Nossos corpos estavam exaustos, suados e fundidos. Não nos demos o trabalho nem mesmo de se afastar, Guilherme continuou dentro de mim, apenas nos virou de lado.— Como você me achou aqui? — foi a primeira coisa que escapou dos meus lábios.— Eu sabia que você estaria em um lugar onde se sentisse segura, iria procurar estar perto do seu irmão. — ele murmurou me conhecendo tão bem. — Eu te amo Emma, e nada vai mudar isso. — suas últimas palavras fizeram um reboliço dentro de mim.Eu não me cansaria de ouvir aquilo de sua boca nunca.— Eu também te amo. — corri meus dedos em suas costas, traçando um caminho invisível pela pele suada. — Você não tem ideia do quanto esperei que me falasse essas palavras novamente.Deixei que seus lábios descessem sobre os meus de forma firme e sedenta, do mesmo jeito que eu me sentia, enquanto isso seus braços me puxavam mais para si me mantendo apertada contra seu corpo.— Eu senti tanto sua falta. — Guilherme murmurou entre um beijo e outro.Eu estava f
Eu viajei no dia seguinte, mesmo com o coração apertado por deixar Guilherme para trás e por não falar com meus pais.Era o melhor a se fazer, mais cedo ou mais tarde eu teria que encará-los, ass como eles iriam ter que aceitar minha decisão.Eu estava adorando o campeonato, ver Joe e Ian competindo e torcer por eles era maravilhoso. Mas tinha que reclamar que tinha ganhado três fiscais de saúde.Os três não me davam mais paz, eu precisava a todo instante estar comendo, checando minha pressão e Deus me livre, se eu ficasse com cara feia.Era por isso que eu estava sozinha no meu quarto, colocando pra fora tudo o que tinha comido no café da manhã.Ia demorar mais uma semana para o campeonato acabar.Mas ainda estava longe a curtição na ilha, tinha uma infinidade de coisas para fazer e lugares para ver.— Emma! — ouvi a voz de Matheus gritando na porta. — Anda mulher, sai desse banheiro, os meninos já estão na praia!Dei descarga no vaso com pressa e me sentei ali, tentando recuperar mi
Eu voltei no mesmo dia para o Brasil e precisei insistir com todos os meninos e com Guilherme, que eu não precisava de escolta e podia muito bem voltar sozinha. Do contrário Matheus estaria na minha cola, me seguindo até o aeroporto internacional. — Não conseguiu me deixar longe por muito tempo, não é? — murmurei quando cheguei perto de Guilherme. Seu sorriso era contagiante e eu só conseguia pensar o quanto tinha sentido falta disso essas semanas, aquele dia que passamos na praia, depois de fazer as pazes, não tinha sido o suficiente para matar a saudade. — Nem se eu quisesse! — ele me pegou em seu colo quando pulei, suas mãos seguraram meu bumbum no mesmo instante que minhas pernas enrolaram sua cintura. — Senti sua falta, pandinha. Tomei sua boca, o puxando o lábio inferior antes de deslizar minha língua na sua. Seus dedos apertaram minha bunda com mais força e eu me forcei a manter o decoro, quando na verdade só queria arrancar aquelas roupas e me perder com ele. — Também sen
Despertei sentindo beijos em meu pescoço e meu corpo se aconchegou contra o calor do seu.Mas eu não queria abrir os olhos, eu sabia que seria um longo dia, ia precisar encarar o hospital e fazer todos os exames novamente, e por fim enfrentar nossas famílias, contando tudo o que está acontecendo.— Sei que você está acordada, amor. — sua voz rouca soou contra minha pele. — Ficar fingindo não vai ajudar em nada.Antes que eu pudesse reagir ele me virou levando as mãos a minha cintura e me fazendo cócegas. Não consegui segurar a risada que explodiu de mim, enquanto me contorcia tentando escapar dele.— Guilherme... Para... Seu idiota! — falei entre as gargalhadas. — Eu vou te matar!— É assim que eu gosto de te ver, desse jeitinho, sorrindo. — ele disse quando parou, então se sentou sobre seus joelhos ao meu lado e me encarou olho no olho. — Não precisa ficar preocupada, eu vou estar com você o tempo todo.Eu sentia toda a confiança que ele queria me passar e tentei relaxar, Guilherme t
