Mary Parker
Posso dizer que é dificil existir alguém mais sortuda do que eu, assim que cheguei em casa no Sábado de madrugada Giovanna não estava me esperando e muito menos haviam ligações perdidas dela.
Algo que acho estranho, muito estranho.
Pois bem, o final de semana passou muito rápido, aproveitei para fazer meus exercícios de caminhada e Ioga.
Era Segunda feira, cheguei cedo a produtora, eu havia tirado 30 dias de descanso e por isso em meu retorno preferi chegar mais cedo que o normal. Comprimento Belinda minha secretária e uma das poucas funcionárias que dirigem a palavra a mim.
Ao entrar na sala fui surpreendida por um furacão loiro que praticamente voou em minha direção
— Oi para você também, Giovanna- Coloquei minha bolsa no cabide que havia ali
— Não tem oi, onde você esteve Sexta feira? Porque sumiu daquela forma?
— Minha mãe foi embora e deixou você com o cargo dela? Porque você está parecendo ela - Me sentei na cadeira e liguei o computador
— Você sabe muito bem que não gosto que você saia sem avisar, poxa Marycomo eu vou saber se está tudo bem com você caramba?
— Você já deveria saber que se algo acontecer ou se eu passar mal você é o meu contato de emergência e deveria saber também que de Sexta feira eu gosto de me divertir, se é que me entende
— Está bem, só fiquei preocupada - Sentou - se na cadeira a minha frente - Mas eai conheceu alguém legal?
— Legal eu não sei porque não presto atenção nisso, mas era bem bonito e bom de cama, serve?
— E qual o nome dele? Anotou o número?
— E eu lá peço nome e número com quem saio, Anahi? Por favor! - Olhando alguns papéis - Sabe que não mantenho contatos com os homens que saio
— Maryporque você é assim? Precisa mudar
— E você precisa fazer o seu trabalho, afinal estamos aqui para trabalhar, não é?
— Os resultados que eu trouxe são esses - Apontando para a pasta que segurava - serão apresentados na reunião hoje a tarde, mas não sei se você vai gostar - A vi cruzar as pernas
— Ok, deixe as notícias ruins para a reunião. Me conte, o que você fez na Sexta que não foi para a minha casa atrás de mim e muito menos ficou me ligando feito uma louca?
— Eu também conheci um carinha na Sexta feira e saímos para um motel
— Assim que eu gosto, de ver minha amiga curtindo a vida
— Aí nossa ele é tão lindo e disse que é novo aqui na cidade - Suspirou recostando na cadeira
— Pelo amor de Deus você se apaixonou?
— Não mas combinamos de nos vermos mais vezes, ele veio do México e é novo aqui na cidade. Ele quer que eu apresente a cidade para ele
— Cuidado, só te digo isso!
— Isso eu tenho e muito
Voltei a atenção para o computador, haviam alguns e-mails a serem respondidos que ficaram pendentes do final de semana.
Giovannafoi para sua sala e Belinda entrou trazendo café com biscoitos, enquanto eu olhava as tendências musicais e também as ações da empresa na bolsa de valores
Ouvi a porta bater e autorizei a entrada, era Belinda novamente
— Senhorita Marynão se esqueça que a reunião começará em 15 minutos
— Não precisa me lembrar, eu tenho relógio e agenda.
— Só faço o meu trabalho, com licença - Saindo
Me levantei, ajeitei minha saia e meu cabelo e fui em direção a sala de reunião, onde todos já me aguardavam
— Boa tarde senhorita Mary, como foram as férias? - Perguntou um dos produtores
— Sem conversa, vamos ao que interessa. - Me sentei a mesa e olhei para Anahi
— Bom, nesses dias em que Maryesteve fora ela me pediu para que eu fizesse um levantamento da empresa dos últimos 6 meses
— E qual foi o resultado? - Perguntou um outro produtor
— Ultimamente a empresa não tem tido procura de músicas para gravação de seus álbuns e com isso o lucro diminuiu em 20% de 6 meses para cá
Ela ligou o retroprojetor e colocou a tela em seus gráficos
— Isso não é nada bom - Murmurei - E os nossos olheiros não andam fazendo nada? Não trazem novos talentos?
— Nós trazemos - Respondeu Ricardo, um dos olheiros, se levantando - Mas alguns não passam nos testes que fazemos e outros não fazem sucesso e com isso acabamos tendo gastos
— Precisamos fazer algo para voltarmos a lucrar ou teremos que ligar o alerta vermelho em menos de 1 ano - Explicou Anahi
— Fiquei alguns dias fora e vocês fazem isso com a empresa? - Disse rispida
— Senhorita Marydevo lhe lembrar que você ficou apenas 30 dias fora e esses resultados são de 6 meses para cá
— Os resultados são dos últimos 6 meses, porém nas últimas 3 semanas caíram bem mais bem, quase o dobro - Disse Anahi
— DEIXO A EMPRESA POR ALGUNS DIAS E É ISSO QUE ACONTECE? - Gritei batendo com as mãos na mesa - EU PAGO SALÁRIO PARA VOCÊS PARA QUE?
