Furacão

Não podemos prever uma furacão, foi isso que senti ao ver Murat entrando no meu quarto e fechando a porta com um sorriso devastador. Agora ele está de short preto e camiseta branca, uma sandália de couro nos pés.

Imediatamente dou um salto e fico em pé do outro lado da cama, puxando o lençol para cobrir minha camisola branca de cetim. O encaro, enrolada a ele.

—O ...que você está fazendo aqui?

Murat ainda sorrindo fecha a porta, parece estar se divertindo muito com meu gesto assustado. Seus olhos então focam a televisão ligada e ele olha para mim.

—Para quem estava com dor de cabeça, você me parece muito bem...

—Você veio checar se eu estava com dor de cabeça?

Ele se encosta a porta e cruza os braços e me olha com seu sorriso maquiavélico.

—Pensei que estivéssemos nos entendendo, Ester.

O desejo de seu olhar quase quebra meu autocontrole.

—Entendendo? —Eu o questiono furiosa comigo mesma por ter permitido que ele me beijasse. Agora ele acha que pode fazer o que quer. —Um beijo roubado
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