- Não creio que ela a odiasse. Mas também não entendo porque era tão contra nós dois.- Ela queria você com Anastácia e isso era muito claro para mim.- Eu só quero... Que a perdoe.- Eu já perdoei, Pedro. – Garanti, afinal, eu não odiava a vó dele.Deitei a cabeça em seu ombro e ele disse:- Se soubesse o quanto senti a sua falta nestes dias.- Eu sei... Porque também senti a sua.- Não me importaria de ficar aqui para sempre, só sentindo você junto de mim.- Então vamos ficar assim... Para sempre. – Sugeri, aproximando-me ainda mais dele quando um trovão ecoou no céu, me amedrontando.Pedro começou a alisar meus cabelos, como sabia que eu gostava, fazendo com que me sentisse plena e feliz e aos poucos começasse a ficar sonolenta, que era o que aquele carinho me causava.- Porra, você é bem boa de cama. – Ele riu, ao ver que eu quase me entregava ao sono, tentando me manter acordada com aquele programa chato de televisão.- Muito boa... – Bocejei – E você sabe disto. – Sussurrei – Es
- Eu... Juro que tentei... Mas não consigo dormir... Longe de você... – A voz de Pedro estava rouca e percebi que estava ofegante.Passei o braço pelo lado de seu corpo e girei a chave na fechadura da porta, trancando-a.Pedro levantou-me imediatamente, fazendo-me pôr as pernas ao redor dos seus quadris, enquanto me segurava pelas costas, tomando meus lábios num beijo desesperado.Não havia como não corresponder. Eu queria aquilo mais do que tudo. Quase havíamos transado na noite anterior, impedidos pela vidraça quebrada. E não, não fomos para outro lugar depois que saímos do Baccarath. E eu nem sabia o motivo. Mas agora queria tê-lo... Dentro de mim, por mais louco e insano que pudesse parecer naquele momento, onde era extremamente proibido o que fazíamos.Pedro me jogou na cama, sem descuidar do nosso beijo perfeito. O quarto estava na penumbra, somente com os números digitais do rádio relógio deixando que nossas silhuetas pudessem se fazerem vistas.Peguei Pipeline e retirei-a da c
Quando mordeu levemente meu clitóris, senti meu corpo todo estremecer-se e gozei intensamente, incapaz de produzir qualquer tipo de som. Era como se eu tivesse explodido de prazer, com cada centímetro do meu corpo em ebulição.Pedro deitou-se ao meu lado e beijou minha bochecha repetidas vezes. Ambos ofegávamos e ficamos ali, até nos acalmarmos e pormos nossos corpos em ordem.- Por que paramos? – Perguntei.- Você gozou. E eu gozei. E não tenho camisinha.- Como assim não tem camisinha?- Eu não achei que fosse dormir aqui... Não imaginei que deveria trazer camisinhas para um jantar na sua casa. – Murmurou, a respiração ainda acelerada.Eu já tinha gozado duas vezes. E minha boceta ainda latejava. Sim, porque eu queria o pau dele. Não bastava o que fizemos.Subi em cima de Pedro, alisando seu peito. Comecei a rebolar sob sua barriga, fazendo com que ele me empurrasse para trás, fazendo-me sentir seu pau endurecido na minha bunda. A cama começou a ranger novamente e parei.- Não atice
- Você fez eu bater, porra! – Gritei, saindo do carro, indignada.O homem gargalhou:- Moça, quem está guiando é você. Não sabe olhar nos espelhos? Não tem noção de espaço?Fui até a traseira do carro e percebi o estrago: um grande amassado.- Você é o culpado! – O olhei.- Escute aqui, mocinha, eu a ajudei.Os outros homens também riam de mim. Pus as mãos na cabeça, atordoada! Desgraçado! Ele havia feito propósito.Fui até a farmácia, peguei o remédio que minha mãe havia pedido e um teste de gravidez. Já estava extremamente nervosa e agora ainda mais aquilo para destruir meu dia. E se eu realmente estivesse grávida? Já tinha um bloqueio horrível para dirigir e agora com aquela batida certamente ficaria traumatizada, podendo causar ainda algum dano ao bebê.Sentei-me no volante e vi o homem que cuidava do estacionamento conversando com outro no portão de saída. Toquei meu ventre, impressionada com o quanto me preocupei com o bebê antes mesmo de me certificar de que ele estava ali. Não