Todos ficaram em silêncio e pensativos, até que um se levantou
— Se me permite, tenho uma ideia!
— Diga... Qual o seu nome mesmo? - Questionei
— Roberto
Eu tenho um problema sério com nomes, nunca lembro de nenhum
— Diga, Roberto
— Eu diria que talvez esteja na hora de fazermos uma parceria com alguma outra empresa do mesmo ramo
— É, talvez dê certo e possa ser bom - Disse alguém ali
— Vocês estão ficando loucos? Da onde tiram essas ideias? Nada disso, vamos fazer marketing, sair a caça e trazer mais músicos. Ou talvez eu demita nossos olheiros e contrate melhores
— Talvez você não tenha entendido que não temos dinheiro para isso. Se fizermos pode não dar certo, é um risco muito alto – Giovanna disse mexendo na caneta
— Ela está certa senhorita Mary. Inclusive eu sei de uma empresa que poderia nos ajudar.... - Disse um dos produtores, batendo a caneta na mesa
— Qual?
— Uckermann's music
Um burburinho tomou conta do local quando ele disse isso
— CALEM A BOCA! - Gritei
— Andei lendo que a Uckermann's Music está indo de mal a pior, e chuto dizer que está pior do que a gente, o novo dono terá muitos problemas - Disse Anahi
— Não quero saber de outra empresa e sim da minha
— Mas e se propormos uma sociedade com eles? seria o melhor para nós. Se analisarmos a Uckermann' s Music está indo de mal a pior, porém isso é devido a má administração do ex dono, já que os últimos álbuns lançados nacional e internacional que bombara foram gravados e lançados por eles - Disse Roberto
— Mas se quer minha opinião como amiga e também administradora de finanças da empresa, ao menos tente marcar uma conversa com eles
— Está bem, vocês venceram! Entrem em contato com eles, passem a proposta e tentem marcar uma reunião. Torçam para isso dar certo ou eu os coloco no olho da rua
Sem mais, me levantei e saí, indo para a minha sala, estava bem irritada com o que acabara de ouvir e espero que ninguém venha me irritar ainda mais, mas parece que a minha amada amiga resolveu me seguir
— Eu sei o quanto isso te chateia pois você dá a vida por essa empresa mas precisa aceitar que esse talvez seja o momento de fazer mudanças
— A empresa tem história e é renomada no ramo da música, como foi deixamos chegar a esse ponto?
— O país está passando por uma crise e infelizmente fomos afetados
— Eu vou salvar essa empresa nem que eu tenha que passar por cima de alguém, ou não me chamo MaryMaria
— Mudando de assunto, você marcou a consulta com o Dr Leonardo?
— Não e não vou marcar, achei que já tivesse te explicado isso e deixado claro.
— Mas Mary...
— Não tem mas e quer saber? Essa conversa já deu e já me irritei o suficiente por hoje, vou embora
— E eu vou para minha sala trabalhar, depois vou sair com o moreno de Sexta
— Tchau Anahi!
Peguei minha bolsa e saí dali, me despedi de Belinda e deixei avisado que não queria ninguém me ligando.
Ao caminhar até o elevador percebi as pessoas se virarem de costas para mim e isso não me incomodava.
— Deviam é me agradecer por dar emprego a elas - Sussurrei para mim mesma
Peguei o elevador e desci até o estacionamento, dando de cara com Mariazinha, uma criança pedinte que sempre ficava por ali. Não sei porque mas algo nela me fazia a minha irmã que faleceu há alguns anos
— Boa tarde senhorita Mandy, pode me ajudar com uma moedinha por favor?
— Ok, tome, vá comer alguma coisa
Abri a minha bolsa e dei a ela uma nota de 5 dólares
— Obrigada senhorita
Fui para o meu carro e dirigi até a minha casa ouvindo Beatles no rádio. Assim que cheguei, percebi que havia um caminhão de mudança parado na casa da frente, que até então estava para alugar.
Vi de relance um homem sem camisa e de costas, com um corpo bem chamativo por sinal.
