios, mais simples que estes." Charlotte Sanchéz. Na manhã seguinte, havia acordado com a Francinny me chacoalhando levemente. Levantei-me sonolenta e bocejando. — O que foi? — perguntei incômoda. — Está atrasada, está na hora de levantar. — Odeio aula! — Eu também, mas não podemos faltar. Ao terminarmos de nos vestir, nos retiramos do dormitório e seguimos para o refeitório, para tomarmos nosso café da manhã. Algum tempo depois, saímos do refeitório e caminhamos em direção à classe. Entramos e nos sentamos. Ao terminar a aula, nos retiramos da classe e seguimos novamente para o refeitório, para o almoço. Entrei na mesma e peguei uma bandeja com alimentos, sentando-me à mesa com Thierry. — Bom dia Thierry — o cumprimentei com um leve sorriso. — Bom dia — sorriu. — O que está fazendo aí? — Terminando um desenho — sorriu. — Posso ver? — Assim que eu terminar eu te mostro. — Será que