Eu me perdoo

- Oi, mãe! – Sorri, não impedindo as lágrimas.

Naquele momento chorar não era sinal de fraqueza e sim de alegria... Alegria pelo reencontro, depois de tantos anos.

Minha mãe veio até o portão e o abriu e ficamos nos olhando, como se antes de matarmos a saudade através de um abraço precisássemos viver aquele momento de reconhecimento.

Josephine em 19 anos não tinha envelhecido e sim remoçado. Foi como se ela tivesse voltado dez anos antes desde o momento que parti.

- Você... Está linda, mãe! – Sorri.

Ela veio lentamente até mim e me abraçou com tanta força que chegou a doer meus ossos. Senti suas lágrimas mornas molhando meu ombro enquanto não conteve um gemido de talvez surpresa por estarmos novamente juntas.

Assim que me soltou, pegou-me pelos ombros e beijou minha testa, descendo pelo nariz, queixo, bochechas e cada um dos olhos.

- Eu quero me certificar... De que isto é verdade! Que não é um sonho! – Falou, num fio de voz.

Toquei com minhas duas mãos suas maçãs do rosto, quentes e
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