Logo que se virou vi que se tratava do tal homem com quem transei Sexta feira, o tal do Casillas ou algo assim
— Ora, Ora, a senhorita sem nome por aqui! - Disse se aproximando
Impossível não reparar novamente naquele corpo definido
— Eu moro aqui, inclusive não vou ficar aqui batendo papo com você, tenho mais o que fazer
— Ok senhorita, ninguém está pedindo para você ficar - Piscou - Mas pode dizer pelo menos seu nome? Agora seremos vizinhos e vai que eu precise pedir açúcar para você
— Vai continuar sem saber o meu nome e se precisar, peça a outros vizinhos
— Mas e se for um açúcar e um pedido de bis sobre nossa noite de Sexta? Se aproximou ainda mais de mim, segurando em minha cintura e sussurrando em meu ouvido
— Sinto muito mas não vai ter bis- Me afastando dele
— Nem se o homem for eu?
— Você é gostosinho mas não é tudo isso.
Antes que ele dissesse algo eu sai dali e entrei para a minha casa, espero que não fiquem me importunando
Entrei e vi que a empregada já havia preparado o meu café da tarde, estava estressada então antes fui tomar meu banho de banheira e relaxar, só isso que eu precisava
Philipe TaylorA minha chegada a cidade de Nova York posso dizer que foi o tanto quanto agitada, meu primeiro final de semana foi regado a baladas a mulheres.E claro, não deixei de ir visitar o túmulo do meu avô, com quem eu era muito apegado e infelizmente não tive tempo de vir ao seu enterro.Meu avô era um cara alegre e alto astral e sempre me ajudou muito não só financeiramente mas com muitos conselhos, diferente do meu pai, que é um cara sério.Eu já conhecia Nova York, já havia vindo para cá fazer alguns trabalhos e participar de algumas festas, mas agora vim morar aqui pois meu avô faleceu e deixou a gravadora aos meus cuidados. Devido ao fato da morte dele ter sido muito repentina, pois ele morreu decorrente de um infarto há 1 semana, tive que vir de última hora e não tive tempo de procurar casa para morar.Passei o final de semana em um hotel juntamente com Leandro, meu amigo. Mas foi só o tempo de Carlos, um amigo de infância que já mora aqui e que é corretor de imóveis e ca
Mary Parker Meu olhar percorreu por toda a sala de reunião até encontrar o dele ali, o tal do Philippe Taylor, que ao que reparo está muito bem vestido com sua roupa social e cabelos enrolados, da mesma forma que estava quando nos encontramos na noite e transamos, aliás o que ele estava fazendo ali? — Agora podemos começar a reunião — Me sentei na cadeira que sempre uso em reuniões — Quem são vocês? — Apontei para ele e mais uma mulher que ali estavam — Sou Maite Jones, uma das representantes comerciais da Parker's Music — Eu sou o... — Mary, ele é Philippe Taylor, novo dono da Taylor’s Music — Explicou Giovanna, interrompendo — O — Então você é a famosa Mary Parker, muito prazer Posso dizer que seu olhar percorreu pelo meu corpo de cima a baixo —Mary Parker— Cruzei minhas pernas — Mas não estamos aqui para ficarmos de conversa, vamos ao que interessa, mostrem — me as idéias que vocês tem para que eu veja se será interessante essa sociedade ou não — Corrigindo a senhora Mary P
Mary ParkerEntrei no cemitério segurando um ramo de flores com Rosas e cravos Brancos e me ajoelhei em frente ao túmulo de Cláudia assim que eu o encontrei, estava igualzinho exatamente da última vez que vim visitá — la, as flores estavam em cima do túmulo exatamente como as deixei nos anos anteriores, ao lado de nossas fotos em família, viagens, sempre sorrindo e nos divertindo— Não sabe como eu sinto a sua falta minha irmãEssa foi a única frase que consegui dizer antes que as lágrimas começassem a cair. Me encostei em seu túmulo e continuei a chorar— Dona Mary , está tudo bem? – Perguntou o coveiro— Não tem como ficar bem quando se visita um falecido— Quer ajuda em algo?— Quero que saia e me deixe sozinha— Ok, desejo concebidoNesse momento me levantei, caminhei para o outro lado do túmulo e peguei uma de nossas fotos, era a foto da nossa 1° viagem internacional, fomos para a Itália e Cláudia tirou essa foto nossa em frente ao Coliseu de Roma. Tempos depois ela disse que ess
