Nem sei como cheguei à varanda, onde ele estava, como se tivesse sido teletransportada de tão rápido que me aconcheguei aos seus braços. Senti as lágrimas de felicidade escorrendo pelas minhas bochechas, depois de tanto tempo derramando-as por tristeza e decepções.
- O que... Você está fazendo aqui? – Minha voz quase não saiu enquanto o apertava a ponto de machucá-lo.
- Vim vê-la, Clara! Estava louco de saudades.
Fechei meus olhos e deixei as lágrimas molharem sua camisa enquanto a cabeça descansava em seu peito.
- O que houve com seu braço? – Renan perguntou, curioso.
- Eu... Caí. – Me ouvi dizendo, com vergonha de contar a verdade.
Renan alisou meus cabelos gentilmente e virei-me na direção de Talía... Percebendo que não era Talía.
- Oi... – A jovem garota de cabelos
POV PedroO jantar havia sido somente em família. Brindamos à meia-noite e depois nos sentamos na sala para conversar. Inevitavelmente me vi falando sobre negócios com o senhor Moratti, o que acabava sempre acontecendo.Eu gostava dos pais de Flora. Eram tão agradáveis quanto ela. E me tratavam realmente como se eu fosse da família.Eu estava um pouco nervoso e assim que a conversa encerrou, antes que os anfitriões se retirassem cedo, como costumavam fazer, retirei a caixa das alianças do bolso e abri, surpreendendo a todos.- Eu... Gostaria de aproveitar esta noite... E este momento... Para pedir que seja minha esposa, Flora.Flora me encarou, sorrindo. Os olhos lacrimejaram e fiquei incerto se ela estava realmente feliz ou pensou que poderia ser outra pessoa com aquele par de alianças na sua direção, como Renan, por exemplo.- Eu aceito! – Ela disse de forma tranquila, limpando a lágrima que caiu por sua bochecha, vindo na minha direção e me dando um beijo.Os pais dela ficaram imen
- Me leve para cama... – Pediu.Aquela era a pior parte... Dormir com ela pensando em outra.Quando cheguei em casa joguei o blazer sobre o sofá e fui para o meu quarto. Eu só usava aquele lugar para dormir e o senhor Amorin tinha razão quando disse que eu e Flora deveríamos encontrar um lugar para começar o nosso lar.Aquela casa era uma tumba de lembranças... De Clara, de minha avó, da pobre Anastácia, que havia engravidado de Jason e aberto mão de tudo para ser mãe.Quando cheguei no meu quarto liguei a luz e deparei-me com a foto de Clara ao lado da minha cama. Sentei-me no colchão e peguei o porta-retrato, passando a mão na imagem como se estivesse alisando a pele macia e morna dela.- Hora de tirá-la definitivamente da minha vida, Clara Versiani. – Pus o objeto dentro da gaveta, com a imagem virada para baixo.Olhei dentro da gaveta o par de alianças que eu havia comprado para nós. Retirei uma delas da caixa e toquei as letras que mandei gravar, escrito “Minha outra metade”. Eu
POV PatrickOlhei para Clara, completamente nervosa e franzi a testa, confuso:- Do que você está falando?- Meu passaporte... Sumiu.- O que... Você quer com o passaporte?- Onde está?- Como eu vou saber onde está o “seu” passaporte?- Me entregue agora, Patrick. – Ordenou, com a mão na minha direção.- Eu não sei onde está a porra do seu passaporte. – Falei palavra por palavra pausadamente a fim de que ela entendesse de uma vez.- Meu pai morreu... Minha mãe fará de tudo para que eu e Renan possamos chegar há tempo para o funeral. E para deixar a Austrália, preciso do meu passaporte.Larguei o que eu estava fazendo e parei na frente dela, encarando-a seriamente:- Vamos encontrá-lo, não se preocupe. Irei ajudá-la a procurar.Ela riu debochadamente:- S
Já tinha trocado várias vezes os números do telefone, a fim de que ele nunca tivesse como entrar em contato. Claro que não tomava aquela atitude somente quando Renan aparecia, para que Clara não desconfiasse. Quando ela me questionou uma vez, falei que era por conta do medo de sermos perseguidos por questões de dinheiro. E inventei mais um monte de desculpas descabíveis.As desculpas eram ridículas. Mas Clara nunca quis saber mais. Parecia se conformar... Ou simplesmente não se importava com as ligações do irmão.O problema é que agora Renan sabia nosso endereço. E certamente viria procurar a irmã novamente, principalmente se ela não aparecesse no enterro. Mas o pior era ele poder trazer notícias de Pedro Moratti.- Precisamos nos mudar... Para um lugar distante de tudo. – Me ouvi falando.Minha mãe suspirou e alisou meu rost
