Elara correu pelos corredores escuros e úmidos do castelo estrangeiro, o som de seus próprios passos ecoando pelas paredes de pedra. O pequeno Aiden, envolto em mantos para protegê-lo do frio da noite, dormia em seus braços, alheio ao caos que envolvia sua mãe. Cada batida de seu coração parecia acelerar enquanto ela fazia de tudo para encontrar uma saída.A fuga da torre havia sido mais fácil do que ela imaginava, graças à sua determinação, porém, ela sabia que a verdadeira dificuldade estava à sua frente: escapar do castelo e encontrar um caminho seguro para fora daquele território hostil. O rei de Valoria estava cada vez mais desesperado em manter o controle, e ela sabia que sua ira seria implacável assim que ele descobrisse sua fuga."Eu não posso falhar. Aiden depende de mim."Elara pensava repetidamente enquanto caminhava pelas sombras. Cada escolha parecia arriscada, cada movimento cuidadosamente planejado para não atrair atenção. O castelo estrangeiro onde estava presa era gran
A noite estava escura e silenciosa, quebrada apenas pelo som dos passos rápidos de Elara enquanto ela se movia pelas sombras do castelo. Seu coração batia acelerado, a respiração irregular enquanto avançava com Aiden nos braços, protegendo-o com todo o cuidado. Ela sabia que a segurança de seu filho era a única coisa que importava agora. Cada curva que dobrava a aproximava mais da saída do castelo, mas também a lançava em uma corrida contra o tempo.O som de vozes e passos apressados começou a ecoar pelos corredores. Os guardas finalmente perceberam sua fuga e estavam em alerta total. Elara sabia que o rei de Valoria não hesitaria em caçá-la. Seu próprio pai, alguém que deveria protegê-la, agora era a maior ameaça. Ele faria de tudo para impedir que ela escapasse e usaria Aiden como um peão em seus planos.Elara ajustou a posição de Aiden em seus braços, mantendo-o seguro enquanto acelerava o passo. O peso do pequeno corpo adormecido em seus braços parecia nada comparado ao fardo emoc
O vento cortava a pele de Elara enquanto cavalgava desesperadamente, tentando manter o controle do cavalo e o ritmo acelerado. O peso da fuga, da perseguição e do ferimento recente em suas costas a deixava exausta, mas sua determinação de sobreviver e proteger seu filho, Aiden, era maior que qualquer dor que sentia. O cavalo, também cansado, avançava rapidamente pela estrada que se estendia pelas terras do reino estrangeiro, com Elara agarrando-se firmemente às rédeas, tentando ignorar o sangue que escorria pelo seu corpo, encharcando suas roupas.Atrás dela, soldados de Valoria continuavam a persegui-la com determinação. Seu próprio pai, o rei de Valoria, havia disparado a flecha que ainda estava encravada em suas costas. O choque desse ato, a frieza com que ele a caçava, partiu seu coração, mas Elara sabia que não tinha tempo para processar aquilo. Ela só podia pensar em como salvar a si mesma e a seu filho.O castelo ficava cada vez mais distante, mas ela sabia que não estava a sal
As trombetas de guerra ecoavam pela planície, os sons metálicos das armaduras e espadas vibrando como um aviso sombrio. O exército de Eldoria, liderado por Adrian, marchava em direção a Valoria com uma determinação inabalável. Os soldados sabiam que aquela seria a batalha final — a luta que decidiria o futuro dos dois reinos.Os portões de Valoria estavam bem defendidos, com soldados de armaduras reluzentes e espadas afiadas esperando o ataque. O estandarte negro de Valoria tremulava alto, mas o medo era palpável. O povo já não apoiava o rei como antes. A crueldade e obsessão do rei com o poder e a guerra tinham desgastado a confiança e o respeito que os cidadãos tinham por ele.Adrian estava à frente de seu exército, montado em seu cavalo de guerra, com o rosto marcado pela fúria e a dor acumulada. O peso do que estava por vir caía sobre seus ombros, mas ele estava determinado. Elara, sua esposa e rainha, havia sofrido o inimaginável nas mãos de seu próprio pai. Ele não iria descansa
