Ele disse que sou livre

Eu não esperava ficar presa ali até chegar 2010. Mas ao mesmo tempo não duvidava de nada que vinha dos Huxley.

Estava cansada de chorar. Limpei as lágrimas e abri uma das caixas que havia ali. E encontrei um álbum de fotos. Sentei-me no chão e comecei a folhear as páginas duras, parecendo encapadas com plástico. Era o “bebê da mamãe”... Patrick Huxley.

Respirei fundo e me peguei rindo ao ver o bebê gorducho careca, de olhos azuis brilhantes e bochechas redondas. Ele era cheio de dobrinhas.

Ao menos Sophie não havia se desfeito daquilo. Ficou bilionária e não houve espaço para o passado, nem sequer para o bebê Patrick, feliz nos braços do pai em algumas das fotos. Eles eram parecidos. Fiquei pensando se o pai dele seria tão perverso quanto a mãe.

Quando acabei o álbum peguei outro. Era Patrick adolescente. Quando ele tinha seus 15, 16 eu era apenas uma criança. Ri ao vê-lo na praia com uma prancha de bodyboard, certamente onde tudo começou. Onde ele te

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