As trombetas de guerra ecoavam pela planície, os sons metálicos das armaduras e espadas vibrando como um aviso sombrio. O exército de Eldoria, liderado por Adrian, marchava em direção a Valoria com uma determinação inabalável. Os soldados sabiam que aquela seria a batalha final — a luta que decidiria o futuro dos dois reinos.Os portões de Valoria estavam bem defendidos, com soldados de armaduras reluzentes e espadas afiadas esperando o ataque. O estandarte negro de Valoria tremulava alto, mas o medo era palpável. O povo já não apoiava o rei como antes. A crueldade e obsessão do rei com o poder e a guerra tinham desgastado a confiança e o respeito que os cidadãos tinham por ele.Adrian estava à frente de seu exército, montado em seu cavalo de guerra, com o rosto marcado pela fúria e a dor acumulada. O peso do que estava por vir caía sobre seus ombros, mas ele estava determinado. Elara, sua esposa e rainha, havia sofrido o inimaginável nas mãos de seu próprio pai. Ele não iria descansa
O sol brilhava suavemente sobre os campos de Valoria e Eldoria, refletindo o esforço de reconstrução que dominava a paisagem. Os dois reinos, outrora inimigos ferozes, agora trabalhavam lado a lado para erguer das ruínas um novo futuro. Os antigos estandartes de guerra haviam sido retirados e substituídos por bandeiras que simbolizavam a união, a paz e a esperança.Adrian estava em pé na varanda do castelo de Valoria, observando o movimento abaixo. As pessoas iam e vinham, carregando materiais de construção, ajudando umas às outras. Era uma cena que enchia seu coração de alívio e otimismo. As semanas que se seguiram à morte do rei de Valoria haviam sido intensas, mas produtivas. A guerra finalmente terminara, e com o apoio de Elara, ele conseguiu negociar acordos de paz com os reinos estrangeiros que antes haviam apoiado Valoria. Eles reconheciam agora a nova liderança e, mais importante, aceitavam que a guerra não era mais uma solução viável.Enquanto o vento soprava suavemente, o a
Seis anos haviam se passado desde o fim da guerra que quase destruiu dois grandes reinos, e Eldoria e Valoria agora floresciam em uma era de paz e prosperidade. As marcas da guerra, embora ainda visíveis em algumas cicatrizes físicas e emocionais, estavam sendo gradualmente substituídas por crescimento, esperança e união. Sob o governo de Adrian e Elara, ambos os reinos se uniram como nunca antes. As rivalidades antigas foram esquecidas, e o futuro era construído sobre os pilares de um amor que havia resistido ao impossível.Naquele dia, o sol brilhava forte, iluminando os jardins de Eldoria com uma luz dourada. O castelo estava mais animado do que o habitual, com os criados e nobres se preparando para um grande evento. Era o aniversário de seis anos do príncipe Aiden, herdeiro dos dois reinos, e a família real havia organizado uma grande festa para celebrar.Entre os presentes, Lívia, a amiga de infância de Adrian, também estava ali, sorridente. Sua presença era um lembrete de como
As chamas de Valoria cintilavam no horizonte, tingindo o céu com um brilho alaranjado enquanto o sol se punha atrás das montanhas. O príncipe Adrian estava de pé sobre as muralhas do castelo, seus olhos fixos nos campos arruinados além dos muros. As planícies, outrora férteis, agora eram um mar de cinzas e cadáveres. As árvores, que antes abrigavam vida, agora se erguiam como esqueletos carbonizados. O vento frio trazia consigo o cheiro amargo da destruição, um lembrete pungente da guerra que devastava seu reino há tanto tempo. O príncipe sentiu um peso insuportável no peito. A guerra havia consumido tudo. Valoria estava à beira do colapso, e ele sabia que seu povo sofria mais a cada dia que passava. Homens e mulheres eram recrutados à força, crianças ficavam órfãs, e o desespero se tornava um manto sombrio que cobria toda a nação. A porta da torre se abriu com um ranger, e Adrian se virou para ver seu conselheiro mais leal, Sir Edgar, se aproximando. O cavaleiro estava visivelmen
