Durante o trajeto até o salão que havia sido reservado para o coquetel, Téo e eu não trocamos uma se quer palavra, a música baixa de ambiente que o rádio do carro reproduzia era o único som audível que existia entre nós, era um tanto que constrangedor. Aquele espaço do carro, parecia pequeno demais para nós dois. Mas era mil vezes melhor do que uma briga.
Mesmo tentando não ter um certo contato visual com meu marido, não pude deixar de olhar algumas vezes para ele, examinando-o.
Ser um homem atraente deveria ser a coisa mais fácil do mundo, não precisava de tanto, uma boa roupa, cuidados básicos com a pele e corpo, e claro, uma boa escolha de perfume, já o fazia ser o que era. Téo diferente de mim não havia mudado tanto desde que nos envolvemos pela primeira vez, desde que eu disse meu primeiro sim para ele, na verdade
2:30 p.m. — Terminei meu banho, e o sono havia simplesmente fugido de mim, meus olhos estava tão arregalado quanto de uma coruja.3:47 p.m. — Revirei-me sobre a cama, ao lado de Téo, várias vezes, como se tivesse pregos, ou uma ninhada de percevejos.4:59 p.m. — Observei Téo dormir profundamente ao meu lado, ele se mexia algumas vezes, e sua mão vez e outra me tateava, como se seu inconsciente, me procurava, não sabia como me sentia com isso. Sufocada, sem sono, levantei-me da cama, então sai do quarto.Desci pelas escadas em passos vagarosos, e me direcionei para a cozinha, onde passei um café, o que não era algo muito sensato, visando que seu efeito sobre mim, mas não poderia me importar menos, naquele instante. Despejei um bom tanto em minha caneca, então me locomovi para sala, sentei-me sobre o sofá e por vários minutos examinei a televi
Em frente a minha penteadeira, escovei os cabelos, passei hidratante facial e labial. Então, levantei-me, pronta para me juntar ao lado de Téo na cama, de costas apoiadas na cabeceira, e um tablet, sua atenção estava totalmente focada no eletrônico, provavelmente fazendo algo relacionado a nova semana do trabalho. Durante o dia após a visita de minha sogra, não tocamos mais no assunto, para falar a verdade, mal conversamos, acho que precisávamos daquilo, precisávamos digerir não só as palavras de Ângela como nossas últimas ações, então seguimos tendo conversas necessárias, na minoria das vezes, e na maior parte, contato visual ameno. No nosso horário de costuma, beirando as duas, fiz o almoço, ele lavou a louça, e na janta pedi algo que meu marido me acompanhou, então subi na frente para o quarto, tomei meu banho demorado e quando saí do banheiro ele já estava em nossa cama, durante toda minha rotina noturna, senti que seu olhar vez e outra me acompanhava, e aquilo me
O despertador em minha mesa de cabeceira soou irritantemente, anunciando o início de mais um dia, uma semana, apertei os olhos, não querendo abri-los, acordar ou se quer levantar. Não havia dormido tanto como geralmente acontecia, mas sentia que meu corpo parecia mais relaxado, molengo do que nos últimos dias que antecederam hoje. Eu sorri, sentindo todas as emoções e sensações da noite, madrugada. Podendo ainda sentir meu corpo vibrar contra o corpo grande de meu marido. Abri os olhos, podendo ver um Téo dormindo serenamente ao meu lado, suas mãos circulavam minha cintura, provando que eu não havia tido um sonho bobo e quente na mesma proporção, suspirei, extasiada. O alarme pela terceira vez soou, e eu nem me importei, Téo despertou, e ainda com os olhos fechados ele passou seus braços musculosos sobre mim, então pegou meu despertador e simplesmente o jogou
Olhei para Téo com um sorriso bobo curvando meus lábios, estava ansiosa, era a primeira vez em muito tempo que viajávamos sozinhos, eu nem conseguia me preocupar tanto com o fato de que estava deixando todo o meu trabalho, responsabilidade de lado para fazer aquilo, suspirei profundamente em contentamento.— Vamos realmente fazer isso, certo? — O olhar de Téo pareceu ansioso, com um sorriso em meus lábios assenti, deixando que nossos dedos se encontrassem.— Nós realmente vamos fazer isso. — Murmurei, ele sorriu um pouco mais, assim deu partida no carro. Uma música baixinha, aleatória começou a tocar, meus lábios em modo automático se curvaram em um sorriso amplo, deixei que minha cabeça encontrasse apoio no banco, enquanto meu olhar focava em Téo, ele sorria em reconhecimento, a música era de Warren Barfield, e seu nome
