A Festa

Por fim, consigo articular uma deixa para a minha saída:

— Ainda bem que não tenho essa capacidade e, talvez, se tivesse, meus dedos estariam na sua cara bonita. Bom dia, senhor Çelik, e bom apetite.

Eu vou deixando a sala escutando a sua risada baixa.

— Espere! — ele então diz.

Solto o ar e me volto para ele. Nos encaramos. Ele recosta melhor na cadeira, com uma expressão que me deixa tensa.

— Já disse que senhor aqui é meu pai, apenas Murat. E por falar nele, teremos uma festinha hoje. Você já deve estar sabendo.

— Sim. Inclusive, estou ocupada com os preparativos.

Ele vai abrindo o sorriso, um jeito jocoso, como se estivesse se divertindo comigo. Meu estômago dá um nó.

— Sei... sei... Tudo bem, não vou te deixar em paz agora. Pode se refugiar na cozinha antes que você perca essa fachada de durona e demonstre que, no fundo, está louca para eu materializar seus desejos... meus desejos... fazendo esse vulcão enrustido, que conheço tão bem, explodir.

A sala parece ficar quente de repen
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