Angie se arrumou muito bem e foi com seus pais para o jantar com o figurão . Ela foi a contragosto ,mas foi . Ao chegar no restaurante do resort decidiu ir ao banheiro primeiro .
_vão indo na frente , preciso ir ao toalete .disse ela aos seus pais . _Não demore filha . Disse a sua mãe . Angie entrou no banheiro, respirando fundo para tentar aliviar o desconforto que sentia. Ela estava longe de grandes perspectiva de uma noite cheia de conversas superficiais e olhares avaliadores, isso fazia sentir-se ainda mais inquieta e desconfortável . Ela se olhou no espelho, ajustou o cabelo e tentou se animar. No fundo, sabia que a situação era uma oportunidade para aprender e, quem sabe, até fazer boas conexões, mas a possibilidade de passar a noite só ouvindo seus pais falarem sobre trabalho com o Senhor Robert , o patrão de seu pai,a impedia de se empolgar. Ela lavou as mãos e foi em direção a mesa em que seus pais estavam . Ela ficou surpresa ao ver que o homem jovem que a estava olhando na piscina estava sentado à mesa com eles . Ela se aproxima sem saber quem era o homem . Seu pai ao vê-la falou animado para o jovem rapaz. _Essa é a minha filha Angie !. O homem olhou surpreso para ela e falou : — Angie, não é? — disse ele com um sorriso amigável. Eu me chamo Robert . Quando ouviu isso ela ficou ainda mais surpresa, aquele jovem e bonito era o patrão de seu pai , aquele que ela julgava ser um velho e mal humorado . _Prazer senhor Robert . Disse ela . _Por favor, me chame apenas de Robert , isso é um jantar casual . Disse ele. Mais Angie simplesmente se sentou e não disse nada . Seu pai e sua mãe apenas falava sobre negócios e empresas , esse papo para ela não era agradável . Robert percebeu seu desinteresse e falou olhando para ela: — O jantar está delicioso, não?. Angie, desconcertada, não sabia como reagir, mas tentou manter a conversa fluindo. — Sim está ótimo .. — Acho que a senhorita preferia esta em outro lugar — disse ele com um sorriso tranquilizador, que fez com que ela ficasse mais a vontade . Angie sentiu um alívio momentâneo. Talvez, ele não fosse um mala total e quem sabe com o tempo, ela pudesse encontrar um jeito de se sentir mais à vontade ak falar com ele. A noite começava a se desenrolar de uma maneira mais tranquila do que Angie imaginara. Robert, o “figurão” com quem ela se incomodara tanto, parecia estar bem distante da imagem rígida de um executivo obcecado pelo trabalho. Ao contrário do que ela havia esperado, ele não era o tipo de pessoa que falava apenas sobre negócios, como ela imaginara, e seu comportamento era descontraído e até simpático. À medida que a conversa fluía, Angie percebeu que ele se preocupava mais com as pessoas ao redor do que com a sua própria agenda profissional. Ela, que inicialmente o julgara como alguém excessivamente focado e talvez até arrogante, sentiu-se um pouco culpada pelos comentários ácidos que fizera sobre ele antes. Afinal, agora parecia que ela estava sendo dura demais com ele, sem realmente conhecê-lo. Além disso, algo que ela não sabia – e que seu pai nunca mencionara – era que Robert era muito mais jovem do que ela imaginava. Talvez fosse o seu jeito sério de se portar ou a forma como falava de negócios que a fizera supor que ele era um homem muito mais velho e experiente. Mas, ao ouvi-lo falar mais sobre sua vida, Angie notou a juventude em seus olhos e na maneira como ele falava, sem o peso que muitos executivos carregam. Essa descoberta a fez refletir sobre como as primeiras impressões podem ser enganosas. Talvez ela tivesse projetado uma imagem de Robert com base em suas próprias inseguranças ou expectativas erradas. A noite, que começara tensa, agora parecia mais leve, e Angie sentia que, se fosse mais paciente, poderia realmente entender quem Robert era de verdade. — Pai, eu... nunca imaginei que ele fosse tão jovem — disse Angie, ainda tentando processar as palavras que acabara de ouvir. Seu pai olhou para ela, com um sorriso quase enigmático, como se tivesse percebido o quanto a filha estava começando a mudar sua percepção sobre Robert. — Pois é, filha. Robert é uma pessoa admirável. Quando ele entrou no mundo dos negócios, fez muito mais do que eu jamais imaginei que alguém tão jovem fosse capaz. Ele é... diferente de tudo o que você possa imaginar. Não se deixe enganar pela sua aparência séria, ele tem muito a oferecer. E quem sabe, talvez um dia você veja isso com os próprios olhos. Angie sentiu um leve desconforto. Ela havia sido