Cecília e Téo, formavam o típico casal perfeito. Conheceram se por acaso, em um momento qualquer de suas vidas, casaram se após longos cinco anos de namoro, tornando a relação deles um tanto que inspirável. Amor, era o que transbordavam por onde passavam... Toda via, após um certo tempo, conhecera a tão famosa monotonia, e consequentemente as provações, as quais não souberam enfrentar. Diante brigas e desacertos, o divórcio tornou-se o único caminho viável, que poderia evitar maiores danos. Certos de que seguiriam caminhos opostos, uma viagem inesperada acontece, e mudanças drásticas vem como brinde, e uma jornada desconhecida é traçada para o jovem casal, levando-os a conhecerem o verdadeiro significado de uma aliança, ou melhor, conhecer o que vem, ALÉM DA ALIANÇA.
Cinco Anos Antes"Se um dia passarem por momentos difíceis, olhem nos olhos um do outro e resgatem o amor verdadeiro que os uniu. Ele lhes dará forças para superar e seguir."— Desconhecido— Querida, prometo te amar, não só aqui, agora — Téo sorriu, apertando minha mão, foi impossível não sorrir também, embora uma lágrima solitária descesse teimosamente pela minha face, se fosse em outro momento, surtaria pela belíssima maquiagem sendo estragada pelo meu sentimentalismo, mas não era um outro momento, era meu casamento! Meu coração batia aceleradamente, era como se cada palavra proferida por meu noivo, meu coração saltava dentro de mim, meu peito doía de emoção, eu nunca gostei de sentir uma dorzinha tanto quanto agora. Meu Deus!
AtualmenteEu nem sempre fui uma pessoa muito segura, para mim a qualquer momento eu iria falhar, principalmente na minha faculdade e residência de medicina, quando se tem tantas mentes brilhantes a sua volta, e você nem segura de si é, torna-se uma batalha árdua, mostrar para si mesma que é capaz, e principalmente se adequar as mudanças, nos meus primeiros anos foi um inferno, mas com Téo ao meu lado, eu conseguia me sobressair, então pouco a pouco fui me sentindo segura, fui me adequando as mudanças, mas eu não esperava que as mudanças fossem para além de minha carreira, que eu estava batalhando tanto para ter. Eu havia me tornado uma profissional respeitada, requisitada, nos corredores do grande hospital no qual eu trabalhava, eu me sentia segura, desde as coisas mais banais como demandar tarefas as coisas complicadas como fazer um diagnóstico a um paciente que j&aacut
— Eu sei Dona Ângela, mas o que posso fazer? Não posso abandonar meus pacientes assim! — Após a briga com Téo, não tinha visto-o mais, com certeza havia ido para o trabalho assim que adentrei o banheiro. Passei um bom tempo lá, meus olhos ardiam, e em minha garganta um nó havia se formado, mas não me permiti a chorar, em frente ao espelho me martirizei, me culpei pelo esquecimento, afinal, caso houvesse me lembrado, com antecedência, poder adiar minhas consultas, mas agora era tarde demais, assim me arrumei, e vim para minha clínica, onde atendia na parte da manhã. Minha cabeça dava pontadas leves, anúncio de que minha enxaqueca estava próxima, antes de acomodar-me em minha sala, tomei um comprimido para preveni-la, mesmo que aquele ato, não fosse indicado, mas não queria deixar que a bendita me levasse a querer bater a cabeça na parede. Mas o dia parecia
O barulho irritante de uma frigideira fritando Deus sabe se lá o que, me despertou com a famosa força do ódio, levantei em um pulo, o que não pareceu uma boa ideia, quando senti uma pontada intensa, em todos os cantos do meu crânio, e para ajudar, meu pescoço doía como o inferno, parecia rijo, o que não era para menos, constei ao me dar conta de que havia dormido no sofá, murmurando alguns xingamentos baixo, segurando minha cabeça como se uma parte de mim temesse que ela saísse do pescoço e fugisse do corpo, olhei para a cozinha, de onde vinha o barulho. No primeiro instante me assustei, sem ajuda de minha lente de contato ou meu velho companheiro, o óculos de grau elevado, vi apenas o vulto de uma mulher, mas, logo me acalmei, juntando um mais um, sabia de quem se tratava, era ninguém mais ninguém menos de que era, Ângela.Com certeza, não haveria
