Recomeço.

Estou lavando a louça do café da manhã. Murat e o senhor Çelik tomaram juntos hoje cedo. Murat estava sério, com o rosto fechado. Mal me olhou. Não sei se ficou ofendido com a minha observação de ontem ou se agiu assim para não dar bandeira na presença do pai. Talvez tenha sido por ambas as razões.

A senhora Çelik tomou o café mais tarde e, logo depois, entrou na cozinha e foi para os fundos da casa.

Estou angustiada. Quero muito falar com Rose, recuperar minha carteira de trabalho e pedir a conta. É a oportunidade perfeita, já que Murat estará ausente nos próximos dias.

Assim que terminei a louça, fui atrás de Rose e a encontrei no quarto de Murat. Meu coração disparou ao sentir o perfume dele no ar. O cheiro preenchia o ambiente. Sobre a poltrona, a roupa que ele usava quando foi até o meu quarto era uma lembrança forte demais.

— Rose.

Ela parou de arrumar a cama e se virou para mim.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não. Eu gostaria de pegar minha carteira de trabalho com você.

— Por que
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