- Porra, você está bem? – Pus as mãos no rosto, preocupado, em seguida a virando de costas para ver seu corpo.- Eu... Acho que sim... – A voz dela soou fraca.Verifiquei suas costas bem como os ombros, para ver se havia ficado algum vestígio de vidro em sua pele.- Sente dor? – Me senti tão culpado que não tinha palavras.- Não... Está tudo bem. – Ela começou a rir.- Clara, isso foi sério! – Balancei a cabeça, atordoado – Você poderia ter se ferido seriamente.- Mas não me feri... – Agora ela gargalhava – Acho que quebramos uma vidraça, Pedro.- Acha? Eu tenho certeza. Que porra! – Tentei fazê-la parar de rir.- Você pensa em pagar o conserto?- Juro que sim. Mas mandarei o dinheiro de forma anônima. Jamais seria capaz de dizer que apertei tanto minha namorada contra a vidraça que a quebramos. Eu poderia tê-la deixado gravemente ferida.- Relaxa, Pedro Moratti! E me beije... Até cansar... – Ela provocou.Em dúvida entre beijá-la ou ainda me certificar de que Clara havia saído ilesa,
Ela virou-se imediatamente. Usava um avental estampado. Os cabelos loiros estavam arrumados num rabo de cavalo no alto da cabeça e eu não precisava perguntar quem era, porque os olhos dela eram exatamente como os de Clara.A mulher veio na minha direção, secando as mãos no avental. Era magra, alta, tinha a pele clara e os olhos azuis profundos.- Clara! – Ela gritou o nome da filha e sorriu – Você deve ser Pedro.- Sim... Sou eu – Entreguei-lhe o buque de rosas brancas – Obrigada por me receber na sua casa.A mulher pegou o buque e olhou atentamente para as flores e percebi as lágrimas rolando imediatamente por suas bochechas.- Eu... Fiz algo errado? Se sim... Peço desculpas. – Senti meu coração acelerar, amedrontado.- Não... De forma alguma... – a voz dela embargou.Por sorte Clara apareceu, me tranquilizando com sua presença, enfim.Ela olhou para as flores que a mãe tinha nas mãos e enrugou a testa:- Mãe... Você está chorando?A mulher limpou as lágrimas e sorriu:- Eu... Nunca
Meu pai parou e o encarou antes de dizer:- Desde que me traga um vinho caro cada vez que vier vê-la, por mim tudo bem.Achei que Joaquim pudesse rir, fingido que era uma brincadeira, mas não o fez.- Joaquim está brincando! – Minha mãe tentou ajeitar a situação, sem jeito.- Não, não estou! – meu pai deixou claro.Fiquei imaginando se ele deixaria Pedro dormir comigo por um uísque de qualidade, daqueles caros.- O que você faz da vida, Pedro? – Joaquim perguntou.- Estou terminando o Ensino Médio e cursarei Direito.- E seus pais?Pedro relutou um pouco em responder:- Morreram... Faz um tempo.- Sinto muito... – Minha mãe o olhou, de forma piedosa.- Esta casa é de respeito. Não dormirá com Clara.- Não é minha intenção... Desrespeitá-la... Senhor Versiani.Pedro ainda tinha os dedos enlaçados aos meus e me olhou de relance.- Não criei filha para ser vagabunda. – Ainda queria se exibir, deixando claro o quanto era patético e ridículo.- Entendo... Perfeitamente. – Pedro disse de fo
- Não creio que ela a odiasse. Mas também não entendo porque era tão contra nós dois.- Ela queria você com Anastácia e isso era muito claro para mim.- Eu só quero... Que a perdoe.- Eu já perdoei, Pedro. – Garanti, afinal, eu não odiava a vó dele.Deitei a cabeça em seu ombro e ele disse:- Se soubesse o quanto senti a sua falta nestes dias.- Eu sei... Porque também senti a sua.- Não me importaria de ficar aqui para sempre, só sentindo você junto de mim.- Então vamos ficar assim... Para sempre. – Sugeri, aproximando-me ainda mais dele quando um trovão ecoou no céu, me amedrontando.Pedro começou a alisar meus cabelos, como sabia que eu gostava, fazendo com que me sentisse plena e feliz e aos poucos começasse a ficar sonolenta, que era o que aquele carinho me causava.- Porra, você é bem boa de cama. – Ele riu, ao ver que eu quase me entregava ao sono, tentando me manter acordada com aquele programa chato de televisão.- Muito boa... – Bocejei – E você sabe disto. – Sussurrei – Es
