Um filme que havia esquecido o nome passava na TV da sala, sobre o sofá de três lugares, Téo se espremia seu corpo contra o estofado enquanto minhas costas praticamente fundiam contra seu peito, e suas mãos através de minha barriga impedia que eu caísse para frente. Meus olhos começavam a pesar, arder, o sono gradualmente chegava, eu suspirei.
— Tudo bem?— Téo questionou quando me movi contra seu corpo, sorri assentindo, assim consegui virar-me para ele, podendo deixar que minha face esfregasse contra seu peito desnudo, inalei seu cheiro — Pensando em me deixar terminar o filme sozinho? — Inquiriu, uma de suas mãos infiltraram os fios de meus cabelos, fazendo-me relaxar um pouco mais contra a ele.
— Desculpa, estou cansada. — Fechei os olhos.
— Quer ir para o quarto? — Sugeriu, neguei.
— Pode terminar, estou bem confortável aqui. — M
Suspirei, sentindo seu peito esquentar minhas costas. Uma de suas mãos alisavam meu quadril desnudo. Vários minutos haviam se passado desde que chegamos ao êxtase juntos, uma, duas, algumas outras vezes, então aninhamos um corpo ao outro. Eu não sabia o que falar, estava meio entorpecida pela calmaria absurda que meu corpo absorveu, que embora relaxado, ainda formigava, como se precisasse desesperadamente de mais doses das sensações de minutos anteriores, mas embora meu corpo desejasse isso, minha mente não parecia o acompanhar, ela estava tumultuada, passando tudo que havia se decorrido desde nossa chegada, ao o agora. Traição ou não, vozes alteradas, minha insegurança, ir redutividade de Téo, sexo, muito sexo, com promessas… Eu estava confusa.Téo estava quieto também, ele me disse muitas coisas, enquanto sua boca, suas mãos, sua ereção s
Agarrei-me ao braço de Téo enquanto caminhamos pela extensão da propriedade, dando início ao seu suposto itinerário. Tentei de todas as formas fazê-lo me contar o que tinha em mente, desde fazer drama a seduzi-lo, saindo debaixo dos lençóis sem o trazer junto a mim, deixando-me exposta para ele, que riu de minha cara, seu semblante definitivamente se transformou em algo quente, eu poderia ler facilmente seu olhar desejoso, mas ele no final se deteve sentado, e riu de minhas tentativas, meio brava e um pouco abobalhada, me coloquei debaixo do chuveiro, precisando de um banho gelado, quando sai Téo já não estava no quarto, mas seu celular estava sobre a cama, eu suspirei, insegura, por mais que tenha acreditado, perdoado meu marido, ainda havia uma parte insegura minha, ela quase me fez pegar o celular, e mexer nele como uma esposa paranoica, mas antes que chegasse de fato até ele, minha consciência me barrou, eu não poderia fazer aquilo, nunca havia feito, e não passar
Como no dia anterior, me acomodei nos braços de Téo, minhas costas estavam coladas em seu peito, e sua mãos me mantinha pela barriga, suspirei profundamente, sentindo ele fazer o mesmo, na curva do meu pescoço. Ficamos na beira do lago até que a noite se iniciasse, e viemos para dentro da casa o mais rápido que podíamos, minha roupa havia secado minimamente, o que me fez olhar várias vezes brava para Téo, que ria, eu consequentemente ria também, tomamos um banho quente juntos, esquentamos um dos inúmeros pratos deixados por dona Mary, então nos acomodamos em frente a TV, onde uma comédia água com açúcar da netflix passava, como corriqueiramente acontecia quando estava tão quieta em frente de uma TV, meus olhos piscaram irritantemente, eles ardiam por conta do breve contato com a água e agora com minha sonolência lacrimejavam, meu corpo tensionou em cansaço, suspirei profundamente, quase deixando meu corpo, mente cederem. — Lia? — Téo me chamou, f
A ligação havia sido encerrada, o que me fez discar o número de minha secretária — Qual já sabia de cor. Mas antes que meu dedo efetuasse a ligação de fato, o celular vibrou em minha mão, assim, o número dela acompanhado com o seu nome, brilhou outra vez, logo no primeiro toque a atendi, levando o aparelho telefônico na orelha, mas ela não disse nada, o que me impulsionou a cumprimentá-la...— Boa noite, Letícia... — Saudei, desconfiada, mais minutos se passaram.— Doutora Cecília, desculpe incomodá-la, mas é uma emergência...— Sua voz finalmente ecoou, expirei.— Imaginei que fosse, Letícia — Resmunguei — O que aconteceu? Está tudo bem?— Comigo sim, mas, Antônio, lembra do senhor A
