CAPÍTULO 05

Mary Parker

Entrei no cemitério segurando um ramo de flores com Rosas e cravos Brancos e me ajoelhei em frente ao túmulo de Cláudia assim que eu o encontrei, estava igualzinho exatamente da última vez que vim visitá — la, as flores estavam em cima do túmulo exatamente como as deixei nos anos anteriores, ao lado de nossas fotos em família, viagens, sempre sorrindo e nos divertindo

— Não sabe como eu sinto a sua falta minha irmã

Essa foi a única frase que consegui dizer antes que as lágrimas começassem a cair. Me encostei em seu túmulo e continuei a chorar

— Dona Mary , está tudo bem? – Perguntou o coveiro

— Não tem como ficar bem quando se visita um falecido

— Quer ajuda em algo?

— Quero que saia e me deixe sozinha

— Ok, desejo concebido

Nesse momento me levantei, caminhei para o outro lado do túmulo e peguei uma de nossas fotos, era a foto da nossa 1° viagem internacional, fomos para a Itália e Cláudia tirou essa foto nossa em frente ao Coliseu de Roma. Tempos depois ela disse que essa nossa foto era a preferida dela, por isso a deixo aqui.

— Essa doença m*****a te levou de mim, mas um dia eu vou te reencontrar irmã, espere por mim por favor

Me ajoelhei e encostei novamente sobre o seu túmulo, agora deitando a cabeça sobre ele enquanto olhava aquela foto.

Não vi o tempo passar e quando percebi já era final de tarde

— Droga, fiquei aqui o dia todo e não fui trabalhar – Resmunguei comigo mesma

Coloquei a foto em seu devido lugar, arrumei as flores, limpei o meu rosto e saí dali, indo para o meu carro. No caminho de volta para casa eu ouvia Bee Gees até ouvir o meu celular tocar, era Rodrigo, do setor jurídico

— Mary , cadê você? Porque não veio a empresa?

— Tive problemas – Respondi seca

— Quais tipos de problemas? Estamos em um processo de mudança de dados da empresa e além do contrato, outras coisas precisam ser assinadas. Philipe já assinou tudo, só falta você

— Devo te lembrar que a dona da empresa sou eu, amanhã eu resolvo isso

Sem mais eu desliguei o celular e o guardei agora estava também irritada comigo mesma, não gosto de faltar aos meus compromissos. Cláudia também não iria gostar de saber que faltei a um dia de trabalho na empresa que ela deixou para mim.

Resolvi que, apesar de ainda ser Terça feira eu precisaria me distrair, então iria para casa somente para me trocar e procuraria um lugar para me divertir.

E foi isso mesmo que eu fiz, cheguei em casa e corri para o banheiro.

— Prepare a banheira para mim, quero um banho bem relaxante antes de sair – Disse para Rosana, empregada

— Não vai jantar antes?

— Não, só faça o que eu disse, por favor

Coloquei a bolsa no cabideiro e fui até a varanda do meu quarto, fiquei olhando a rua até ver meu novo vizinho e sócio chegar de carro em sua casa acompanhado de um amigo, o som estava extremamente alto, pensei em reclamar mas ele desligou assim que saiu do carro

Ele e seu amigo tiraram algumas sacolas do carro

— BOA NOITE SENHORITA MARY PARKER– Disse em um tom suficientemente alto para que eu ouvisse

— Só se for para você! – Respondi

— GRAÇAS A DEUS PARA MIM ESTÁ SENDO ÓTIMA, BOM DESCANSO – Virou – se pegando algumas sacolas, cochichando algo com o amigo, com certeza era sobre mim

— VOCÊ NÃO...

Não terminei de falar pois fui interrompida por Rosana, avisando que a banheira com sais minerais e essência de lêmon já estava pronta.

Tomei meu banho e só saí da banheira depois que me senti relaxada, me arrumei colocando um vestido preto com pedras e colado ao corpo, salto alto e passei uma maquiagem forte com lápis de olho, delineador blush e batom vermelho. Nos pés calcei um Scarpin.