Philipe TaylorFui pego de surpresa com a reação de Mary ao me beijar e me empurrar para cima de sua cama, eu fiquei excitado ao sentí - la rebolar em cima de mim, estava louco para transar com ela novamente mas assim que recobrei um pouco a consciência do que estava fazendo me lembrei de que Mary estava bêbada e possivelmente nada bem, devido ao fato de ter atirado uma garrafa de bebida contra a parede, então não quero me aproveitar da situação e não queria ser acusado de assédio e estupro no dia seguinte, pois não sei se essa seria a vontade dela, caso estivesse totalmente lúcida, então rapidamente a empurrei para o lado, fazendo ela sair de cima de mim e cair deitada na cama― O que foi isso? Porque me empurrou? ― Tentando novamente subir em cima de mim― Empurrei porque você está bêbada e possivelmente não sabe o que está fazendo― Eu sei muito bem o que estou fazendo, não queria um agradecimento? Pois então, estava te agradecendo pelo feito ― Tentando mais uma vez subir em cima d
Philippe Taylor ― Está ficando louco? Me solta ou eu vou gritar ― Isso mesmo, grite e em alguns minutos com certeza você será capa de matérias em sites de fofoca, jornais e revistas por gritar feito louca em um restaurante ― O que você quer? Fala logo, tenho que voltar para a empresa ― Porque você é assim? ― Soltei o braço dela ― Assim como? ― Assim, se faz de durona e mandona para todos, se recusa a almoçar com uma criança que está fazendo aniversário e que parece gostar de você mas dá dinheiro para ela comprar presentes para ela, dando a entender que você se importa sim com ela e quando chega na sua casa, grita, chora e j**a bebida na parede, porque você é assim? ― Porque fica prestando atenção no que eu faço? ― Não responda minha pergunta com outra, por favor ― Olha aqui, eu tenho que ir, você já tomou todo o meu tempo ― Porque não responde? ― Talvez porque eu não queira, talvez porque a vida é minha ― bufou ― agora me deixe ir, antes que eu conte para todo mundo que você
Mary ParkerIrritada, arrependida e repulsa era como eu me sentia enquanto olhava por uma das paredes de vidro da minha sala a movimentação de carros e pessoas na Times Square em plena Quarta feira.O ponteiro do relógio marcava 16h da tarde e se fosse e possível eu estaria em casa, mas tenho um compromisso na empresa e não quero mais motivos para que falem que eu não arco com minhas responsabilidades, principalmente Philipe Taylor, o imbecil do meu novo sócio.Me sentia assim pois havia quebrado uma de minhas principais regras: se envolver e ficar com um homem mais de uma vez. Eu não queria e não podia isso. Eu não aceitava isso. Ouvi o telefone tocar algumas vezes enquanto estava perdida em pensamentos mas não atendi.Comecei a apertar e unhar a mim mesma, afim de descontar tudo o que eu sentia, minhas unhas eram longas e afiadas, com certeza me ajudariam. Aliás, sempre me ajudaram.― Mary Parker, o que está fazendo? ― Dizia Giovanna, entrando em minha sala― Sempre disse que gosto
Philippe conectou seu celular ao Bluetooth do retroprojetor que havia ali na sala e depois acessou as redes sociais de Carlos, onde haviam os vídeosCada vídeo tinham cerca de 5 milhões de visualizações e os likes eram sempre em torno de 1 milhão a 1.5 ( um milhão e meio ).― Realmente ele possui bastante visualizações, mas ainda assim, acho um valor muito alto― Pelo amor de Deus! ― Reclamou Philippe― Bom, entendo que não queiram, então deixa isso para lá, eu vou embora ― Carlos Levantou ― se― Espere! ― Exclamei ― Ainda não terminamos a reunião, ninguém sai antes de acabar― Você não me quer aqui, diz que gostou da minha voz mas não quer me contratar, o que é um direito seu já que a empresa também é sua, então eu vou embora pois tenho uma apresentação em um bar para fazer hoje a noite e não posso me atrasar― Eu tive uma idéia e exijo que fique para ouvir― Está bem ― Sentou ― se novamente― Aqui no contrato diz que se o contrato for quebrado teremos que pagar uma multa de R$ 500.0
Philipe TaylorFoi bem curto espaço de tempo entre eu chegar em casa, cumprimentar Leandro e a nova namorada dele no qual eu tinha certeza conhecer ela de algum lugar, mas não me lembrava de onde, e em seguida ver minha casa sendo invadida por 2 homens nos qual eu não reconhecia.Estavam bem vestidos, com roupas de marca, os perfeitos ditos bandidos de colarinho. Assim que entraram, saquearam a arma e apontaram para a gente― ISSO É UM ASSALTO! NÃO SE MEXAM OU EU MATO VOCÊS - Anunciou um dos bandidos— Levem o que quiser mas não nos matem por favor - Disse Leandro, se levantando do sofá desesperado— Podem levar o que quiser— Não queremos objetos, queremos dinheiro...ONDE ESTÁ O DINHEIRO? - Gritou um deles— Não tenho dinheiro aqui, somente no banco - Estremeci, engolindo seco— EU NÃO QUERO MORRERAgora quem gritou foi a nova namorada de Leandro, que tinha os olhos arregalados e o rosto inundado em lágrimasVi Leandro pegar sua namorada pelo braço e correr para o andar de cima,