POV CLARAEu sabia que Patrick odiava quando eu dizia aquilo, mas era a verdade. Dentro de exatamente quatro anos e meio, eu estaria livre daquele casamento e viveria a minha vida. E não, não seria em Laranjeiras. Tampouco em algum lugar próximo. Era hora de seguir em frente... Sozinha.Terminei de comer praticamente tudo que ele havia posto na bandeja e perguntei:- Quem arrumou esta comida?- Eu.Sorri:- Obrigada.Patrick poderia ter vários defeitos, mas dentre as poucas qualidades, saber tudo que eu gostava de comer era uma delas.Ele mesmo pegou a bandeja e pôs ao lado da cama, na mesa de cabeceira.- Sinto muito por tudo que houve hoje... E também pela morte do seu pai. – Sua voz foi terna.Se eu não tivesse conhecido o lado ruim e violento dele, acreditaria em seu amor por conta da doçura com que me tratava naquele momento, parecendo realmente se
Despertei sentindo a cabeça como se fosse explodir de tanta dor. Remexi-me na cama e deparei-me com Patrick. Eu estava coberta junto dele com o edredom. Realmente havia pego no sono, pois sequer vi ele me cobrindo.Sentei-me na cama, com dificuldade, ainda sentindo cólicas, embora mais fracas. Patrick abriu os olhos, com dificuldade, e espreguiçou-se:- Amo dormir ao seu lado.- Isso não vai me convencer... – Deixei claro.Ele riu e levantou a coberta a fim de levantar-se.- Clara! – gritou, levantando os braços, com a bermuda e parte da camiseta toda ensanguentada.Fiquei observando-o, completamente confusa.- Eu acho... Que menstruei! – ele disse, retirando a camiseta imediatamente, em pânico, fazendo-me cair na risada.Duas semanas depois e eu estava subindo um morro em Gold Coast, no jipe de Patrick, enquanto minha sogra nos acompanhava dirigindo o car
- E então, Clara? Vai ficar aí ou virá ver a casa em que morará nos próximos 4 anos e 4 meses? – Sophie perguntou, com as mãos na cintura parada atrás de nós.Eu ri, de forma irônica, olhando para Patrick:- E você ainda tenta dizer que isso pode ter um futuro...Patrick tentou pegar meu braço, mas desvencilhei-me e fui para a entrada da residência.A grama verde tomava conta de do espaço do terreno, que era todo gradeado, com ferros retos e brancos que tinham em torno de 50 cm de altura, como se fosse somente para delimitar um espaço entre a casa e a “selva”.O primeiro andar não era bem um andar, embora tivesse o tamanho de cada um dos demais. Era como se fosse a estrutura de um bolo, que segurava tudo o resto. Em alvenaria branca, com algumas portas em vidro e lâmpadas ao longo de toda parede, o lugar servia apenas para abrigar as escadas que davam para o andar dois. Este, por sua vez, era todo em piso que parecia de vidro e à direita tinha uma piscina gigantesca, cujo formato se a
Seu pau deslizava com muita facilidade e aquilo incrivelmente me dava ainda mais prazer. Parecia que eu nunca estive tão molhada na vida. E enquanto Patrick me fodia, eu via o mar à frente.Num transe entre prazer, imagem do mar, sensação de paz e vontade de pelo menos uma vez na vida esquecer o passado e seguir em frente, dando uma chance ao meu marido e a mim mesma, me dei ao prazer de gozar e gemer feito uma puta, ouvindo o eco dos meus miados tomarem conta de todo o espaço onde estávamos.Até que Patrick gemeu quase num grito... E senti seu líquido morno e espesso me invadir, dando um passo para o lado, em segundos sentindo descer pelas minhas pernas.- Que... Porra é esta? – Praticamente gritei.- Acho... Que a camisinha estourou.Olhei para o chão e vi a camisinha sem uma gota de sêmen dentro.- Você... Não pôs a camisinha?Patrick sorriu:- Vamos ter um bebê.- Seu doente! – O empurrei com força, fazendo-o quase cair.- Doente? Sou doente porque quero ter um filho com você?- E