tão rápida em julgar, sem dar chance de conhecer quem Robert realmente era. Talvez, no fundo, fosse o medo de se sentir inferior, de estar diante de alguém tão bem-sucedido e, aparentemente, tão distante de sua própria realidade. Ela não sabia o que esperar daquela noite, mas sentia que, de alguma forma, tudo estava prestes a mudar. Ela observou Robert novamente, agora com um olhar diferente. Ele estava terminando a ligação e, ao voltar para a mesa, parecia mais acessível, mais humano. Angie não sabia o que a esperava, mas sentiu que, finalmente, estava disposta a descobrir. Ela observou Robert à distância enquanto ele se afastava para atender à ligação. Ele parecia focado, mas ao mesmo tempo, havia uma leveza em seus gestos, algo que contradizia a imagem de um homem endurecido pela pressão do sucesso. Enquanto ele falava ao telefone, Angie não pôde deixar de pensar no que seu pai acabara de dizer. “Gênio”, ele havia chamado Robert. Isso a fez questionar por que nunca havia parado para ver as qualidades dele._Isso não justifica o que aconteceu. disse o diretor, a voz grave e autoritária. _Vou liberar você Angie Vá para casa e esfrie a cabeça. Aliás vocês três estão dispensados. As palavras dele cortaram o ar, e a sensação de derrota parecia pesar sobre todos ali. O diretor, tentando manter a calma em meio ao caos, fez um gesto para que todos se retirassem. Mark, ainda atônito, olhou uma última vez para Angie, mas sabia que as consequências já estavam além de qualquer explicação. Angie falou apenas algu palavras para eles: _Não precisam fazer mais nada pelas minhas costas , Suzy ele é todo seu , uma vez traidor sempre traidor . Depois virou as costas e foi embora com o pingo de dignidade que lhe restava . O olhar de ódio no rosto de Angie ,fez Mark perceber que cometeu um erro irremediável . _Deixa ela ir Mark. Disse Suzy . _Não me toque ,olha o que você fez . _Eu fiz , nós fizemos Mark , você é tão culpado quanto eu . _Você sabia que eu namorava e mesmo assim sempre dava
Enquanto Robert se afastava, Angie permaneceu no restaurante, ainda sentada à mesa com seu pai. Mas sua mente estava longe, perdida em pensamentos. Ela observava o movimento do restaurante, mas sua mente estava focada em tudo o que havia acontecido naquela noite. _Eu acho que estava errada sobre ele,_pensou Angie, enquanto passava os dedos pela borda de seu copo de água, refletindo sobre suas primeiras impressões de Robert. _Talvez eu tenha julgado sem razão..._ A imagem do sorriso de Robert, sua resposta sincera à sua sinceridade, e a maneira como ele a tratou sem nenhuma fachada, começaram a mudar sua visão sobre ele. Eu preciso saber mais sobre ele. Ela não estava mais tão certa de que ele fosse o chefe frio e distante que ela havia imaginado. Sim, ele era diferente do que ela esperava, mas em um sentido que ela não conseguia explicar totalmente. Era como se, em algum momento, ele tivesse se mostrado mais humano do que o estereótipo que ela havia criado em sua mente. Angie olhou
Robert finalizou a ligação com um suspiro e se clamou, retornando para a mesa com passos firmes. Angie, sem conseguir conter sua curiosidade, casualmente olhando para ele, os olhos fixos, como se buscasse entender o que se passava em sua mente. Quando se acomodou, observa que Angie não conseguiu desviar os olhos dele. O olhar dela era profundo, curioso, como se estivesse tentando decifrar algo que ele ainda não havia revelado. Mas, ao contrário do que poderia parecer, ele também não conseguia tirar os olhos dela. Algo entre eles pareciam suspensos no ar, como uma conversa não dita. Enquanto seus pais conversavam e admiravam o ambiente sofisticado do restaurante, os dois continuavam a se observar em silêncio, cada um perdido na presença do outro. _Então, Angie, me fale sobre você. Tudo o que eu sei foi seu pai quem me contou, mas eu gostaria de ouvir de você. Robert falou, a voz suave, mas cheia de um interesse genuíno. Seus olhos permaneciam fixos nela, tentando capturar cada nuance
