Eu voltei no mesmo dia para o Brasil e precisei insistir com todos os meninos e com Guilherme, que eu não precisava de escolta e podia muito bem voltar sozinha. Do contrário Matheus estaria na minha cola, me seguindo até o aeroporto internacional. — Não conseguiu me deixar longe por muito tempo, não é? — murmurei quando cheguei perto de Guilherme. Seu sorriso era contagiante e eu só conseguia pensar o quanto tinha sentido falta disso essas semanas, aquele dia que passamos na praia, depois de fazer as pazes, não tinha sido o suficiente para matar a saudade. — Nem se eu quisesse! — ele me pegou em seu colo quando pulei, suas mãos seguraram meu bumbum no mesmo instante que minhas pernas enrolaram sua cintura. — Senti sua falta, pandinha. Tomei sua boca, o puxando o lábio inferior antes de deslizar minha língua na sua. Seus dedos apertaram minha bunda com mais força e eu me forcei a manter o decoro, quando na verdade só queria arrancar aquelas roupas e me perder com ele. — Também sen
Despertei sentindo beijos em meu pescoço e meu corpo se aconchegou contra o calor do seu.Mas eu não queria abrir os olhos, eu sabia que seria um longo dia, ia precisar encarar o hospital e fazer todos os exames novamente, e por fim enfrentar nossas famílias, contando tudo o que está acontecendo.— Sei que você está acordada, amor. — sua voz rouca soou contra minha pele. — Ficar fingindo não vai ajudar em nada.Antes que eu pudesse reagir ele me virou levando as mãos a minha cintura e me fazendo cócegas. Não consegui segurar a risada que explodiu de mim, enquanto me contorcia tentando escapar dele.— Guilherme... Para... Seu idiota! — falei entre as gargalhadas. — Eu vou te matar!— É assim que eu gosto de te ver, desse jeitinho, sorrindo. — ele disse quando parou, então se sentou sobre seus joelhos ao meu lado e me encarou olho no olho. — Não precisa ficar preocupada, eu vou estar com você o tempo todo.Eu sentia toda a confiança que ele queria me passar e tentei relaxar, Guilherme t
— Emma! — minha mãe gritou da cozinha. — Oi? — corri de volta para a cozinha, que parecia mais uma zona de guerra e não uma cozinha em pleno Natal. — Onde estão as nozes? — Na parte de cima do armário. — respondi abrindo o armário e pegando o pacote para ela. — O que está acontecendo na sala? — Papai e George estão enlouquecendo Caio, perguntando sobre o homem misterioso que entrou na vida dele. — Deus, esses homens não tem mais o que fazer? — Vou resolver isso agora mesmo. — Vovó falou. — Robert você precisa terminar de colocar as luzes no jardim, George vai te ajudar. Caio vá com Guilherme buscar mais gelo. — todos ficaram olhando pra ela, quietos sem entender. — Agora! — em um piscar de olhos aquela sala estava vazia, todos os marmanjos colocados para trabalhar. — A senhora não precisava ter mandado Guilherme e Caio embora também. — Precisava sim, eles tem que fazer algo de útil. — falou voltando pra cozinha e me puxando com ela. — Que horas vai buscar Lise? — Está me ex
"Toda a beleza é alegria que permanece." Jhon keats "Hoje é o aniversário de 25 anos de casamento dos meus pais, então decidi escrever sobre eles aqui no blog. Tudo começou em 1994, na viagem que meu pai fez após sua formatura. Ele conheceu Marta, minha mãe e naquele verão se amaram intensamente. Roberto e Marta se entregaram sem nenhuma cobrança e quando o verão acabou ele voltou para São Paulo e ela seguiu sua vida ali em Santos. No ano seguinte quando ele tratava de negócios com a dona de uma floricultura os dois se reencontraram. Para resumir a história ela havia se mudado e trabalhava lá agora. Chame de sorte, destino ou Deus, o que importa é que uma força no universo conspirava em favor deles. Voltaram a sair e quatro meses juntos decidiram se casar, mesmo que os pais fossem contra um casamento tão rápido eles seguiram em frente. Um mês depois de casados veio à notícia, mamãe estava grávida de mim, Emma. Três anos mais tarde veio meu irmão Cristian. E vinte e cinco ano
