Capítulo XV

— Quer alguma coisa para beber? — perguntei quando abri a porta dando passagem para ele.

Durante toda a viagem eu deixei que meus pensamentos viajassem em direção ao que aconteceria quando chegássemos aqui. Perdi a conta de quantas vezes apertei minhas pernas, uma contra a outra, na tentativa de conter o fogo entre elas.

Ele sacudiu a cabeça negando minha oferta e me olhando como um predador encara sua presa antes de dar o bote.

Guilherme semicerrou os olhos e se aproximou, com passos lentos, até estar diante de mim, então envolveu meu rosto segurando-o com as duas mãos. Ele se abaixou até que seus lábios estivessem no mesmo nível que os meus, sua respiração quente batia contra a minha e eu cheguei a pensar que ele me manteria ali presa em sua áurea de sedução, até que devagar seus lábios tocaram os meus, com movimentos leves ele me seduziu assim como tinha feito no bar.

Ouvi o barulho longe das chaves caindo no chão, seguido da bolsa encontrando o piso frio, mas não me importei tud
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