- Você só pensa em comer. – Ela riu, limpando as lágrimas insistentes.Levantei e suspirei:- Vou ao banheiro fazer o teste. Me deseje boa sorte.- Boa sorte, amiga! Vai dar tudo certo... E o certo é ser NEGATIVO.Sorri e ela me abraçou com força. Ficamos um tempo ali, cada uma com seus próprios pensamentos. Os meus era de agradecimento por ela estar ali comigo naquele momento. Os dela, certamente era no meu irmão.Levantei e fui ao banheiro. Abri a caixa e avistei o pequeno copo transparente, onde deveria ser feita a urina. Após se colocava uma das fitas brancas dentro do copo e aguardava as listras vermelhas aparecerem. Uma listra, não grávida. Duas listras, grávida.Fiz tudo conforme solicitado e aguardei os cinco minutos necessários até que retirei a fita do copo. Uma listra. Senti meu coração acelerar e pulei sozinha de felicidade com resultado.Saí dali e voltei para o quarto.- E então? – Flora estava me esperando, ansiosa.- Não é desta vez que você será tia ou dinda. – Ri, al
Naquela tarde eu estava saindo da escola quando o carro do senhor Amorin estacionou ao meu lado. Flora não havia vindo na aula então eu já imaginava que algo tinha acontecido.Abaixei-me e olhei pelo vidro do carro, que desceu lentamente:- Olá, Clara.- O que aconteceu com Flora, senhor Amorin? – Fui direta.- Ela não está nada bem. Desde ontem à noite tudo que tem feito é chorar. E sabe como Flora é... Não costuma se abrir comigo e com a mãe dela. Creio que você seja a única que possa ajudá-la.- Claro... – Não pensei duas vezes e antes mesmo de ele me convidar, abri a porta do carro e sentei-me ao seu lado, pondo o cinto.Apesar do que havia acontecido no domingo, na segunda-feira Flora tinha vindo na escola e nos encontramos e ficou tudo bem. Ou melhor, bem nunca ficaria novamente, já que ela não poderia mais ir na minha casa.Mas minha amiga sempre foi muito compreensiva, mesmo sem ter visto exatamente a forma como meu pai agia quando bebia e ficava violento. Infelizmente ela tev
Quando cheguei na frente da casa onde meu irmão residia, nos fundos, estacionei o carro, feliz por ter pouco movimento e não precisar dar voltas e voltas na quadra até ter um lugar numa esquina para que eu pudesse deixar o carro de uma forma que me desse tranquilidade e segurança na hora de sair.Apertei a campainha que havia no portão e quem me atendeu foi uma mulher aparentando uns 40/45 anos.- Boa noite... Eu sou irmã do Renan Versiani. Gostaria de saber se ele está em casa.Ela sorriu:- Entre! O portão está aberto.Abri o portão e estava me dirigindo para o corredor ao lado da casa quando ela disse:- Renan está aqui. Entre, por favor.A olhei, confusa. A mulher veio até mim e cumprimentou-me com um beijo na bochecha:- Você deve ser a Clara.- Sim. – Afirmei, certa de que Renan havia falado sobre mim com ela.- Sou Talía. Muito prazer.Sorri, achando-a muito simpática enquanto era conduzida para dentro de sua residência.A casa de Talía aparentava ser grande por fora. E o seu i
Meu mundo desabou depois daquilo. Certamente dirigir era coisa que eu não faria novamente, por todos os problemas que tive ao longo de minha jornada como motorista. Ser forte era uma coisa. Insistir numa coisa que eu não sabia fazer era burrice.Dei o recado ao meu pai tal e qual o homem mandou. No entanto tudo que consegui foi uma risada irônica e se ele realmente ficou preocupado, não demonstrou.Dizer que fui tirada do carro com uma arma na cabeça foi o mesmo que explicar que tropecei no portão antes de entrar. Para Joaquim Versiani não era motivo de pânico ou mesmo registrar uma ocorrência policial. Questionado pela minha mãe sobre no que estava envolvido, meu pai negou qualquer coisa. Ela insistia que eram jogos de azar.Naquela noite Pipeline estava inquieta e não queria de maneira alguma ficar na minha cama. Estava visivelmente mais pesada e barriguda e escondi de todos, inclusive de Pedro, que imaginava que ela estaria prenha. Meu namorado não sabia das ameaças de meu pai com