Três dias depois, o príncipe Adrian chegou ao castelo de Eldoria, acompanhado por uma pequena comitiva. O ambiente estava tenso enquanto os dois reinos se observavam, cada um esperando um movimento errado do outro. Na grande sala do trono, onde os reis de Eldoria governavam há séculos, o príncipe encontrou-se pela primeira vez com a princesa Elara. Adrian estava preparado para encontrar uma mulher fria e calculista, mas a figura que se aproximava dele era diferente. Elara caminhava com uma graça que ele não esperava, e seus olhos, embora firmes, não tinham a dureza que ele temia. Ainda assim, ele manteve sua guarda, lembrando-se de que este casamento era, antes de tudo, uma jogada estratégica. "Princesa Elara," Adrian disse, fazendo uma reverência educada. "É um prazer finalmente conhecê-la." Elara respondeu com uma leve inclinação da cabeça. "O prazer é meu, príncipe Adrian. Espero que nossa união traga paz aos nossos reinos." Os dois trocaram palavras formais, cada um estuda
Na manhã seguinte, enquanto Adrian se preparava para os compromissos do dia, uma mensagem chegou às suas mãos. Era um pedido de reunião com o rei Hector, um encontro privado que Adrian não podia recusar. Ele sabia que este poderia ser o momento em que as verdadeiras intenções de Eldoria seriam reveladas. Quando Adrian entrou na sala do trono, encontrou o rei Hector sentado em seu trono, cercado por alguns de seus conselheiros mais próximos. O ambiente estava pesado, com uma tensão que não podia ser ignorada. Hector olhou para Adrian com um sorriso calculado. "Príncipe Adrian," começou Hector, sua voz grave e controlada. "É um prazer vê-lo novamente. Espero que tenha encontrado Eldoria ao seu agrado até agora." Adrian fez uma reverência curta, mantendo seu tom diplomático. "Eldoria é um reino impressionante, majestade. Estou grato pela hospitalidade oferecida a mim e aos meus homens." Hector assentiu, mas havia algo frio em seus olhos. "Fico contente que esteja satisfeito. Como
Enquanto o príncipe se preparava para tentar descansar, do outro lado do castelo, a princesa Elara estava sozinha em seus aposentos, lutando contra a tempestade de emoções que se agitava dentro dela. Ela havia ouvido cada palavra dita entre seu pai e Adrian através de uma passagem secreta, uma prática comum em Eldoria para espiar conversas importantes. O coração de Elara estava dividido. Ela sabia que havia uma missão a cumprir, uma ordem direta de seu pai que não podia ignorar. Mas cada vez que via Adrian, cada vez que ouvia a determinação em sua voz, algo dentro dela se rebelava contra o destino que lhe fora imposto. A visão do príncipe, solitário e observador, à luz da lua, a havia tocado mais do que ela gostaria de admitir. Naquele momento, ao ouvir a conversa entre Adrian e Hector, Elara percebeu que estava em uma encruzilhada. Ela poderia continuar no caminho que seu pai havia traçado para ela, seguir adiante com o plano que poderia garantir a vitória de Eldoria... ou poderia
A manhã seguinte foi agitada em ambos os reinos, pois foi anunciado oficialmente o noivado entre Adrian e Elara. Enquanto os líderes tentavam manter uma fachada de normalidade, era impossível ignorar o burburinho que se espalhava tanto em Eldoria quanto em Valoria. O casamento, que deveria ser um símbolo de paz, tornara-se o epicentro de tensões latentes, alimentando tanto esperanças quanto temores. Em Valoria, o anúncio do casamento entre o príncipe Adrian e a princesa Elara havia se espalhado rapidamente pelos campos e vilas. Para muitos, a notícia trouxe uma mistura de surpresa e ceticismo. As feridas da guerra ainda estavam abertas, e a ideia de uma união com o reino inimigo parecia quase impossível de aceitar. Nos mercados e tavernas, os cidadãos discutiam o noivado com fervor. Alguns acreditavam que a união poderia finalmente trazer a paz que tanto desejavam. "O príncipe Adrian sempre foi justo e corajoso," diziam. "Se ele acredita que essa é a melhor forma de garantir nosso f