O tempo estava como que por um milagre limpo, dificilmente em São Paulo se vê algo assim, mas nunca podia faltar um guarda chuva e uma blusa de frio no kit de sobrevivência paulista. Um dia e três estações, era quase mágico se não fosse trágico. — Bom dia Lise. — cumprimentei Elizabeth, a morena maravilhosa que estava encostada a porta da loja me esperando, com uma cara não muito boa. Elizabeth tinha trabalhado com minha mãe na outra floricultura, até que abrimos mais uma e ela veio me ajudar. Nossa amizade tinha começado aos poucos, mas ela era agora a primeira pessoa que eu contava qualquer coisa e confiava plenamente. Apesar de não ser cem por cento recíproco, já que ela tinha segredos bem guardados — Bom dia Em, como você está? Lembre-me de dar os parabéns aos seus pais. — resmungou me ajudando a levantar a pesada porta da floricultura para começar nosso dia. — Hoje à noite faremos uma festinha, está convidada. — isso era mera formalidade, já que era de praxe todos os amigos
A semana passou rápido a quinta já havia chegado, meus pais já iriam viajar no dia seguinte e eu estava eufórica. Não me lembrava quando tinha sido a última vez que esses dois tinham tirado mais do que apenas um par de dias para ficarem juntos, sem filhos, sem trabalho, sem família. — Eu já falei que não dá amor. — ouvi a voz mansa do meu pai atravessar a porta do quarto enquanto me arrumava para o trabalho. — Então eu não vou! — foi a resposta decisiva e alta de minha mãe. Abri a porta do quarto apenas a tempo de só ouvir seus passos firmes descendo as escadas. — O que foi? — questionei olhando meu pai parado na soleira da porta encarando o caminho que a mulher tinha acabado de fazer. Ele estava com uma cara péssima, o que significava que além da pequena discussão ele estava com problemas na empresa e não tinha colocado para fora. Era sempre assim, uma coisa levava a outra. — Sua mãe não tem jeito, quando ela coloca uma coisa na cabeça é impossível alguém tirar. — ele disse, pa
— Só Emma e que bom que não está rindo de mim, seria muito deselegante e já nos basta um sem educação aqui. — rosnei a última parte me virando para meu irmão. — Dois meu amor, não se esqueça de que você foi pior. — ele respondeu indo em direção ao elevador. — Ora ora, não me irrite Cristian, sou mais velha que você. — o provoquei e tentei, mesmo que em vão, arrancar meu celular de suas mãos. A última coisa que precisava agora era ficar passando vergonha, tentando alcançar meu celular enquanto aquele homem ao lado me olhava, então me limitei a fuzilar ele com o olhar, com sorte ele cairia no chão duro. — Mais velha? São irmãos? Cris, você nunca me disse que tinha uma irmã e ainda por cima mais velha, vejam só. — disse o deus de modo galante, mais para mim que para Cris. — Você também nunca fala de sua irmã, se não fosse a mídia jamais saberia que ela existe. — Cristian murmurou contrariado. — Você é um galinha e eu selo pela minha irmã. — ele respondeu Cris e po
Ligação on: — Emma onde você está? — Cris questionou o óbvio, já era para ele saber que estava na loja a essa hora em um sábado. O dia já havia sido corrido e eu ter acordado atrasada foi a cereja do bolo, então tudo o que eu queria era fechar e me deitar de frente a televisão e dormir ali mesmo. — Fechando a loja, por quê? — questionei rápido antes que me arrependesse de ter atendido. — Deus, por que está trabalhando até essa hora? Mamãe e papai estão viajando, você deveria estar curtindo. — Não vou mudar minha rotina só por isso. Vamos diga logo o que você quer! — ele estava estragando minha vibe fim de noite do sábado. — Ok chatinha, Charles vai abrir uma nova boate e hoje é a inauguração. — Cris tagarelou e eu me perguntei porque ele estava falando aquilo comigo, ele sabia que eu não fazia esses programas há muito tempo. — É obvio que ele convidou você, então vamos? — Sabe que minha resposta é não. — não era nenhuma novidade que eu não ia para boates, nem festinhas como cos