Assim que terminei de me trocar passei meu perfume, mas antes de sair dei um aviso a Rosana

— Chegarei tarde, está liberada para ir para sua casa hoje a noite e tirar folga amanhã

— Obrigada senhorita Mary

A batida dançante Tecno dance era estridente e mesmo em uma Terça feira a noite a Avant Gardener estava lotada e eu queria aproveitar o meu momento sozinha, fui até o bar pedir uma bebida

— Quero uma tequila

— É pra já! – Respondeu o barman

Enquanto ele fazia a minha bebida eu reparava no local afim de encontrar algo interessante

— É, ninguém interessante ou conhecido aqui por perto, talvez eu deva procurar pelo meio

— Aqui está sua bebida

Virei a bebida de uma vez só, como deve – se tomar tequila

— Quero outra dose

— Está bem

Continuei a observar, quando ele colocou a dose no balcão e eu virei novamente

— Mais uma, por favor

— Mas senhorita, você vai ficar bêbada rápido

— Não interessa, estou pagando, anda! – Ordenei, revirando os olhos

— Está bem

Tomei mais 3 doses de tequila e depois pedi para que me servisse uma Red Snapper, bebida feita com Gin e limão siciliano.

Estava já alterada da bebida e resolvi ir até o meio da pista para dançar.

Eu descia até o chão e alguns caras se aproximaram de mim para me acompanhar na dança até o chão

— Alguém já te falou o quanto você é gostosa? – Sussurrou um deles em meu ouvido

— Já sim e eu sei disso – Respondi com um sorriso safado

— Me chamo Pablo e você?

Me virei de costas para ele e fiz nossos corpos colarem, dançando sensualmente.

Ele tinha um estilo exótico e um corpo chamativo, o que me fez ficar interessada. Ele beijava meu pescoço, pouco depois já senti seu membro endurecer

— O que acha de irmos para um local mais reservado? — Disse, me virando e mordiscando o glóbulo de sua orelha

— Eu acho o máximo

Se aproximou de mim para me beijar mas eu me esquivei

— Sem beijos em público

— Vou ao banheiro e pagar a minha conta, nos encontramos aonde gostosa?

— Me espere no estacionamento, e cuidado para que alguém não nos veja, não gosto de ser fotografada com os homens que saio

Antes de ir para o estacionamento eu peguei mais uma bebida e paguei a minha conta. Estava um pouco tonta e via algumas pessoas embaçadas, caminhava dentre as pessoas, até alguém me chamar muita atenção

— Mamãe?

Porém a mulher seguiu andando e se quer olhou para mim, resolvi segui – la. Assim que ela parou em frente a uma mesa eu toquei em seu ombro

— Mamãe o que está fazendo aqui?

— Acho que está me confundindo – Respondeu

Ela se virou e eu vi que não era a minha mãe

— Como assim você não é a minha mãe? – Arregalei os olhos

— Não sou sua mãe, talvez eu seja parecida com ela ou talvez seja só você bêbada tendo alucinações

— NÃO ESTOU BÊBADA! – Me encostei na cadeira ao lado — VOCÊ ESTÁ FINGINDO, VOCÊ É A MINHA MÃE SIM - Gritei

Respondi, quando senti alguém me puxar para um outro canto e me segurar, era Zoraida, uma conhecida minha

— Mary  o que está fazendo?

— A minha mãe está fingindo não ser a minha mãe – Tentando me soltar dela – Me solta eu preciso falar com ela

— Mary  para, ela não é a sua mãe!

— É sim! Como você não está reconhecendo a minha mãe?

— Vem, eu vou te levar para casa

Novamente eu senti ela me puxar, estava tão zonza que vi o homem que me esperava no estacionamento se aproximar e pedir que me trouxesse embora mas Zoraida não deixou mesmo com eu exigindo que ela me deixasse com ele. Odeio ser contrariada

Quando percebi já estávamos na porta da minha casa

— Consegue entrar sozinha ou quer ajuda?

— Eu vou sozinha

Sai do carro e com um pouco de dificuldade eu entrei, tirando meus sapatos e os deixando por ali mesmo.

Não estava com um pingo de sono e vi ali, na minha mini adega de bebidas uma garrafa de conhaque, ela parecia sorrir para mim e me chamar e eu não poderia dizer não.