Um filme que havia esquecido o nome passava na TV da sala, sobre o sofá de três lugares, Téo se espremia seu corpo contra o estofado enquanto minhas costas praticamente fundiam contra seu peito, e suas mãos através de minha barriga impedia que eu caísse para frente. Meus olhos começavam a pesar, arder, o sono gradualmente chegava, eu suspirei. — Tudo bem?— Téo questionou quando me movi contra seu corpo, sorri assentindo, assim consegui virar-me para ele, podendo deixar que minha face esfregasse contra seu peito desnudo, inalei seu cheiro — Pensando em me deixar terminar o filme sozinho? — Inquiriu, uma de suas mãos infiltraram os fios de meus cabelos, fazendo-me relaxar um pouco mais contra a ele. — Desculpa, estou cansada. — Fechei os olhos. — Quer ir para o quarto? — Sugeriu, neguei. — Pode terminar, estou bem confortável aqui. — M
Suspirei, sentindo seu peito esquentar minhas costas. Uma de suas mãos alisavam meu quadril desnudo. Vários minutos haviam se passado desde que chegamos ao êxtase juntos, uma, duas, algumas outras vezes, então aninhamos um corpo ao outro. Eu não sabia o que falar, estava meio entorpecida pela calmaria absurda que meu corpo absorveu, que embora relaxado, ainda formigava, como se precisasse desesperadamente de mais doses das sensações de minutos anteriores, mas embora meu corpo desejasse isso, minha mente não parecia o acompanhar, ela estava tumultuada, passando tudo que havia se decorrido desde nossa chegada, ao o agora. Traição ou não, vozes alteradas, minha insegurança, ir redutividade de Téo, sexo, muito sexo, com promessas… Eu estava confusa.Téo estava quieto também, ele me disse muitas coisas, enquanto sua boca, suas mãos, sua ereção s
Agarrei-me ao braço de Téo enquanto caminhamos pela extensão da propriedade, dando início ao seu suposto itinerário. Tentei de todas as formas fazê-lo me contar o que tinha em mente, desde fazer drama a seduzi-lo, saindo debaixo dos lençóis sem o trazer junto a mim, deixando-me exposta para ele, que riu de minha cara, seu semblante definitivamente se transformou em algo quente, eu poderia ler facilmente seu olhar desejoso, mas ele no final se deteve sentado, e riu de minhas tentativas, meio brava e um pouco abobalhada, me coloquei debaixo do chuveiro, precisando de um banho gelado, quando sai Téo já não estava no quarto, mas seu celular estava sobre a cama, eu suspirei, insegura, por mais que tenha acreditado, perdoado meu marido, ainda havia uma parte insegura minha, ela quase me fez pegar o celular, e mexer nele como uma esposa paranoica, mas antes que chegasse de fato até ele, minha consciência me barrou, eu não poderia fazer aquilo, nunca havia feito, e não passar
Como no dia anterior, me acomodei nos braços de Téo, minhas costas estavam coladas em seu peito, e sua mãos me mantinha pela barriga, suspirei profundamente, sentindo ele fazer o mesmo, na curva do meu pescoço. Ficamos na beira do lago até que a noite se iniciasse, e viemos para dentro da casa o mais rápido que podíamos, minha roupa havia secado minimamente, o que me fez olhar várias vezes brava para Téo, que ria, eu consequentemente ria também, tomamos um banho quente juntos, esquentamos um dos inúmeros pratos deixados por dona Mary, então nos acomodamos em frente a TV, onde uma comédia água com açúcar da netflix passava, como corriqueiramente acontecia quando estava tão quieta em frente de uma TV, meus olhos piscaram irritantemente, eles ardiam por conta do breve contato com a água e agora com minha sonolência lacrimejavam, meu corpo tensionou em cansaço, suspirei profundamente, quase deixando meu corpo, mente cederem. — Lia? — Téo me chamou, f