O sol brilhava suavemente sobre os campos de Valoria e Eldoria, refletindo o esforço de reconstrução que dominava a paisagem. Os dois reinos, outrora inimigos ferozes, agora trabalhavam lado a lado para erguer das ruínas um novo futuro. Os antigos estandartes de guerra haviam sido retirados e substituídos por bandeiras que simbolizavam a união, a paz e a esperança.Adrian estava em pé na varanda do castelo de Valoria, observando o movimento abaixo. As pessoas iam e vinham, carregando materiais de construção, ajudando umas às outras. Era uma cena que enchia seu coração de alívio e otimismo. As semanas que se seguiram à morte do rei de Valoria haviam sido intensas, mas produtivas. A guerra finalmente terminara, e com o apoio de Elara, ele conseguiu negociar acordos de paz com os reinos estrangeiros que antes haviam apoiado Valoria. Eles reconheciam agora a nova liderança e, mais importante, aceitavam que a guerra não era mais uma solução viável.Enquanto o vento soprava suavemente, o a
Seis anos haviam se passado desde o fim da guerra que quase destruiu dois grandes reinos, e Eldoria e Valoria agora floresciam em uma era de paz e prosperidade. As marcas da guerra, embora ainda visíveis em algumas cicatrizes físicas e emocionais, estavam sendo gradualmente substituídas por crescimento, esperança e união. Sob o governo de Adrian e Elara, ambos os reinos se uniram como nunca antes. As rivalidades antigas foram esquecidas, e o futuro era construído sobre os pilares de um amor que havia resistido ao impossível.Naquele dia, o sol brilhava forte, iluminando os jardins de Eldoria com uma luz dourada. O castelo estava mais animado do que o habitual, com os criados e nobres se preparando para um grande evento. Era o aniversário de seis anos do príncipe Aiden, herdeiro dos dois reinos, e a família real havia organizado uma grande festa para celebrar.Entre os presentes, Lívia, a amiga de infância de Adrian, também estava ali, sorridente. Sua presença era um lembrete de como
As chamas de Valoria cintilavam no horizonte, tingindo o céu com um brilho alaranjado enquanto o sol se punha atrás das montanhas. O príncipe Adrian estava de pé sobre as muralhas do castelo, seus olhos fixos nos campos arruinados além dos muros. As planícies, outrora férteis, agora eram um mar de cinzas e cadáveres. As árvores, que antes abrigavam vida, agora se erguiam como esqueletos carbonizados. O vento frio trazia consigo o cheiro amargo da destruição, um lembrete pungente da guerra que devastava seu reino há tanto tempo. O príncipe sentiu um peso insuportável no peito. A guerra havia consumido tudo. Valoria estava à beira do colapso, e ele sabia que seu povo sofria mais a cada dia que passava. Homens e mulheres eram recrutados à força, crianças ficavam órfãs, e o desespero se tornava um manto sombrio que cobria toda a nação. A porta da torre se abriu com um ranger, e Adrian se virou para ver seu conselheiro mais leal, Sir Edgar, se aproximando. O cavaleiro estava visivelmen
Três dias depois, o príncipe Adrian chegou ao castelo de Eldoria, acompanhado por uma pequena comitiva. O ambiente estava tenso enquanto os dois reinos se observavam, cada um esperando um movimento errado do outro. Na grande sala do trono, onde os reis de Eldoria governavam há séculos, o príncipe encontrou-se pela primeira vez com a princesa Elara. Adrian estava preparado para encontrar uma mulher fria e calculista, mas a figura que se aproximava dele era diferente. Elara caminhava com uma graça que ele não esperava, e seus olhos, embora firmes, não tinham a dureza que ele temia. Ainda assim, ele manteve sua guarda, lembrando-se de que este casamento era, antes de tudo, uma jogada estratégica. "Princesa Elara," Adrian disse, fazendo uma reverência educada. "É um prazer finalmente conhecê-la." Elara respondeu com uma leve inclinação da cabeça. "O prazer é meu, príncipe Adrian. Espero que nossa união traga paz aos nossos reinos." Os dois trocaram palavras formais, cada um estuda