— Emma! — minha mãe gritou da cozinha. — Oi? — corri de volta para a cozinha, que parecia mais uma zona de guerra e não uma cozinha em pleno Natal. — Onde estão as nozes? — Na parte de cima do armário. — respondi abrindo o armário e pegando o pacote para ela. — O que está acontecendo na sala? — Papai e George estão enlouquecendo Caio, perguntando sobre o homem misterioso que entrou na vida dele. — Deus, esses homens não tem mais o que fazer? — Vou resolver isso agora mesmo. — Vovó falou. — Robert você precisa terminar de colocar as luzes no jardim, George vai te ajudar. Caio vá com Guilherme buscar mais gelo. — todos ficaram olhando pra ela, quietos sem entender. — Agora! — em um piscar de olhos aquela sala estava vazia, todos os marmanjos colocados para trabalhar. — A senhora não precisava ter mandado Guilherme e Caio embora também. — Precisava sim, eles tem que fazer algo de útil. — falou voltando pra cozinha e me puxando com ela. — Que horas vai buscar Lise? — Está me ex
"Toda a beleza é alegria que permanece." Jhon keats "Hoje é o aniversário de 25 anos de casamento dos meus pais, então decidi escrever sobre eles aqui no blog. Tudo começou em 1994, na viagem que meu pai fez após sua formatura. Ele conheceu Marta, minha mãe e naquele verão se amaram intensamente. Roberto e Marta se entregaram sem nenhuma cobrança e quando o verão acabou ele voltou para São Paulo e ela seguiu sua vida ali em Santos. No ano seguinte quando ele tratava de negócios com a dona de uma floricultura os dois se reencontraram. Para resumir a história ela havia se mudado e trabalhava lá agora. Chame de sorte, destino ou Deus, o que importa é que uma força no universo conspirava em favor deles. Voltaram a sair e quatro meses juntos decidiram se casar, mesmo que os pais fossem contra um casamento tão rápido eles seguiram em frente. Um mês depois de casados veio à notícia, mamãe estava grávida de mim, Emma. Três anos mais tarde veio meu irmão Cristian. E vinte e cinco ano
O tempo estava como que por um milagre limpo, dificilmente em São Paulo se vê algo assim, mas nunca podia faltar um guarda chuva e uma blusa de frio no kit de sobrevivência paulista. Um dia e três estações, era quase mágico se não fosse trágico. — Bom dia Lise. — cumprimentei Elizabeth, a morena maravilhosa que estava encostada a porta da loja me esperando, com uma cara não muito boa. Elizabeth tinha trabalhado com minha mãe na outra floricultura, até que abrimos mais uma e ela veio me ajudar. Nossa amizade tinha começado aos poucos, mas ela era agora a primeira pessoa que eu contava qualquer coisa e confiava plenamente. Apesar de não ser cem por cento recíproco, já que ela tinha segredos bem guardados — Bom dia Em, como você está? Lembre-me de dar os parabéns aos seus pais. — resmungou me ajudando a levantar a pesada porta da floricultura para começar nosso dia. — Hoje à noite faremos uma festinha, está convidada. — isso era mera formalidade, já que era de praxe todos os amigos
A semana passou rápido a quinta já havia chegado, meus pais já iriam viajar no dia seguinte e eu estava eufórica. Não me lembrava quando tinha sido a última vez que esses dois tinham tirado mais do que apenas um par de dias para ficarem juntos, sem filhos, sem trabalho, sem família. — Eu já falei que não dá amor. — ouvi a voz mansa do meu pai atravessar a porta do quarto enquanto me arrumava para o trabalho. — Então eu não vou! — foi a resposta decisiva e alta de minha mãe. Abri a porta do quarto apenas a tempo de só ouvir seus passos firmes descendo as escadas. — O que foi? — questionei olhando meu pai parado na soleira da porta encarando o caminho que a mulher tinha acabado de fazer. Ele estava com uma cara péssima, o que significava que além da pequena discussão ele estava com problemas na empresa e não tinha colocado para fora. Era sempre assim, uma coisa levava a outra. — Sua mãe não tem jeito, quando ela coloca uma coisa na cabeça é impossível alguém tirar. — ele disse, pa