- Eu... Juro que tentei... Mas não consigo dormir... Longe de você... – A voz de Pedro estava rouca e percebi que estava ofegante.Passei o braço pelo lado de seu corpo e girei a chave na fechadura da porta, trancando-a.Pedro levantou-me imediatamente, fazendo-me pôr as pernas ao redor dos seus quadris, enquanto me segurava pelas costas, tomando meus lábios num beijo desesperado.Não havia como não corresponder. Eu queria aquilo mais do que tudo. Quase havíamos transado na noite anterior, impedidos pela vidraça quebrada. E não, não fomos para outro lugar depois que saímos do Baccarath. E eu nem sabia o motivo. Mas agora queria tê-lo... Dentro de mim, por mais louco e insano que pudesse parecer naquele momento, onde era extremamente proibido o que fazíamos.Pedro me jogou na cama, sem descuidar do nosso beijo perfeito. O quarto estava na penumbra, somente com os números digitais do rádio relógio deixando que nossas silhuetas pudessem se fazerem vistas.Peguei Pipeline e retirei-a da c
Quando mordeu levemente meu clitóris, senti meu corpo todo estremecer-se e gozei intensamente, incapaz de produzir qualquer tipo de som. Era como se eu tivesse explodido de prazer, com cada centímetro do meu corpo em ebulição.Pedro deitou-se ao meu lado e beijou minha bochecha repetidas vezes. Ambos ofegávamos e ficamos ali, até nos acalmarmos e pormos nossos corpos em ordem.- Por que paramos? – Perguntei.- Você gozou. E eu gozei. E não tenho camisinha.- Como assim não tem camisinha?- Eu não achei que fosse dormir aqui... Não imaginei que deveria trazer camisinhas para um jantar na sua casa. – Murmurou, a respiração ainda acelerada.Eu já tinha gozado duas vezes. E minha boceta ainda latejava. Sim, porque eu queria o pau dele. Não bastava o que fizemos.Subi em cima de Pedro, alisando seu peito. Comecei a rebolar sob sua barriga, fazendo com que ele me empurrasse para trás, fazendo-me sentir seu pau endurecido na minha bunda. A cama começou a ranger novamente e parei.- Não atice
- Você fez eu bater, porra! – Gritei, saindo do carro, indignada.O homem gargalhou:- Moça, quem está guiando é você. Não sabe olhar nos espelhos? Não tem noção de espaço?Fui até a traseira do carro e percebi o estrago: um grande amassado.- Você é o culpado! – O olhei.- Escute aqui, mocinha, eu a ajudei.Os outros homens também riam de mim. Pus as mãos na cabeça, atordoada! Desgraçado! Ele havia feito propósito.Fui até a farmácia, peguei o remédio que minha mãe havia pedido e um teste de gravidez. Já estava extremamente nervosa e agora ainda mais aquilo para destruir meu dia. E se eu realmente estivesse grávida? Já tinha um bloqueio horrível para dirigir e agora com aquela batida certamente ficaria traumatizada, podendo causar ainda algum dano ao bebê.Sentei-me no volante e vi o homem que cuidava do estacionamento conversando com outro no portão de saída. Toquei meu ventre, impressionada com o quanto me preocupei com o bebê antes mesmo de me certificar de que ele estava ali. Não
- Você só pensa em comer. – Ela riu, limpando as lágrimas insistentes.Levantei e suspirei:- Vou ao banheiro fazer o teste. Me deseje boa sorte.- Boa sorte, amiga! Vai dar tudo certo... E o certo é ser NEGATIVO.Sorri e ela me abraçou com força. Ficamos um tempo ali, cada uma com seus próprios pensamentos. Os meus era de agradecimento por ela estar ali comigo naquele momento. Os dela, certamente era no meu irmão.Levantei e fui ao banheiro. Abri a caixa e avistei o pequeno copo transparente, onde deveria ser feita a urina. Após se colocava uma das fitas brancas dentro do copo e aguardava as listras vermelhas aparecerem. Uma listra, não grávida. Duas listras, grávida.Fiz tudo conforme solicitado e aguardei os cinco minutos necessários até que retirei a fita do copo. Uma listra. Senti meu coração acelerar e pulei sozinha de felicidade com resultado.Saí dali e voltei para o quarto.- E então? – Flora estava me esperando, ansiosa.- Não é desta vez que você será tia ou dinda. – Ri, al