Durante o trajeto até o salão que havia sido reservado para o coquetel, Téo e eu não trocamos uma se quer palavra, a música baixa de ambiente que o rádio do carro reproduzia era o único som audível que existia entre nós, era um tanto que constrangedor. Aquele espaço do carro, parecia pequeno demais para nós dois. Mas era mil vezes melhor do que uma briga.Mesmo tentando não ter um certo contato visual com meu marido, não pude deixar de olhar algumas vezes para ele, examinando-o.Ser um homem atraente deveria ser a coisa mais fácil do mundo, não precisava de tanto, uma boa roupa, cuidados básicos com a pele e corpo, e claro, uma boa escolha de perfume, já o fazia ser o que era. Téo diferente de mim não havia mudado tanto desde que nos envolvemos pela primeira vez, desde que eu disse meu primeiro sim para ele, na verdade
2:30 p.m. — Terminei meu banho, e o sono havia simplesmente fugido de mim, meus olhos estava tão arregalado quanto de uma coruja.3:47 p.m. — Revirei-me sobre a cama, ao lado de Téo, várias vezes, como se tivesse pregos, ou uma ninhada de percevejos.4:59 p.m. — Observei Téo dormir profundamente ao meu lado, ele se mexia algumas vezes, e sua mão vez e outra me tateava, como se seu inconsciente, me procurava, não sabia como me sentia com isso. Sufocada, sem sono, levantei-me da cama, então sai do quarto.Desci pelas escadas em passos vagarosos, e me direcionei para a cozinha, onde passei um café, o que não era algo muito sensato, visando que seu efeito sobre mim, mas não poderia me importar menos, naquele instante. Despejei um bom tanto em minha caneca, então me locomovi para sala, sentei-me sobre o sofá e por vários minutos examinei a televi
Em frente a minha penteadeira, escovei os cabelos, passei hidratante facial e labial. Então, levantei-me, pronta para me juntar ao lado de Téo na cama, de costas apoiadas na cabeceira, e um tablet, sua atenção estava totalmente focada no eletrônico, provavelmente fazendo algo relacionado a nova semana do trabalho. Durante o dia após a visita de minha sogra, não tocamos mais no assunto, para falar a verdade, mal conversamos, acho que precisávamos daquilo, precisávamos digerir não só as palavras de Ângela como nossas últimas ações, então seguimos tendo conversas necessárias, na minoria das vezes, e na maior parte, contato visual ameno. No nosso horário de costuma, beirando as duas, fiz o almoço, ele lavou a louça, e na janta pedi algo que meu marido me acompanhou, então subi na frente para o quarto, tomei meu banho demorado e quando saí do banheiro ele já estava em nossa cama, durante toda minha rotina noturna, senti que seu olhar vez e outra me acompanhava, e aquilo me
O despertador em minha mesa de cabeceira soou irritantemente, anunciando o início de mais um dia, uma semana, apertei os olhos, não querendo abri-los, acordar ou se quer levantar. Não havia dormido tanto como geralmente acontecia, mas sentia que meu corpo parecia mais relaxado, molengo do que nos últimos dias que antecederam hoje. Eu sorri, sentindo todas as emoções e sensações da noite, madrugada. Podendo ainda sentir meu corpo vibrar contra o corpo grande de meu marido. Abri os olhos, podendo ver um Téo dormindo serenamente ao meu lado, suas mãos circulavam minha cintura, provando que eu não havia tido um sonho bobo e quente na mesma proporção, suspirei, extasiada. O alarme pela terceira vez soou, e eu nem me importei, Téo despertou, e ainda com os olhos fechados ele passou seus braços musculosos sobre mim, então pegou meu despertador e simplesmente o jogou