A peguei, me sentei no sofá e comecei a bebê – lá. Em minha cabeça vinham memórias de família, família essa que eu não tinha mais, me levantei e comecei a andar para lá e para cá, lembrava de minha mãe me dando bronca e minha irmã me chamar

— PORQUE VOCÊS ME DEIXARAM? – Gritei desesperada

Joguei a garrafa na parede, me arrependendo logo em seguida ao vê- la estraçalhada no chão e a quantidade de bebida que ainda tinha nela.

A campainha tocou e a princípio eu não iria atender, porém começou a tocar desesperadamente e aquele som estava me irritando, então mesmo um pouco tonta eu atendí

— Você está bem? Eu ouvi você gritar e algo se quebrar – Perguntou ele

— O que quer? Além de ser meu vizinho e querer sociedade com a minha empresa agora vai me encher o saco também?

— Está bêbada – Negou com a cabeça

— Isso não é da sua conta

— Não seria da minha conta se você não tivesse que ir trabalhar amanhã. Você tem que terminar de assinar os papéis e não pode se quer pensar em faltar novamente.

— Eu já vou dormir, não me importune mais!

Ao tentar fechar a porta ele a segurou, impedindo que eu fechasse

— Você é muito atrevido!

— Pense o que quiser de mim, mas você está bêbada e aposto que se quer consegue andar direito, vou levá – la para o quarto e depois recolher esses cacos que estão pelo chão da sua sala

Ele me colocou em seu ombro, fechou a porta e só parou quando já estava no corredor do meu quarto e em frente a algumas portas, depois que eu comecei a dar soquinhos nele para me soltar

— Pronto, já pode ir para sua casa – Abrindo a porta do meu quarto e entrando

— Resolvi que vou te dar um banho e colocá – la na cama

Esse abusado não esperou que eu respondesse, me colocou novamente no colo e me levou ao banheiro do quarto, mesmo contrariada o ajudei a tirar minha roupa.

Percebi seu olhar vagar pelos meus seios enquanto a água gelada corria sobre mim. Assim que percebi seu olhar ele tentou disfarçar, aposto que não queria que notasse que estava com desejo por uma mulher alterada pela bebida.

Foi ai que eu notei melhor suas vestimentas, estava com uma calça moletom, sem camisa e os cabelos bagunçados, o que me chamou muita atenção. Aposto que estava dormindo. Estava incrivelmente sexy

— Chupe essa bala, vai ajudar a reduzir o álcool – tirando um pequeno papel de bala que havia em um dos bolsos da sua calça e me entregando — Vou sair do banheiro, ir recolher os cacos da garrafa que você jogou le volto em alguns minutos para te ajudar a sair e a deitar na cama

— Já disse que não preciso da sua ajuda

— Deixa de ser grotesca

Ele saiu do banheiro e eu continuei ali, fechei os olhos para sentir a água cair sobre mim e coloquei a bala na boca.

Não foi preciso que ele voltasse, quando me senti um pouco melhor eu saí do chuveiro, vestindo meu Robe.

— Já juntei os cacos e pelo que vejo já está melhor, vou ajudar você e se deitar

Ele tentou se aproximar mas eu o impedi

— Eu sei me virar sozinha, já pode ir, deve saber por qual porta você entrou

Ele ficou parado, me olhando com as mãos no bolso de sua calça

— O que é? Porque está parado e me olhando assim?

— Minha mãe sempre me ensinou que quando recebemos um favor, devemos agradecer

— Mas eu não te pedi favor nenhum

— Você é muito arrogante – Disse, rindo baixo

— Está bem, obrigada! — Revirei os olhos

Quando o mirei novamente ele passava as mãos pelo cabelo e sorria largamente para mim

— Aliás, já que quer tanto um agradecimento eu vou te agradecer sim mas de outra forma — Completei

Segurei em seu braço e o empurrei, fazendo ele cair na cama e me sentei sobre, encaixando minhas pernas em volta de seu quadril.

Tomei sua boca para mim em um beijo ardente e intenso, depois desci os beijos seu pescoço passando as unhas por seu abdômen definido. Fazia movimentos com o quadril e eu senti seu pau endurecer rapidamente

— Nossa que delícia de agradecimento – Puxou meu cabelo bruscamente

Levantou meu Robbie até a cintura, apertou a minha bunda e deu – me um tapa que com certeza ficaria marcado

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