Angie deitava tranquila à beira da piscina, o som suave da água e o calor do sol criando o ambiente perfeito para relaxar. Ela estava aproveitando a paz que aquele momento proporcionava, sem pressa, sem preocupações. "Talvez ele esteja trabalhando," pensou, referindo-se a Robert, já que não o viu por ali. "Bem, vou curtir sozinha mesmo." A ideia de passar o dia tranquila, sem pensar em nada além do momento presente, parecia a melhor escolha . Ela se acomodou melhor na espreguiçadeira, tirando o óculos de sol para deixar os raios de sol tocarem seu rosto. Era um daqueles momentos em que se sentia em sintonia com o lugar, uma sensação de liberdade que a fez sorrir sozinha. Porém, sua paz foi interrompida quando um homem se aproximou de sua espreguiçadeira. Ela percebeu que ele estava se aproximando com uma postura descontraída, mas logo entendeu que sua intenção era bem diferente. Ele parou ao seu lado e, com um sorriso um tanto excessivo, começou a falar. — Oi, tudo bem? Não pu
Angie, que também percebeu que reagiu de maneira mais ríspida do que gostaria, respirou fundo. Ela não queria parecer rude com ele, especialmente depois da forma como ele havia a defendido. Por isso, se recompôs rapidamente e olhou para Robert com um olhar mais suave. — Olha, me desculpe... Eu não deveria ter falado assim. — Ela fez uma pausa, sentindo um nó no peito. — Isso é um assunto um pouco dolorido... Eu tinha um namorado, mas terminamos, e não foi de maneira amigável. Robert a observou com atenção, percebendo a sinceridade em suas palavras. Ele não quis pressioná-la mais, respeitando o espaço que ela parecia precisar, e apenas acenou com a cabeça, compreendendo o que ela estava dizendo. — Entendo, Angie. Não quero trazer à tona algo que te faça sentir mal. Sinto muito por ter tocado nesse ponto — disse ele, com um tom mais suave agora, querendo transmitir a ela que respeitava seus sentimentos. Angie sorriu levemente, sentindo-se um pouco mais aliviada por poder falar abert
— Acho que todos nós gostaríamos de ter um pouco mais de tempo para as coisas que realmente importam.Ele olhou para Angie com um sorriso leve e acrescentou:_E quem sabe seu pai não começa a se permitir mais momentos de descanso.Angie sorriu de volta, grata pela compreensão de Robert. A conversa com ele era sempre agradável.Angie, sentindo que a conversa estava se desenrolando de maneira mais leve e sincera, decidiu mudar a dinâmica. Ela deu uma risada leve, como se estivesse se permitindo sair de sua zona de conforto, e disse:— Eu estou em desvantagem aqui! Você sabe quase tudo sobre mim e eu não sei nada sobre você, Robert. Porque não muda isso?Robert a olhou com um sorriso divertido, surpreso com a ousadia dela, mas ao mesmo tempo, achando aquilo refrescante. Ele sempre estava acostumado a ser o mais reservado nas conversas, mas Angie parecia querer virar as coisas do avesso.— Então você quer que eu abra o jogo, é isso? — perguntou Robert, com um tom brincalhão.Angie fez um
Angie estava completamente apaixonada. Com apenas dezoito anos, ela via em Mark tudo o que sempre quis em um homem. Era o auge da juventude, e ela acreditava firmemente que ele era o amor da sua vida. Estava no segundo ano do ensino médio e já imaginava o futuro ao lado dele. Seus planos eram claros: terminar os estudos e se casar com Mark logo em seguida. Ele era o seu “para sempre”. Ao chegar em casa, sua mãe a aguardava na porta, com um olhar atento._Meu pai já está em casa ?. Perguntou .-Não filha , ele ainda está no trabalho .Angie franziu a testa, sua paciência já se esgotando com a rotina interminável de trabalho do pai.— Que homem sem coração é esse chefe do papai? Ele é obcecado pelo trabalho e faz os outros de escravo. — A indignação de Angie transpareceu na voz, sua frustração evidente.Natália, tentando manter a calma, parou um momento e olhou para a filha, com uma expressão que mesclava compreensão e preocupação.— Filha, não diga isso. O senhor Robert é um bom patrã
Ela já havia conversado com Mark sobre seus sentimentos em relação a Suzy. Mark sempre a tranquilizava, dizendo que conhecia Suzy desde antes de Angie e que nunca houve nada além de amizade entre eles. Ele tentava convencê-la de que não havia motivo para ciúmes, mas Angie não conseguia afastar a sensação de desconforto. Para ela, a conexão entre os dois parecia mais intensa do que ele admitia, e isso a deixava insegura. Apesar das palavras de Mark, a presença de Suzy a fazia sentir que havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. A conversa que tiveram não parecia suficiente para acalmar suas preocupações, e a dúvida continuava a pairar sobre sua mente enquanto tentava se concentrar na noite com os amigos. Angie tentava se convencer de que estava apenas vendo coisas e que seus ciúmes eram a verdadeira fonte de sua insegurança em relação a Suzy. Ela se repetia que não havia motivos para rivalizar com a amiga de Mark, que, segundo ele, era apenas uma boa amiga. No en