Inspiro e expiro... Minha consciência gradualmente vai voltando... A dor que antes era latente, tornou-se uma breve, quase vaga lembrança... Mas, permaneço de olhos fechados... Tenho medo, medo de que ainda esteja na escuridão, medo do que possa estar me aguardando, mas embora eu permaneça de olhos bem fechados, meus ouvidos, minha audição está bem atenta. Posso ouvir vozes, elas parecem diminuir gradativamente, como se as pessoas falando estivessem apenas de passagem por perto, logo as vozes cessam, e o barulho de um bipe contante, as substitui, pelo som, reconheço que se trata de um aparelho de batimento cardíaco. Aquilo estava ligado a mim? Inspiro e expiro, novamente, de novo, outra vez... O que havia acontecido? Onde eu estava? Téo, meu marido, onde ele estava? Nós estávamos bem, certo? Me vi confusa, me mexi inquietantemente sobre a cama, mas ainda não tive coragem de abrir os olhos, então sem que eu pudesse preme
Acordei sem saber como pude pegar no sono, o quarto antes escuro estava iluminado pela luz do dia, e as vozes era mais constantes, inspirei e expirei, deixando que meu olhar percorresse toda a extensão do quarto, até pairar sobre meu sogro na poltrona a alguns passos longe de mim, meus lábios se movimentaram, querendo o chamar, mas minha voz não saiu em minha primeira tentativa, minha garganta ardeu, engoli seco, sentindo como se algo seco, áspero a raspasse, para não entrar em colapso, trabalhei minha respiração, inspirando e expirando novamente, assim tentei outra vez ter a atenção de meu sogro.— Richard... — Minha voz soou, baixa, mas soou. Meu sogro parecia perdido em seus pensamentos, pois mesmo visivelmente acordado, não notou que eu estava acordada, tão pouco escutou a minha voz — Richard... — Consegui fazer com que o som de minha voz soasse um pou
Imóvel, era como estava desde que meu sogro pronunciou o diagnóstico de meu marido, induzir a coma, isso só acontecia quando os médicos queriam acalmar as atividades cerbrais, quando elas estava sendo um problema para a recuperação de um paciente, o medo de perdê-lo, que antes era uma suposição minha, tornou-se algo mais real, forcei um sorriso para Richard, mas o sorriso logo foi substituido por um apertar de lábios, eu solucei, dando inicio a uma nova onda de choro. — Ele queria um bebe... — Resmunguei, sentindo meu coração ser despedaçado, meu sogro me olhou como se minha fosse tão palpavél que ele a sentisse — Não é justo, não é justo que ele não tenha isso, que ele... — Meu sogro envolveu-me em um novo abraço, solucei contra ele. — Lia, ele ainda está lutando, não perca esperança, querida... — Suas mãos acariciaram meus cabelos, eu apertei minha face um pouco mais forte contra seu peito. — Não consigo, e
Téo sorriu maliciosamente para mim, dei passos trôpegos para trás, sabendo o que ele faria, tentei correr, mas suas mãos me envolveram antes mesmo que eu de fato começasse uma corrida vã, já que um salto está preso em meu pé. — Téo, não, não faça isso...— Supliquei, agarrando seu pescoço, meu olhar passou por toda a extensão da piscina próximo a nós, e meu maior medo era cair ali, traja em meu melhor vestido. Eu não tinha um problema com a água em si, a noite estava belíssima, seria bom estar dentro daquela piscina com o meu noivo, porém, eu havia pagado tão caro no vestido que cobria meu corpo, ele não era uma peça tão trabalhada ou requintada, mas foi uma das poucas peças elegantes que me serviu sem tirar nem por, então o levei, e vesti naquela noite. — Me dê um bom motivo para não fazer isso... — Téo aproximou-se um pouco mais da piscina, meus braços o apertou um pouco mais, engoli seco, olhando de soslaio para a